quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Inferno Astral e sua influência nas fotos

Estou passando pela fase do ano que também é conhecida como inferno astral. Pra mim, até pouco tempo atrás, eram aqueles 30 dias antecedentes ao aniversário, em que as coisas não funcionam direito, o stress aumenta e a Lei de Murphy fica mais presente no cotidiano. Mas faz uns dias, descobri através da minha cunhada que o inferno astral não são os 30 dias que antecedem o aniversário, e sim 40 DIAS! E assim, sem mais nem menos, acabei ganhando 10 dias a mais do que eu já estava acostumada. Legal, né?

Mas juro, estava indo tudo bem no meu inferno astral! Não tive Lei de Murphy, nada me deu azar, nem um copo eu quebrei! Tudo isso até ontem. Estava aqui no computador arrumando umas fotos do Pedro, quando fui apagar uma pasta de fotos repetidas. E aí meu inferno astral se fez presente. Obrigada, Cosmos! Algo deu errado no computador que TODAS as fotos do Pedro foram apagadas. E quando eu digo que foi no computador, eu falo sério. Porque ele apagou as fotos e deixou as pastas todas lá, vazias, quase com vácuo. Se eu tivesse apagado tudo, as pastas também seriam deletadas. Agora visualize: eu, apaixonada por fotos, tiro foto do Pedro todos os dias, de repente fico sem nada pra contar história. Quase tive um siricotico. Quando o Fe chegou em casa tentou recuperar alguma coisa, usando um programa de recuperação de arquivos deletados, mas das minhas quase 1000 fotos sobraram só umas 200, e o resto foi para o além.

Fiquei arrasada. E os filminhos?? Todos perdidos. Ok, pra não dizer que todos estão perdidos, alguns do 5o. mês ainda ficaram lá. Mas aqueles fofos, de quando ele tinha menos de um mês e era só um totiquinho, se foram para sempre. Será que alguém consegue imaginar minha frustração? A sorte (se é que nessa história toda eu ainda posso dizer que exista sorte) é que algumas fotos, as melhores, eu publicava no Picasa da internet, pra compartilhar com a família coruja. O azar é que as fotos não estão no tamanho original, porque quando são publicadas perdem a qualidade pra não ficar com arquivos muito pesados.

Pensando pelo lado positivo, otimista que sou, pelo menos vou poder ver na tela do computador como era meu bebê quando o Pedro estiver maiorzinho. E agradeço muito ao conselho do meu irmão, que um dia me disse "Não confie na tecnologia!!", pois quando o Pedro tinha 4 meses fiz uma seleção das melhores fotos e mandei revelar tudo. Mas não chega nem aos pés das minhas quase 1000 fotos.

A lição do dia: Não confie na tecnologia! Faça back-ups semanais, pois se seu inferno astral resolver acabar com as fotos do seu filho, pelo menos você só perde uma semana e não 5 meses, como foi o meu caso.

Lesson learned.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Maternidade, blog e cocô

Faz uns dias que to ensaiando pra criar um blog. A idéia veio quando comecei a contar todo dia a mesma coisa pra todo mundo... porque todos querem saber do Pedro, como ele está, como eu estou e como nós estamos. Aí pronto! Num blog eu escrevo e quem quiser que leia!

Mas tenho que confessar que não foi só por isso. Sempre fui de falar muito, de conversar, de bater papo... e com a maternidade acabei sentindo falta de contar tudo o que acontece com a gente! Daí acabo ligando toda hora pro Fe pra contar que o Pedro tomou suco de laranja pela primeira vez e fez careta e depois gostou, que ele comeu banana (isso foi hoje!) e AMOU, ficava esperando a próxima colherada de boca aberta, que ele não fez cocô, que ele finalmente fez cocô, e toda aquela vida de mãe e filho que não é novidade pra ninguém, mas que pra mim, mãe de primeira viagem, merece tanto destaque quanto notícia de primeira página!

Então eis-me aqui, mãe e blogueira de primeira viagem, compartilhando nossas aventuras familiares pra quem quiser ler! Não sei se isso vai dar certo, nem quanto tempo vai durar, mas "vamo que vamo"! Histórias engraçadas acontecem todos os dias com um bebezinho em casa; ou com o bebê ou com a mãe inexperiente que faz tempestade em copo d'água pra qualquer coisinha boba.

A maternidade me deixou assim mesmo: boba, encantada, culpada, e dando muita atenção pra coisas que antes eu nunca imaginei que daria, como cocô, por exemplo. Um bebê não sabe falar, então a gente tem que prestar atenção nos sinais pra saber se está tudo bem. E os sinais são: choro, arroto, xixi, cocô, pum, vontade de mamar, alterações de humor e alguma linguagem corporal. Mas claro que o mais engraçado é o cocô, não tem como negar! Uma mãe não perde nada pra um biólogo que faz análise de exame de fezes em laboratórios: "Hummm, este cocô está ótimo, bem líquido, amarelado, com uma ótima consistência", ou "Que cocô estranho! Meio esverdeado... isso significa que ele teve cólica", ou ainda "Ué, cadê o cocô matinal?? Era pra ter cocô nessa fralda!".

A última de cocô do Pedro foi semana passada. Tudo estava indo bem, 3 ou 4 cocôs por dia - perceba que o cocô influencia muito no bem estar do bebê - até que num belo sábado ele só fez um cocozinho, unzinho! Estranhei, porque ele estava soltando pum normalmente, estava bem humorado, mamava bem, dormia tranquilo... mas não dei muita importância ao assunto. No domingo ainda nada. Nem o cocô matinal, que costuma ser o maiorzão do dia. Aí quando chegou de noite liguei pro pediatra dele, que não atendeu ao celular. Mas eu também nem insisti muito, porque como ele estava bem nos outros aspectos, imaginei que a falta de cocô era por causa do calor ou alguma coisa assim. Mas então 1 minuto depois que tentei ligar para o pediatra ouço meu sogro gritando do quarto: "Cocôôôô!!!"

Agora imagine a cena, um avô com um bebê no colo, o bebê com a costumeira cara de paisagem depois de fazer cocô, como quem diz "O que? Que aconteceu? É comigo?". Só que ele estava inteiro cagado, tinha cocô nas costas, na roupa toda, escorrendo pelas pernas, e o avô dele com a bermuda toda suja, cheia de cocô pingado, rindo da situação e achando o máximo o neto ter batizado a bermuda dele. É, avô e avó também são seres que ficam bobos com a chegada de um neto.

Mas eu nunca tinha visto tanto cocô saindo de uma única barriga de nenê. Não cabia tudo aquilo dentro dele, é impossível que ele tenha armazenado tanta coisa sozinho! A fralda foi mero coadjuvante, só estava lá pra fazer de conta que servia pra alguma coisa. A solução: banho imediato! No Pedro e no avô dele! E eu fiquei aliviada com tudo isso, claro!

Na segunda-feira liguei no consultório do pediatra, que disse que viu que eu tinha ligado, mas estava em consulta no hospital e esperou eu ligar denovo. Imagina a minha cara, que liguei pra ele pensando que ele não ia saber quem era mesmo, então não precisava ligar denovo. E no dia seguinte ele me diz que não só sabia que era eu, como ainda esperou que eu ligasse denovo! Aí claro que fiz que não era comigo e expliquei a situação da falta de cocô (que depois de esvaziar até a alma no dia anterior não tinha mais nada pra sair na manhã seguinte), e ele me disse que bebês que mamam no peito podem ficar até uns 10 dias sem fazer cocô que é normal. 10 dias!! Se em um dia ele já cagou tudo aquilo, imagina em 10 dias!! Eu é que não queria estar com ele no colo!

Depois desse dia o cocô dele nunca mais foi o mesmo. Tem dias que ele faz 2 vezes, tem dias que só 1 vez... acho que é porque o intestino dele está se acostumando com a vida de bebê "grande", porque ele já tem 5 meses e meio... Mas não estou preocupada não. Estamos levando tudo numa boa, com ou sem cocô.

E por falar em levar numa boa, preciso ir!! Ele acabou de acordar e está me chamando! Logo mais volto com mais histórias.