terça-feira, 29 de junho de 2010

Ai ai ai...

Estou achando que o Pedro está com catapora: tem algumas bolinhas de aguinha nele. Por enquanto são só 4, mas pode ser um começo. Amanhã ele tem consulta no pediatra, aí fico sabendo o que é realmente.

Primeiros passos

Finalmente ele andou! Sei que estou atrasada pra contar, afinal já faz uns 10 dias que ele deu o primeiro passinho, mas eu estou com tudo tão de cabeça pra baixo que nem tive tempo de vir aqui pra contar.

Foi de uma hora pra outra. Num dia ele estava com medo de tirar a mãozinha de qualquer apoio, no outro ele andou! Super duro, parecia um robô com falta de óleo. Hoje, alguns dias depois, ele já aprimorou a técnica e está andando bem melhor. Mas ainda prefere ir engatinhando quando quer chegar mais rápido.

E essa é uma das coisas que me fizeram ter mais trabalho: ele andando de um lado para o outro, com a iminência de cair e bater a cabeça em qualquer coisa, eu trocando de faxineira de novo, vários jogos do Brasil que fizeram o Fe vir pra casa mais cedo - e eu amei! - e outras coisas.

Estou sem Photoshop, porque o Fe está arrumando o computador. Mas assim que ele instalar pra mim (eu não manjo nada de computadores) eu posto algumas fotos.

Grude

Eu sabia que os filhos meninos eram um grude com a mãe, mas não sabia até que ponto chegava isso. Agora o Pedro está grudado comigo. Se o Fe está em casa, sentado do meu lado, o Pedro vem chorando e fazendo manha pra quem? Pra mãe, é claro. Agora ele brinca e quer a mãe brincando junto. Dorme e quer que a mãe vá olhar quando ele acorda. Quando eu estou almoçando ou jantando ele vem pedir colo. Haja paciência! Parece bonitinho, cuti cuti, mas quando ele fica o dia inteiro no meu pé eu preciso de muita, mas muita paciência mesmo pra não explodir.

Sábado fomos para o aniversário da Xeba no Fernandão e saindo de lá fomos para a casa da minha mãe. Os planos eram deixar o Pedro dormindo e ir pra casa do meu irmão, na festa junina que ele organizou. Mas ele estava tão agitado com o dia cheio de passeios que não quis dormir de jeito nenhum. Aí deixamos ele acordado e brincando com os meus pais, no meio dos dois na cama deles e assistindo Discovery Kids. Para a alegria dos avós corujas que estavam com saudade, ele levou um pouco mais de 1 hora para dormir. Aí minha mãe o colocou na caminha dele e tudo caminhava bem, até que 1 hora depois ele acordou chorando assustado e não havia nada que o acalmasse. Depois de algumas tentativas frustradas para tranquilizá-lo, meu pai me ligou com a maior voz de não-queria-cortar-seu-barato e me disse que ele não parava de chorar. Não teve jeito. Pegamos o carro e voltamos pra casa.

Quando o peguei no colo ele parou de chorar instantaneamente, como se eu tivesse apertado um interruptor e dormiu em 1 minuto. O grude queria a mãe. Não fiquei triste nem brava por ter acabado meu passeio, me corta o coração ver ele chorando desse jeito. Fiquei mais calma ao dormir no mesmo quarto que ele e saber que ele teve uma noite inteira de sono depois disso.

Afinal, profissão de mãe é assim mesmo: plantão 24 horas por dia, 365 dias por ano.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Santo de procissão

Cidade do interior é muito engraçada. Você sai na rua pra passear com o seu filho e pessoas que você nunca viu na vida te cumprimentam como se fossem velhos amigos. Não existe aquela tensão de cidade grande, onde ninguém fala com ninguém, praticamente ninguém se olha na cara. Aqui não. É tranquilo. Fora que sempre alguém conhece alguém que te conhece.

Uma vez, quando eu estava grávida, a Elisa me disse que quando o Pedro nascesse e eu fosse passear com ele pela cidade ficaria com raiva, porque nenê aqui é igual santo de procissão: todo mundo quer passar a mão. Achei que era exagero, que ela estava sendo engraçada, mas na primeira vez que fui com ele ao mercado já pude perceber que ela estava falando a verdade.

Mas ontem foi o auge. Saí com ele no colo para resolver algumas coisas no centro da cidade e acabei entrando em uma loja de sapatos que ainda não tinha entrado. Como você pode imaginar, a cidade é minúscula e é fácil perceber quando uma loja nova é aberta. É sempre bom ter opções, então lá fui eu ver o que tinha de bom (ou não) na loja.

Ao chegar na loja (que é uma casa) já pensei com os meus botões que tem coisa que só Tatooine faz pra você: uma das vendedoras, a mais velha, estava na porta comprando goiabada cascão, queijo e salame de um vendedor ambulante que anda por aí com uma caixa de isopor enorme, oferecendo os produtos para quem quiser comprar. Aí fui desviando dos dois, o vendedor ambulante estava com a caixa enorme bem no meio da entrada, me perguntando se eu gostaria de dar uma olhada nos produtos e a vendedora da loja já começou a pegar na mão do Pedro e falar a expressão mais usada aqui para bebês bonitos: "Que belezinha!"

Entre sorrisos amarelos e contorcionismos consegui entrar na loja. Quando estava quase saindo a vendedora que estava comprando produtos de origem duvidosa na porta entrou e veio na minha direção. Ela parou do meu lado e estendeu as mãos para o Pedro dizendo "Vem com a tia!"

Como assim, vem com a tia?? Eu nunca vi a mulher mais gorda! E o problema maior é que o Pedro é um tanto quanto sociável, fiquei com medo que ele estendesse os braços para ir no colo dela e já comecei a sair da loja, meio de lado, tirando ele de perto dela com medo que ele também quisesse ir no colo da suposta "tia". Quanto mais eu me afastava, mais a "tia" vinha perto, com aquelas mãos perto dele, tentando tirar ele do meu colo e me dizendo "Deixa eu pegar ele um pouquinho!", e eu pensando "Pedro, pelo amor de Deus, contenha-se!!" e falando pra ela que ele não gostava de ir no colo de estranhos.

Eu tentava sair, mas ela bloqueava meu caminho, me pedindo para pegar ele no colo. Ai, fala sério! Parecia pesadelo, em que você quer acordar mas não consegue. Aí tive uma idéia: olhei no relógio e disse "Nossa, já é essa hora? Estou atrasadíssima! Beijotchau!" e saí correndo da loja. Cheguei no carro até ofegante, tamanha minha pressa de fugir das garras pegajosas e insistentes da "tia".

Bem que a Elisa falou: santo de procissão! Da próxima vez levo ele de burka!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Não dá pra elogiar

É só elogiar e pronto, a coisa desanda.

Essa noite ele acordou 3 vezes. Here we go again! Espero que dessa vez, a exceção tenha sido a noite mal dormida e não as bem dormidas.

Vamos ver o que acontece hoje.

Alguém já tinha me dito que tudo que é bom dura pouco, mas eu achei que era exagero. Estou começando a acreditar nisso.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O jogo

Eu esqueci de contar do jogo de ontem.

Quando o jogo começou ele estava dormindo, mas acordou na hora do intervalo. Aí levei ele pra sala e ele ficou brincando enquanto eu e o Fe torcíamos. Quando o Brasil fez o primeiro gol, eu comecei a tocar vuvuzela achando que ele ia ficar assustado, mas ele ficou rindo! Aí toquei mais ainda, e cada vez que eu fazia menção de tocar, ele abaixava um pouco a cabeça e franzia os olhinhos esperando pelo barulho, mas sempre sorrindo.

Resolvi colocar a vuvuzela na boca dele e ele falou "Aaaaaaaaaaa", achando que estava tocando. Foi muito engraçado! Aí peguei a cornetinha e tentei ensiná-lo a tocar, punha ela na frente da minha boca e assoprava, assim ele podia ver qual era o movimento. Quando coloquei na boca dele, ele assoprou e tocou duas vezes, mas logo depois já esqueceu do que tinha que ser feito e não quis mais. Aí resolveu falar "Aaaaaaaaaaa" que era mais fácil.

Susto? Que nada! Ele já nasceu torcedor!

Nova fase

Desde que nasceu, o Pedro sempre acordou de noite. Nem que fosse só pra eu dar a chupeta e deitá-lo de novo, como ele fazia ultimamente. E todo mundo me dizia "Quando fizer 1 ano, ele para."

Mas acho que ele levou isso ao pé da letra. Ele fez 1 ano na segunda, e de segunda pra terça já começou a dormir a noite inteira. Milagre? Parece.

Agora ele dorme das 21:30h até as 9:00h direto. Eu tenho dormido tão bem que acordo até estranha. De vez em quando eu acabo indo no quarto dele pra ver se está tudo bem, mas ele sempre está dormindo pesado, até ronca! Essa noite ele deu uma resmungada umas 23:30h, eu achei que ele ia acordar, mas ele parou. Aí quando tive certeza que era seguro entrar no quarto dele, pedi para o Fe ir verificar a temperatura do quarto e se ele estava bem. É que eu sou friorenta e o Pedro é super calorento. O Fe tem mais calor do que frio, então ele é o mais próximo da temperatura do Pedro. Aí o Fe volta pro quarto rindo e me chamando pra ver o que aconteceu.

Quando cheguei no berço do Pedro já comecei a rir. Acho que ele ficou com calor e acordou, e sempre que ele acorda ele já se senta instantaneamente. Aí, deve ter passado o calor quando ele se sentou, já que o cobertor caiu. Então ele deitou de novo, só que por cima das cobertas e virado pro lado errado do berço. E estava dormindo pesado, roncando. Aí eu o virei pro lado certo e o cobri só até a cintura. E assim foi, dormiu sem nenhum pio até hoje às 9:30h da manhã.

Acho que ele está levando esse negócio de 1 ano muito a sério. De um dia para o outro começou a dormir igual mocinho! Não que eu esteja reclamando, na verdade estou achando ótimo! Já faz 9 noites que eu durmo a noite toda, sem interrupções. E eu que achei que isso nunca mais fosse acontecer na minha vida...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Festa de aniversário

Sábado foi a festa do Pedro para comemorar o primeiro aniversário. Chamamos só a família e mesmo assim deu gente pra caramba! A família do Fe é bem grande.

Eu fiquei encarregada da decoração. Fiz convite, lembrancinha, enfeites de mesa, comprei as coisas para decorar (bandeirinhas, balões, bexigas, etc.) e um dia antes fui montar o enfeite de bexigas e fazer a mesa. Quanto trabalho! Agora sei porque cobram tão caro para fazer decoração de festa infantil. Ficou lindo, parece profissional, mas levou praticamente um dia inteiro pra ficar tudo pronto.

A festa foi ótima, veio bastante gente e o Pedro curtiu muito! Achava que ele nem ia se interessar, mas ele foi de colo em colo brincando com todos os convidados, ficou super feliz! Na hora do parabéns, quando a música acabou ele levantou os dois bracinhos e gritou, pedindo mais. Aí batia palmas quando as pessoas cantavam para ele. Foi muito legal! Ele curtiu mais do que eu imaginava.

Na hora de voltar pra casa, ele veio o caminho inteiro cantando, batendo palmas, fazendo carrinho, gritando, sorrindo. Estava super pilhado! Foi um custo colocá-lo para dormir.

Agora já estou pensando no aniversário de 2 anos, vai ser mais legal ainda! Se ele já curtiu esse tanto com 1 ano, imagino com 2 como vai ser. Mãe é tão boba... a gente se diverte vendo o filho se divertindo!

Olha a carinha dele, que alegria!


Na hora do Parabéns eu tive que assoprar a vela. Será que no ano que vem ele mesmo já assopra?



Ele pedindo pra cantar mais. Gostou da brincadeira!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vacina de 1 ano

Eu já expliquei antes como me sinto com relação a vacinas: péssima.

Hoje fui levar o Pedro tomar a vacina de 1 ano. Aí cheguei no postinho e percebi que estava um pouco tensa, porque meus ombros estavam doloridos. "Calma, relaxa" eu dizia pra mim mesma. A tensão só aumentou porque chegou um lote novo de vacinas e demorou um tempão para cadastrar, guardar, conversar sobre elas. E eu lá fora, olhando para dentro da sala, o Pedro esticando o bracinho e fazendo "Hunnn!" querendo que eu o levasse perto da cortina de bichinhos.

E eu ficando cada vez mais tensa. Abri a bolsa e procurei pelo meu celular para ficar a postos na hora da picada, já que da outra vez funcionou tão bem. E cadê o bendito celular? Esqueci em casa. Revirei minha bolsa em busca de qualquer outra coisa interessante do ponto de vista do Pedro, mas justo essa semana eu fiz limpeza e tirei um monte de cacarecos dela. Que legal. Com o que iria distrair o Pedro?

Então a enfermeira me chamou, mas eu ainda não tinha achado nada para distraí-lo. Entramos na sala, ele ficou sentadinho no lugar que ela mandou, e ela veio com aquela injeção pra perto dele me dizendo "segura ele nessa posição". Enquanto eu o segurava com uma mão, tentei distraí-lo com outra, mostrando a cortina. Mas a injeção era novidade e ele resolveu olhar enquanto ela se aproximava. Até que PIC, sem dó nenhuma ela deu a injeção nele. E ele olhou tudo, acompanhou cada movimento. Não sorriu, ficou sério, mas não chorou. Não fez nem careta. E quando acabou, olhou para a cortina e começou a brincar com ela.

Agora imagine minha cara, DE NOVO. Toda aquela tensão esperando a hora de pegá-lo no colo e tentar acalmá-lo enquanto ele chorasse e ele simplesmente olha pra cortina e sorri. Simples assim.

Agora posso falar?? ESSE É MEU GAROTO!! Ai, quanto orgulho!

A fuga do cercadão

Agora eu já sei por onde ele escapa. Ele passa por baixo da mesinha ex-de-centro, entra na parte aberta do rack, brinca um pouco sentado ali (acho que ele finge que é uma cabana), passa entre o sofá e a parede (e às vezes leva o abajour junto) e TÃRÃN!! Escapou!

Aqui está a prova do crime:




E é exatamente pelo mesmo caminho, só que inverso, que a Paçoca entra. Agora resta a dúvida: quem descobriu esse caminho primeiro, o cão ou o bebê?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Esforço

Como o Pedro já não se interessa mais pelos brinquedos, de vez em quando dou alguma coisa bem divertida pra ele brincar, como por exemplo uma garrafinha de Nescau ou um rolo de papel toalha vazio.

Aí ele estava brincando na cozinha quando os dois novos e divertidos brinquedos rolaram para baixo do armário da pia. Quando eu vejo, ele estava lá tentando entrar embaixo do armário pra pegar, dando uma cabeçada a cada 5 segundos enquanto se esforçava para alcançar seu objetivo.

Corri pra pegar a câmera e foi isso o que aconteceu:

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Primeiro aninho!


Hoje é o dia do primeiro aniversário do Pedro. A exatamente 1 ano - nesta mesma hora, 17h - eu estava na maternidade, quase tendo um treco de tanta dor do trabalho de parto. Mas aguentei firme! Não falei um palavrão, não reclamei, não perdi a paciência. E já estava com contrações de 5 em 5 minutos desde as 4:30h da manhã. O Fe foi um fofo, ficou do meu lado segurando a minha mão e deixando que eu esmagasse a dele cada vez que vinha uma dor. Aquele papo de inspirar pela boca e soltar pelo nariz calmamente só funciona nas aulas do curso de maternidade: na hora o que acaba acontecendo é uma respiração desesperada, rápida, mas mesmo assim consegui controlar a entrada e saída de ar, entra pelo nariz e sai pela boca.

O que tínhamos combinado anteriormente é que só ligaríamos para os nossos pais assim que soubéssemos que não era alarme falso. Imagina todo mundo saindo correndo de outras cidades, indo pra Sorocaba e chegando lá, descobrem que era alarme falso? Então chegamos na maternidade e ficaram monitorando a dilatação e a intensidade das contrações, junto com os batimentos cardíacos do bebê. Minha médica (a Dra. Juliana Furlan, um anjo na minha vida) estava lá comigo e tudo estava indo bem, exceto pela minha dilatação. Ela dizia que eu tinha "3 dedos, se forçar um pouco", e eu já estava me acabando em dor. O aparelho que monitorava as contrações e os batimentos do Pedro estava na minha barriga e de repente o coração dele começou a bater muito rápido. O normal é que estivesse entre 140 a 160 bpm, mas o dele estava a 184 bpm. A Dra. Ju achou estranho e ficou observando durante algum tempo, até que finalmente os batimentos voltaram ao normal. Aí me encaminhou para a sala de parto, disse que ia me dar a medicação para aumentar as contrações, mas ela estava com uma pulga atrás da orelha e levou, ela mesma, o aparelho de monitoramento para a sala de parto. Chegando lá, minhas contrações começaram a ficar confusas: davam 2 seguidas, de repente ficava uns 8 minutos sem nenhuma. Aí o anestesista me deu o pré-anestésico e deixou tudo pronto para aplicar a anestesia de acordo com o parto que eu fosse fazer: normal ou cesárea. Eu estava tentando o normal. E de repente o coração do Pedro começou a diminuir o ritmo, ficou muito lento mesmo, batia uma vez e só ia bater de novo depois de um ou dois segundos. Pânico, terror e aflição. A Dra. Ju falou "Não estou gostando nada disso. Posso fazer uma cesárea?" e eu "Agora!!". Foi o tempo dela terminar de lavar as mãos e colocar as luvas e o anestésico já estava funcionando (eu não sentia DOR, mas sentia TUDO), ela abriu minha barriga, com a ajuda de outro obstetra, eu senti minha pele sendo repuxada, vários solavancos e em 4 ou 5 minutos o Pedro nasceu.

E ficou um silêncio. Ninguém falava nada, eu perguntei se ele já tinha nascido, alguém disse que sim. Perguntei "então cadê o choro? porque ele não está chorando?" e ninguém respondeu por uns 5 segundos e isso pra mim pareceu 2 horas de tensão. Então a Dra. Ju me disse "é que a pediatra levou ele porque ele fez cocô, mas ele vai ficar bem". Como assim ficar bem? E eu comecei a perguntar o que estava acontecendo, como ele estava, por que não estava bem, mas estava achando tudo muito silencioso, o Fe estava quase esmagando minha mão de tanto nervoso e eu comecei a tremer de um jeito absurdo, até batia os dentes, e chorava falando que eu queria ver o meu bebê. Assim que a Dra. Ju acabou de me costurar, ela e o Fe subiram correndo para a UTI Neonatal para ver como o Pedro estava. E eu fiquei lá na sala de parto só com uma enfermeira, o outro obstetra também tinha ido ver como estava o Pedro, entra um enfermeiro meio sem saber o que tinha acontecido, me viu chorando e disse "parabéns, mamãe!" achando que eu estava chorando de felicidade, quando na verdade era de desespero.

Cinco minutos. Dez minutos. Quinze minutos. E eu me desfazendo em lágrimas, tremendo tanto que até pulava na maca. E então chegam o Fe e a Dra. Ju, os dois sorrindo e com lágrimas nos olhos dizendo que o Pedro estava bem, estava respirando, já estava até rosadinho e que ele ia ficar bem. E eu pensando "respirando??" Aí me levaram para o meu quarto, que parecia mais vazio ainda já que o Pedro não estava lá, nem dentro da minha barriga. Eu queria vê-lo, mas não podia porque ainda estava anestesiada. Eu não parava de chorar. Perguntava para o Fe como ele era, se ele era lindo, se era parecido com ele ou comigo, e ele não sabia porque quando o viu estava tão nervoso que nem prestou atenção - só queria saber se ele estava bem. Então entrou a pediatra e disse que ele não ia ter sequelas por ter nascido sem respirar, que tinham acabado de fazer o teste e que ele seria perfeito. Por melhores que fossem as notícias eu só ficava mais assustada, por entender a dimensão do que estava acontecendo. Depois de algumas horas eu consegui manter a voz firme o suficiente para falar no telefone e contar para nossos pais que ele tinha nascido. Minha mãe me perguntou que tamanho ele nasceu, como ele era e eu disse que ainda não sabia o tamanho, mas que ele era lindo e quando falei isso me bateu um desespero porque eu ainda não tinha visto meu filho. A sorte é que já eram 8 horas da noite, então nossos pais deixaram para visitar no dia seguinte.

Depois a pediatra entrou no quarto e disse que ele estava respirando sozinho, sem ajuda de aparelhos e que ele estava cada vez melhor. Na manhã do dia seguinte eu entrei na UTI para vê-lo. Não consigo descrever o que senti vendo ele ali, tão pequenininho, dentro de uma encubadora, com um fiozinho de sonda na boquinha para ser alimentado. Tão indefeso e tão forte! Me deu um orgulho! Eu queria encher ele de beijos, mas o máximo que pude fazer foi tocá-lo com as mãos através dos buracos do lado da encubadora. Tão macio! Tão lindo! Tão frágil! Tão pequeno! Eu chorei muito.

Nesta mesma manhã meus pais e a mãe do Fe foram ver o Pedro, mas só conseguiram ver no horário aberto para visitas (era uns 15 minutos de visita e podiam entrar 2 pessoas, 3 vezes por dia). Meu pai conversou com o pediatra encarregado da UTI e ficou sabendo o que aconteceu diretamente do médico, e quando voltou ao meu quarto estava sorrindo e muito tranquilo. Disse que o Pedro nasceu com APGAR 1 e que cinco minutos depois subiu para 6. Disse também que ele estava muito melhor e que era muito forte. Dois dias depois ele veio para o meu quarto e cada vez que eu o olhava me dava vontade de chorar, mas chorar de orgulho! Tão pequeno, tão indefeso e tão forte, que lutou tanto para viver!! No dia seguinte fomos embora para casa e desde então eu agradeço a Deus por ele ter me dado o Pedro, tão perfeito, tão forte...

E hoje, no primeiro aniversário dele, eu me sinto tão feliz, tão completa e tão grata por ter ele na minha vida! Um ano com o meu príncipe, a pessoa que eu mais amo no mundo, a pessoa pela qual eu faria qualquer coisa, a pessoa pela qual eu daria a vida. Um ano se passou desde o parto complicado e ele está aqui, cada dia mais lindo!

Meu pequeno, desejo muito que você tenha um feliz aniversário, que seja cada dia mais abençoado por Deus, que tenha muita saúde, que seja um homem de bem e que seja muito, muito feliz. Eu te amo tudo. E obrigada por existir, por ser parte de mim e por me fazer cada dia que passa a mãe mais feliz do mundo!

Atrasada

É, eu sei, estou atrasada com as novidades. Estou fazendo muita coisa aqui por causa do primeiro aniversário do Pedro e acabei sem tempo de atualizar o blog. O ruim é a consciência pesada me falando toda hora que eu tenho um compromisso sendo deixado de lado. Mas eu prometo que venho contar as novidades! Hoje ainda.

Vou tentar.

Tá. Eu prometo tentar vir contar as novidades hoje. Melhorou? Ai, a consciência...