terça-feira, 30 de novembro de 2010

Apaixonado por carro? Sim!

Ontem o Pedro passou o dia na casa do "bobô" e da "bobó". Pra ele deve ser igual ir a um playground gigante, onde o "bobô" faz todas as vontades dele.

Cheguei de tarde para buscá-lo. Na verdade não somente buscá-lo, porque aproveitei pra ficar lá brincando um pouco com ele e voltamos só na hora de dormir (dele). Quando o bobô me ouviu chegando, foi com o Pedro para a janela do quarto para ele ver quem estava entrando. Ele me viu e abriu um sorrisão, mas logo apontou para o carro e falou "Cá! Cá!". Peguei ele e coloquei dentro do carro e aí começou a sequência de demonstrações de como ele presta atenção em tudo.

Primeiro ele segurou o volante, sentado no banco do motorista, e ficou fazendo "Brrrrrrr! Brrrrrr!" e fingindo que estava dirigindo. Então olhou no console e achou a chave de casa. Pegou a chave, se segurou no volante e foi olhar atrás do volante para colocar a chave na ignição. Epa! Como ele sabia? Tudo bem que criança presta atenção, mas é um movimento tão rápido que a gente faz, como ele conseguiu prestar atenção nisso? E pra confirmar que não foi por um acaso, ele fez isso mais uma vez. Fiquei atônita. E ele olhava pra mim e sorria aquele sorriso de malandro que só ele sabe dar, pra me dizer que ele sabia o que estava fazendo. E eu com a expressão congelada, de surpresa. Depois é claro que ele quis apertar todos os botões que conseguiu encontrar, até que achou o que liga o rádio. Quando começou a tocar a música ele começou a dançar na hora, feliz por ter conseguido ligar o rádio sozinho. Aí fiz um teste: entrei pelo lado do passageiro - o que o deixou felicíssimo, porque parecia que ele estava dirigindo para mim - e desliguei o rádio, para ver se ele ligava de novo. E sem errar lá foi ele no botão certo e ligou, comemorando com uma dancinha da vitória.

Como diz minha mãe, enquanto eu vou com a farinha ele já voltou com o bolo.

Depois que consegui tirá-lo do carro (e não foi fácil), fomos brincar pelo pomar. Agora ele está com uma nova mania, coisa de menino de 10 anos que mora no interior (10 anos, e não 17 meses): ele vai até o pé de acerola, escolhe uma que esteja vermelhinha, arranca e come. E depois, pra completar, vem me dar as sementes e a casca, que ele não consegue mastigar. Come bastante, não é uma só! E pra quem pensa que acerola é azeda, que ele come mais pela farra, eu digo que ele mastiga fazendo "Huuuuummm!!" pra enfatizar que está gostoso.

Durante o dia, o bobô levou ele pra passear na rua, que ele adora. Claro que o bobô também fez todas as vontades dele e a bobó se empenhou em dar tudo o que ele gosta de comer. Tá, corrigindo: como ele gosta de comer TUDO, a bobó passou o dia dando tudo o que ele pedia. Mesmo com dor nas costas, a bobó ainda levou ele pra passear com a bicicleta da Julia, que é bem grande pra ele. E tem gente que ainda vem me perguntar se ele gosta de ficar na casa dos avós, mesmo quando eu e o Fe não estamos. Pergunta respondida?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O carrinho do papai

O Fe ganhou um carrinho de controle remoto quando era criança e guardou até hoje. Esses dias ele resolveu arrumar e colocar pilhas pra brincar com o Pedro. Foi tão engraçado!

Primeiro ele ficou com medo, não entendia como o carrinho andava sozinho; depois ele foi se soltando.





Depois o Fe foi mostrar pra ele como funcionava... aí ele adorou!








Agora toda vez que ele vê o carrinho, fica pedindo "Cá! Cá!" e eu falo "Esse a mamãe não sabe, tem que pedir pro papai". Dois apaixonados por carro na mesma casa... ai ai ai!

Personal Trainner

Estamos abrindo inscrições para quem quiser aula com meu personal trainner. Mas aviso desde já que as aulas são puxadas e ele não dá descanso! Que o diga a tia Maura!

Acontece que inventaram de tirar o quadriciclo elétrico do quartinho, mas ele estava sem bateria. E quando a Julia e o Pedro viram, já era. Quisera brincar, mesmo sem bateria. Mas como fazer o negócio andar sem bateria? "Tia pra que te quero!" E lá foi a feliz (e posteriormente exausta) tia Maura pra uma corrida bem cansativa empurrando a motoca, que diga-se de passagem não é leve. O Pedro ficou em êxtase! A cada volta, mandava beijo pra quem tinha ficado, no maior estilo "olha-como-eu-sou-gatinho", sem a menor preocupação com as pernas, braços e costas da tia Maura.


olha a cara de feliz!

mandando beijo pros expectadores

vai tia Maura! Nível 2 de dificuldade!



"Eu sei que já dei 8 voltas, mas ainda é
minha vez! Nem vem, Juju!"
A tia Maura já tirou até as botas...




Feliz? Quase nada! Força, tia Maura!

Não cansa não! Eu quero mais!

Iupiiiii!
Quem quiser, entre em contato comigo. O Pedro e a motoca estarão à disposição para MUITO exercício puxado!!

Sessão de fotos

Gastei a câmera, sem dó. Na verdade eu sempre faço isso, tiro umas 100 fotos pra umas 10 ficarem boas. Mas dessa vez foi legal, porque até o Pedro colaborou!

Era uma tarde extremamente quente, na casa da vovó Deyse, e o Pedro saiu para brincar no quintal que ele adora. Eu fiquei brincando com ele e tirando fotos e acabei fazendo um book do Pedro. Isso tudo foi no dia que ele fez 1 ano e 5 meses, dia 07 de novembro.

Seguem as fotos!







quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Filho és, mãe serás.

Quando eu era criança, às vezes minha mãe tinha tanta coisa pra fazer que precisava dizer pra mim e pro meu irmão: "Calma, eu sou uma só!" Eu não entendia exatamente o que ela quis dizer, até que virei mãe.

Agora é minha vez de dizer "Já venho, sou uma só!" Eu estou fazendo tanta coisa esses dias que não tive tempo de pegar o blog. Aí parece que eu desisti dele, mas não! Essa responsabilidade fica martelando na minha cabeça todos os dias.

Portanto, queridos e ávidos (ou não...) leitores, não desistam de mim! Eu volto em alguns dias, com muitas fotos e novidades engraçadas!

Beijos a todos!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fazendo arte

Era um dia comum, tranquilo, o Pedro já tinha almoçado e estava brincando no quarto dele. Eu fui buscar uma camiseta limpa para ele ir na escola, no meu quarto, e quando volto... Cadê o Pedro?

AI MEU DEUS!!!! Que susto que tomei! Ele subiu no baú de brinquedos, subiu na cama, se equilibrou na lateral da cama (na madeira) e subiu... NA JANELA!! Ainda bem que a janela tem grade.

Ficou lá, brincando com a Paçoca


Ele me ouviu e tentou afastar
a cortina pra me olhar
Imagina o tamanho do meu susto? Fui beeeeem devagar perto dele e pedi pra ele descer da janela, pegando-o no colo, morrendo de medo que ele caísse pra trás. Claro, isso depois de fotografar rapidamente a cena (eu precisava provar pra família como ele está malandro).

E você pensa que ele ficou com medo ou assustado? Nada! Queria subir de novo! Um ano e 5 meses... não tem nem 1 ano e meio e já está aprontando dessas comigo. Desse jeito vou ficar grisalha cedo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Casa dos outros

O tempo vai passando e cada vez vai ficando mais difícil ir na casa dos outros. Com um bebezinho pequeno é fácil deixá-lo dormindo no carrinho ou sentadinho brincando. Agora está impossível. Claro que tem casas que são mais fáceis de visitar, como as casas dos avós ou de amigos que tem filhos da mesma idade. Mas essas significam apenas 1%.

Ir pra casa dos outros, seja pra fazer churrasco, comer pizza, aniversário ou bater papo é praticamente fazer academia. E eu não vou conseguir sentar e conversar calmamente com ninguém. Mais provável que eu não consiga nem ao menos sentar.

Ele quer mexer em tudo, e a casa dos outros normalmente não é preparada com segurança anti-crianças, então tem armadilhas em todos os cantos! Ele quer pegar os enfeites de cima da mesa, mexer no telefone, jogar as revistas no chão, apertar TODOS os botões da TV, DVD player, aparelho de som ou qualquer outra coisa que possua botões, subir na mesa de centro, pegar copos de vidro de cima da mesa, colocar a mão na boca do cachorro, puxar o rabo do gato, subir e descer escadas, abrir armários e tirar as coisas de dentro, apertar interruptores de luz, jogar qualquer coisa no chão (ele gosta de ouvir barulhos), bater em superfícies barulhentas como máquinas de lavar roupas, portas de armários e outros, pegar legumes e jogar no chão - na casa da minha mãe as batatas e cebolas são bolinhas nas mãos dele -, quer sair, entrar, sair de novo, entrar por outra porta, correr, comer ração do cachorro, colocar pedras na boca, colocar a mão na churrasqueira, mexer nos pneus dos carros, arrancar brinquedos das mãos de outras crianças... e por aí vai. Tudo isso só na primeira meia hora da visita. Então é impossível eu conversar com alguém, e quando vou embora me sinto como se tivesse malhado a semana inteira. Ah, sim, e ele está feliz, cansado e vai dormindo no carro.

Por causa disso tenho evitado ir na casa de amigos ultimamente. Eu não aproveito a visita, os anfitriões só me vêem de relance, enquanto estou correndo atrás do próximo perigo do Pedro e eu me canso demais. Sem contar que a minha barriga também já está crescendo, um peso extra além do Pedro. Sei que é fase, uma coisa que aprendi pela experiência materna nesses 17 meses é que nada é para sempre. Então acho que vou esperar pacientemente essa fase passar, pra depois voltar com minha vida social tranquila.

E aí quando o Pedro estiver bonzinho e mocinho pra visitar os outros, o Daniel vai estar nessa fase de "Demolidor". Sim, o ciclo se fecha. Será que vai ter fim?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Halloween

Quando eu estava em Orlando o Fe me ligou e disse pra comprar uma fantasia pro Pedro, porque no sábado ia ter o aniversário dos filhos do nosso amigo Fernandão e o tema era Halloween. Amei!

Depois de muito vasculhar, a Tha acabou achando uma fantasia linda de abóbora no meio das fantasias de adultos. Na hora que eu vi já sabia que seria perfeita!

Fomos para a festa e, mãe coruja assumida que sou, posso falar que o Pedro era a criança mais fofa! Tá, tudo bem que as outras crianças eram bem maiores, mas ele era o mais lindo e ponto.




Tinha um pote de Torcida de pimenta e o Pedro começou a apontar e pedir. Não sei onde ele aprende que essas coisas são gostosas. Como essa era de pimenta, não quis dar. Mas não teve jeito! Ele começou a gritar que queria, queria... Tá bom então! Depois não diga que não avisei! E dei um salgadinho pra ele, observando a reação. Reação?? Ele só começou a pedir mais! Como assim ele gostou de salgadinho apimentado? Onde está a lógica? Aí o padrinho dele sentou com ele no colo e o pote de Torcida junto, e nisso até a Giulia (filha do Fernandão, de 2 anos e meio) veio junto pra comer. Fiquei sabendo que ela também é outro ponto fora da curva que gosta de salgadinho apimentado. Ela e o Pedro comeram, comeram... e eu preocupada, sempre levava alguma outra coisa pra ele comer, mas quando colocava pão, linguiça, queijo na boca dele, ele fazia cara de nojo (???) e me devolvia. Só queria salgadinho. E não é que ele não ficou nem com dor de barriga nem nada?? Agora tenho que passar longe dessas porcarias pra ele não ficar pedindo.

Depois o Dudu (padrinho) levou ele na cama elástica. Só que o Dudu é "hardcore", não tem essa de pular fraquinho, virar só um pouquinho de cabeça pra baixo, correr de leve... O negócio ali é bruto. Ele sentou bem no meio da cama elástica (que era bem grande mesmo), colocou o Pedro no meio e pulou. Mas pulou com toda a força mesmo. E o Pedro ria de se acabar. Quando ele parava de pular, o Pedro "pulava" pra incentivá-lo a continuar. Uma graça!!! Já estou vendo que o Pedro também vai ser uma criança hardcore. Quer dizer, "vai ser" não... já é. As brincadeiras que ele mais gosta são as que não podem ou as que oferecem perigo.




Depois da festa fomos dormir na casa da minha cunhada Dani, que logo quis ver as fotos dele de abóbora. Aí a notícia das fotos foi se alastrando, até que na segunda-feira umas 10 pessoas vieram me pedir pra mandar as fotos dele de abóbora.

Ai que delícia! O filho ganhar elogios é um milhão de vezes mais legal do que eu mesma ganhar!

Colocando os assuntos em dia

Eu viajei. No sentido literal mesmo. Fui pra Orlando visitar a Tha e fazer compras pros dois babies, Pedro e Daniel. Fiquei só uma semana, correria total. O Pedro ficou com a minha sogra e com o Fe, o que quase me matou de saudades e acabou deixando ele mais malandro ainda.

No dia da ida, acordei bem cedo (às 5h00) e não consegui me despedir do Pedro. A intenção era dar um beijinho nele e sair, mas eu tive certeza que se fizesse isso ia perder a coragem de viajar. Aí fui embora, com o coração espremido.

A viagem foi ótima, ver a Tha foi muito bom, fazer as compras então... queria tudo! Acabei não comprando quase nada pra mim. Quando ia comprar, pensava "Prefiro gastar esse dinheiro com o Pedro e com o Daniel". Mãe fica boba mesmo...

Eu ligava pro Fe todo dia, às vezes mais de uma vez por dia. Aí tinha que me concentrar pra conseguir perguntar como ele estava antes de querer saber do Pedro. Sabe como é... pra ele não achar que eu só estava preocupada com o Pedro. Ficava sabendo das histórias das "artes" dele por telefone, mas imaginava a carinha dele aprontando. Teve um dia que ele ficou inteiro sujo de graxa, porque mexeu na correia da bicicleta da faxineira; outra vez ele ficou subindo e descendo um morrinho de grama com a Paçoca, e quando caía dava risada; acordava bem mais cedo, com os passarinhos, e já queria ir brincar no quintal. E ficou malandro.

Quando voltei, com as malas cheias de brinquedos de "culpa" para ele - aqueles que eu comprei simplesmente por não parar de pensar nele e me sentir culpada por não estar perto - foi um alívio. Ele estava no colo da minha sogra e quando me viu ficou sério, parado. Não esboçou nada. Eu fiquei chamando "Vem com a mamãe!" e quando ele veio... ai que delícia! Encostou a cabeça no meu ombro e ficou me abraçando, não queria me soltar! Me olhava e sorria, apontava pra mim e gritava. Nem preciso dizer que fiquei o dia inteirinho com ele no colo. Só queria matar a saudade do cheirinho dele, do peso, do abraço, da voz...

Demorei uns dias pra matar a saudade. Acho que até agora não consegui colocar a saudade em dia. Ele me cansa, acaba comigo, pisa na minha barriga (que já está parecendo de grávida), detona minhas costas, bagunça a casa inteira... mas eu não vivo sem ele!