segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quem nunca?

Banho de mangueira no calor: quem nunca brincou, que atire a primeira pedra.

Pense num calor insuportável, crianças meladas de suor, fedidinhas e irritadas. A solução: levar a galera pelada pro quintal e dar banho de mangueira. A brincadeira foi tão boa que rendeu mais de uma hora!




Domingo delícia, mesmo sem sair de casa!



Mãe chorona

E mais uma vez a mamãe aqui se acaba de chorar. O tema foi lindo, O Sítio do Pica-Pau Amarelo. O Pedro foi de Visconde de Sabugosa e o Daniel de Pedrinho. Antes das cortinas serem abertas eu já estava lá na frente, empoleirada em uma cadeira que nem sei de quem pertencia (peguei emprestada só um pouquinho!), mas logo que as cortinas começaram a se abrir eu não aguentei, levantei e fui até a beirada do palco pra filmar, corujar e chorar bastante.


Gente, como sou boba. Eu choro muito! No momento em que a música começou o "Thuru tchu tchuru tchu tchu tchuru" eu já estava chorando, não sabendo para qual lado do palco olhar. Como os dois são pequenininhos, colocaram o Jardim e o Maternal pra dançar juntos e ficou cada um em um canto do palco. Minha câmera ficava passando de um  para o outro, um para o outro... Quem assistir ao vídeo vai ter vertigem, de tanto que eu chacoalhei.

O Pedro dançou lindamente no estilo Coisinha de Jesus, mas é uma dança cheia de charme e elegância que combina muito bem com a personalidade dele. E o Daniel até que dançou direitinho, mas depois que teve a parte da dança de deitar no chão de barriga pra baixo parece que ele gostou da ideia e só queria ficar daquele jeito. Lindos, minha gente!!



O Pedro foi o Visconde mais lindo desse mundo e o Daniel o Pedrinho mais perfeito de todos. E não, não sou nem um pouco exagerada.



Aí acabou a dança, voltei pro meu lugar (pra minha cadeira, a minha mesmo, não aquela que eu tinha surrupiado na cara-de-pau) e continuei chorando. Conseguia parar por 3 segundos, lembrava deles no palco e chorava de novo. Por quê eu choro tanto? Não tem sentido, eles só estavam no palco, caracterizados como personagens d'O Sítio, "dançando" ao som de Gilberto Gil e isso me toca desse jeito? O pior é que até agora, quando vejo o vídeo, meus olhos se enchem de lágrimas. É muito amor, meu Deus!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Menino prodígio

Na casa dos meus pais, o Pedro quis pegar água na porta da geladeira e derrubou o copo no chão, que caiu embaixo do armário. Imediatamente o Daniel já se abaixou para pegar, estendendo o bracinho o máximo que podia. Fez força, mudou de posição... e não conseguiu. Levantou e foi para o quintal.

O Pedro se abaixou e tentou pegar o copo, enquanto dizia: 

-Não consegue, mamãe. Meu braço não é comprido!

Então o Daniel volta para a cozinha segurando um rodo e começa a literalmente enxotar o Pedro da frente do armário, gritando para enfatizar o que queria. Meio de queixo caído e sem fôlego (Não acredito que ele está fazendo isso!) pedi para o Pedro se afastar. O Daniel se abaixou, enfiou o rodo embaixo do armário, puxou o copo na primeira tentativa, jogou o rodo no chão, pegou o copo e foi pegar água.

Simples assim.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

No pé

Trabalhar na mesma escola dos meus filhos é muito engraçado. Hoje o Pedro foi mandado para a diretoria, bem na hora que eu estava em reunião com a diretora. A Carol ficou na minha frente, para o Pedro não me ver enquanto estava sentado "pensando". Estava tudo indo bem, quando ele fala:

- Mamãe!! Mamãe, é você aí! Estou te vendo mamãe! A sua tatuagem! Eu vi sua tatuagem no pé! Sei que é você mamãe!

Tanta coisa pra ele olhar e ele vai reparar bem na minha tatuagem? É impressionante como ele é detalhista!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Se está tão gostoso, toma você!

Hora do almoço, Pedro comendo sozinho e eu dando a comida do Daniel no cadeirão. O Daniel começa a pedir suco: "Cuco! Cuco!" e a Pri (minha fiel escudeira) chega com um suco de melancia que tinha acabado de fazer, geladinho.

Dei o copo pro Daniel e ele ficou analisando a cor: olhou para o suco, olhou para mim para checar minha reação, olhou para o suco, olhou para a Pri para checar a reação dela. Ficamos na expectativa para ver se ele ia gostar, porque ele não gosta de nenhuma fruta e tem muita resistência para aceitar sucos de sabores diferentes. Eu disse: "Toma, Daniel! O suco está uma delícia!" e a Pri emendou "Huuum, delícia!" Acho que foi forçar demais a naturalidade, porque ele ficou um tanto quanto desconfiado e quando colocou o bico do copo na boca deu uma chupadinha bem de leve para testar o sabor e fez uma careta.

- Toma, Daniel - incentivei.
- Huuum, suco gostoso Daniel, delícia - disse a Pri, sorrindo.

Então ele esticou o braço e tentou colocar o copo na minha boca, fazendo "Huuummm" para mim. Fingi que tomei, com o bico do copo apenas perto da minha boca e disse:

- Sua vez, Daniel - tirando o copo da mão dele e tentando colocar na boca.

Ele sorriu pra mim, colocou o bico do copo no queixo, fingiu que tomou (com os mesmos sons que eu fiz), soltou um "Aaahhh!" e tornou a me oferecer o copo.

A essa altura ele já tinha acabado de almoçar, tirei ele do cadeirão, coloquei o suco dele em cima da mesinha, empurrei o cadeirão para o lugar dele e fui pra cozinha para almoçar. Estava preparando meu prato quando ele entra discretamente com o copo na mão, chega perto da pia, fica na ponta dos pés, coloca o copo com o suco intocado em cima da pia, dá meia volta sem olhar para ninguém e vai embora.


domingo, 16 de setembro de 2012

Camisa no vaso

Continuo na correria, mas ainda não desisti.

Terça-feira o Fe saiu pro treino logo que eu cheguei em casa. Se trocou e deixou a roupa suja no banheiro, dentro do cestinho. Assim que ele saiu, o Pedro me pediu pra fazer xixi. Falei pra ele ir sozinho no banheiro da mamãe, porque no banheiro deles a tampa do vaso não para aberta e aí é xixi pra todos os lados.

Enquanto ele fazia xixi fui pra cozinha separar as mamadeiras e ouvi um "ploc". Ploc estranho. Corri pro banheiro, o cesto de roupas estava de cabeça pra baixo e a camisa do Fe estava dentro da privada, por cima do xixi recém feito do Pedro, com o Daniel empurrando cada vez mais pra dentro.

O Pedro me viu e saiu correndo, já foi falando "Foi o Daniel, mamãe! Não fui eu!" com medo de levar bronca. Mas mesmo se ele não falasse, mesmo se ele estivesse ali do lado olhando, eu saberia que foi obra do Daniel.

E o pior de tudo foi o Daniel chorar desesperado porque eu tirei a camisa da posse dele. Afinal, lugar de camisa suja é dentro da privada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A melhor do fim de semana

Contei sobre o casamento, a viagem e a canseira, mas não contei da maior vergonha engraçada do mundo.

Estávamos almoçando aquele típico almoço por revezamento, e minha sogra levou os dois meninos pra sala de brinquedos pra deixar eu e o Fe comermos sentados (milagre!). Grande sogra!

Então aproveitamos, até comemos sobremesa. Um lugar lindo, restaurante cheio, música ao vivo (voz e piano), gente falando baixinho. Sabe aquela típica cena de restaurante de novela das 9h? Bom, estávamos na sobremesa quando o Fe diz: "O Pedro está vindo." Antes que eu pudesse olhar pra trás, antes que eu pudesse ao menos processar a informação, o Pedro grita enquanto corre:

- Papaaaaaai, quero fazer cocô! Quero fazer cocô!

Ai meu Deus. O que eu faço? Finjo que o filho não é meu? Me escondo embaixo da mesa? Nisso o Fe já começou a rir, e disse: "Priceless!" E ele veio em nossa direção, o Fe tomou o último gole do suco dele e o Pedro continuou falando em alto e bom som:

- Papai, vamos, quero fazer cocô!
- Fala baixo, Pedro! Ninguém precisa saber - alertou o Fe, aos sussurros.
- Paaaaaai, não demora, vai logo! O cocô tá saindo! Vamos papai, tá saindo!

Então o Fe saiu às pressas com ele, eu ficando pra trás pra recolher toda a parafernália que levamos ao restaurante quando temos filhos, como copos, brinquedos, chupetas, a bolsa com fraldas, a câmera, e segui logo atrás, com a maior cara de quem fez a coisa certa.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Relax pra quê?

Tivemos o casamento da minha cunhada e madrinha do Pedro, a Dani, neste sábado. Foi um almoço num hotel no sábado e nós dormimos lá, fomos embora só no domingo. Sabe quando você espera por uma data, planeja descansar, brincar com as crianças, sair da rotina, aproveitar o fim de semana? Eu estava assim, cheia de esperanças.

Chegamos sábado de manhã pra tomar café da manhã no hotel. Delícia! Tudo correu bem, até o Pedro correu bem pelo restaurante, o Daniel não queria ficar no cadeirão e eu e o Fe fizemos corrida de revezamento pra conseguir tomar café.

Durante o casamento eu fui encarregada de fazer as fotos (e que modéstia a parte, ficaram lindas!) e o Fe ficou correndo atrás dos meninos. Literalmente correndo. Minha sogra tentava enganar o Daniel dando comida, o Pedro queria jogar pebolim, o Daniel queria mexer em tudo, o Pedro corria pra fora do salão, o Daniel chorava porque queria fugir, o Pedro chorava porque machucou a testa no pebolim, o Daniel fugia escondido, o Pedro fugia escondido. Fácil assim.

À noite levamos os dois pra piscina aquecida. Eu não sou muito fã de piscina, mas pelos dois até topo. O ruim foi sair dela depois, com aquele ventinho noturno. Pedro pula na água, sai da água, Daniel pula na água, sai da água, corre pra fora, entra na piscina, quer colo, quer correr, quer piscina, Pedro quer nadar, quer correr, quer pular, mãe e pai praticamente numa aula de aeróbica.


E todas as refeições foram naquele esquema: quero isso, não quero aquilo, quero correr, quero brincar com a amiguinha, quero chão, quero colo, quero fugir, quero sala de brinquedos, quero suco, quero fazer xixi, chora por alguma coisa, chora de novo, não come nada. Mãe e pai comem em pé, correndo, andando, com filho no colo, filho pondo a mão dentro da sua boca, filho chorando e sempre pelo menos uma pausa pra levar criança no banheiro.



Domingo fomos no parque ver as capivaras. Coisa mais fofa, elas ficam andando soltas no parque e você pode até chegar perto. O Pedro adorou, o Daniel queria por a mão. O que nós aproveitamos do parque: corre pra lá pra pegar um filho, pega outro no colo, corre atrás do outro filho que está fugindo, tenta tirar uma foto e não consegue, corre de novo, corre com filho no colo, corre com dois filhos no colo. Praticamos corrida com obstáculos.



E o fim de semana que seria de descanso e paz vira um fim de semana de exercícios ininterruptos. Segunda-feira acordei como se tivesse passado um trator por cima de mim. E era só segunda-feira.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Feriado branco

Hoje é feriado aqui na minha cidade. Mas o feriado só atrapalha, porque fico sem empregada e sem marido: ela não trabalha porque é feriado, ele trabalha porque em Tatuí não é feriado. Então eu fico sozinha com as crianças. Estava até ansiosa pelo meu dia inteiro com os babies, poder paparicar, beijar, abraçar e brincar juntos o dia inteiro. Aí eu acordei.

Preciso ressaltar que já acordei cansada, porque o Pedro está numa "fase", se é que posso chamar assim, de acordar muito durante a noite. Todas as noites, pelo menos, no mínimo 3 vezes por noite, a mais ou menos 6 meses. E eu também não durmo. Aí que, como já disse acordei cansada. Ouvi risadinhas pela babá eletrônica "que fofo, eles estão brincando!" e fui falar bom dia. Abro a porta, vem um cheiro estranho do quarto, gostoso. Cheiro gostoso? Cena da manhã: quarto esbranquiçado, crianças brancas e cheirosas dentro do berço, berço branco, chão branco, parede branca, poltrona branca... Branco demais.

Era talco. Quando o Pedro acorda, ele sobe no trocador e entra no berço do Daniel. Só que hoje ele levou o pote de talco junto, abriu e despejou tudo, literalmente, no berço, nele e no Daniel. Deu vontade de chorar. Peguei o Daniel e levei pro banho. Voltei pro quarto, dei uma bronca homérica no Pedro e levei ele pro banho também. Deixei os dois no chuveiro e liguei pro meu pai pedindo reforços. Precisava limpar aquilo tudo e sozinha com os dois seria missão impossível. Troquei os dois, meu pai chegou, deixei o Pedro de castigo por 10 minutos. Tirei os lençóis do Daniel e levei pra por na máquina e quando fechei a tampa da máquina meu celular tocou, uma chamada do consultório do pediatra deles, dizendo que eu tinha que chegar lá em 1 hora para uma consulta encaixada. Fiz uma bolsa pros dois, coloquei todo mundo no carro e fui.

Consulta feita e na volta pra casa os dois dormiram no carro, sem almoço. E eu realmente detesto quando eles perdem o almoço porque o dia fica inteiro bagunçado. Coloquei os dois pra dormir, o Daniel com lençóis limpos no berço e fui almoçar. Mais tarde ouço um "Há há!" no quarto e abro a porta.

Choque.

Desespero.

Fiquei paralisada.

Chorei.

O Pedro tinha entrado no berço do Daniel de novo, só que desta vez levou o pote de Maisena que eu uso pra passar no bumbum deles quando fica assado. Devia ter uma caixa inteira de Maisena no potinho. E aquela caixa inteira estava espalhada em TUDO. Os dois estavam tão brancos que só as íris tinham destaque no corpo. Berço inteiro, chão, trocador, poltrona. Tudo branco. Muito branco. Desesperador. Eu patinei no chão quando entrei no quarto. Tirei a roupa do Daniel e o levei pro banho, tomando cuidado pra que ele não encostasse na minha blusa preta. Voltei pro quarto e dei uma bronca tão, mas tão grande no Pedro que ele não se atreveu nem a chorar pra não me provocar mais. Coloquei ele no banho e liguei de novo pro meu pai, pedindo reforços novamente. Depois chorei convulsivamente. Tirei tudo do berço: lençóis, travesseiro, protetores de berço, saia, móbile. Quando os meninos já estavam vestidos mandei o Pedro ficar na cama dele, sentado e não sair de lá. Minha fúria devia estar tamanha que ele não reclamou, não chorou, não disse um pio. Sentou na cama e ficou. E eu deixei ele lá por 40 minutos. E ele não pediu pra sair em momento algum.

Meu pai chegou, lavei os lençóis (de novo!) e parei de chorar. E quando tirei o Pedro do castigo ele estava uma seda. Fiz ele arrumar o quarto de brinquedos e ele foi brincar na sala bem bonzinho. Enquanto isso eu limpei o quarto. E preciso dizer, limpar um quarto cheio de Maizena dá muito trabalho! Ela entra em todos os cantinhos, todos os poros do berço, gruda no rejunte do piso. E eu passava pano molhado e ficava uma "tinta" branca pintando tudo. Foram muitos panos úmidos até conseguir limpar tudo. Depois tinha o chão, porque a Maizena do chão tinha se espalhado pela casa toda.

E o Fe me disse, quando chegou em casa: "Hoje foi feriado pra você, mas eu preferia mil vezes ter trabalhado o dia todo, como eu trabalhei, do que ter que ficar em casa trabalhando como você." Eu também.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Obediência

Coloquei os dois pra dormir e fui para o meu quarto esperar eles pegarem no sono pra poder fechar a porta. Então o Daniel começa a bater os pés no brinquedo do berço... pá, pá, pá... pá... pá, pá... pá, pá, pá... E eu pensando "Daniel, para com isso se não o Pedro não dorme."

Alguns "pás" depois e o Pedro sussurra da cama dele, com ar autoritário "Pára, Daniel! Fica quieto!"

E o Daniel parou.

Por que ele não me obedece desse jeito?

Uniformizado

Semana passada o Daniel começou na escolinha. Na mesma classe do Pedro, o Maternal e o Jardim dividem o mesmo espaço. O Pedro foi todo feliz porque o irmão ia junto com ele pra escola. E como aqui em casa graças a Deus as roupas são "recicláveis" (passam de um para o outro), o uniforme do Daniel é de segunda mão, mas usado e guardado com muito carinho.

Tem coisa mais fofa que um
toquinho de gente de uniforme?
 

O Daniel amou a escola! Brincou tanto que nem tirou a sonequinha da tarde por uma semana inteira! Só dormiu um pouco essa semana, ontem e hoje, mas mesmo assim por pouco tempo.

Semana passada ele ainda não tinha uma agenda, e o papel que a professora escreveu sobre o dia dele veio assim:

Daniel Lindo!
Lanche - ótimo
Soneca - não
Disposição - normal
etc....

Engraçado que eu tinha certeza que escrevi o nome dele na matrícula como Daniel Cruz.

Deixa elas achando que ele é lindo. Lindo ele é mesmo, sem dúvida alguma, mas é arteiro na mesma proporção. E eu achando que o Pedro era uma criança agitada... Doce ilusão! O Pedro é um anjo perto do Daniel. O Daniel sobe na cadeira pra mexer na mesa; joga a almofada do sofá no chão pra poder subir no sofá, sobe no encosto do sofá, abre a janela, sobe na janela e fica se balançando segurando na grade; sobe na mesa de centro e fica dançando pra perder o equilíbrio propositalmente; abre gavetas e joga TUDO no chão; abre qualquer zíper que veja pela frente pra poder espalhar tudo o que esteja protegido por ele; mexe na água da privada (as portas dos banheiros vivem fechadas aqui); sobe em camas, cadeiras, sofás, mesas, brinquedos e constrói "degraus" com brinquedos quando quer pegar alguma coisa que esteja no alto...



E cai, como cai! Vive machucado! Bate a cabeça (sempre!), bate joelhos, pernas e bumbum, vive com hematomas. Já digo que o hematoma dele é uma tatuagem móvel, cada hora está em um lugar. Aí você diz: "Pelo menos ele se machuca e aprende." Não. Ele não aprende. Já prendeu o dedo na roda do trenzinho e chorou umas 30 vezes, chutando baixo. Já caiu pisando em brinquedos zilhões de vezes (de novo, sem exagero) e toda vez que vê um carrinho no chão quer pisar em cima de novo. E cai de novo. Aquele ditado "aprendendo com os próprios erros" não se aplica a ele. Bem que minha mãe dizia, "Anjo da guarda não tira férias!"

sábado, 4 de agosto de 2012

Homem-Aranha

Eu trocando a fralda do Daniel e o Pedro pega o chinelinho dele do Homem-Aranha pra ver.

- Mãe, deixa eu ver o Homem-Aranha? Eu estou vendo... Mas ele é bobo, mamãe.
- Por quê ele é bobo?
- Porque ele tem essa cara de bobo, assim, ó. Muita cara de bobo.



Se você parar pra pensar, não é que ele tem razão?

Aparecendo como quem não quer nada

Vou voltar! Prometo! Sinto falta do meu lindo bloguinho, mas ando sem tempo até para entrar no Facebook. Tá complicado. Mas pretendo voltar, tenho muitas coisas pra contar!

Como pretendo voltar aos poucos, preciso ir tomar banho antes do Fe chegar com os meninos e estou com pressa pra fazer o almoço, vou postar um textinho que li hoje de uma amiga muito querida. Ela postou no Facebook e eu amei! Traduz tanto a loucura da maternidade.

Da minha amiga, Carla Zanetti:

...no fundo acho q é medo....medo de não estar fazendo o certo, ensinando certo, repreendendo de forma certa, cedendo em excesso, proibindo demais....
A verdade é que depois que a gente vira mãe a gente acha que não tem direito de ser/sentir determinadas coisas....isso é o que no fundo deixa a gente meio maluca! Pq a gente continua sentindo de tudo!Amor, raiva, preguiça, ansiedade(mais do que nunca), medo, carência, impaciência, vontade de ter um tempo de verdade só para vc!Pq isso tudo é normal, é humano!!!Mas nos faz mal sentir, e a culpa de sentir é ainda pior ....
Eu tenho que me conscientizar e acreditar que meu filho na minha vida é mais uma pessoinha que está ao meu lado para me amar da maneira que eu sou...
Ter filho é uma benção....mas como dá trabalho....
Ter filho é ver na carinha dele o amor mais pleno e incomensurável que existe nesse mundo.....mas como cansa....
Ter filho é a maior alegria na vida da gente....mas às vezes dá um vontade tão grande de chorar à toa...
Ter filho faz a gente querer diariamente dar o melhor da gente....e isso nos faz lembrar do quanto fomos muitas vezes injustas com nossas mães...
Ter filho é delicioso.....e Punk!!!
E um viva à falta de hipocrisia, pq isso é normal, e é verdade!Somos humanas, apesar de muitas vezes acharmos que tem algum super poder escondido em nós...
Hoje estou particularmente sensível....mas isso passa!!Até a uva passa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Justificativa 2

Pedro chega chorando na cozinha:

- Mamãe, o papai ficou bravo!
- Por que o papai está bravo, Pedro?
- Porque o Daniel está chorando. Chorou, chorou, chorou...
- E por que o Daniel está chorando? - perguntei com medo da resposta.
- Porque o Pedro pisou no pé dele. Doeu e ele chorou, chorou, chorou...
- Então o papai está bravo com razão!
- Não razão, mamãe! Papai tem que ficar bonzinho!

sábado, 7 de abril de 2012

Justificativa

Pedro chegou na cozinha enquanto eu tomava café da manhã com a caixa de carrinhos cheia e pesada nas mãos e pediu ajuda pra colocar em cima da cadeira. Logo subiu na cadeira e colocou a caixa em cima da mesa, empurrando meu café da manhã pra abrir espaço para os carrinhos dele.

- Pedro, aqui não é lugar de brincar. Vai lá pro quarto de brinquedos com a sua caixa.
- Não, mamãe. Quero brincar aqui - ele respondeu, com cara de "criança-anjo".
- Em cima da mesa, Pedro? Estou tomando café! Então coloca tudo isso aí no chão - eu pedi.
- Não mamãe. No chão tem barata, um monte de barata. Elas vão comer meus carrinhos: este, este, este, este.  Todos os carrinhos! Tem que ficar na mesa.

Baratas no chão da cozinha? Do tipo das que comem carrinhos, todos eles? Desse jeito nem dedetização resolve! Isso é coisa para Man in Black!


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ahãn. Tudo bem.

Segundo o médico, eu tenho que ficar 4 semanas andando de muletas, sem apoiar o pé quebrado no chão. Fácil na teoria. Acho que ele não tem filhos! Se tivesse, saberia que é impossível! O Pedro faz cocô na cueca, tenho que correr com ele pro banho antes que meleque tudo, o Daniel mexe na água da privada, o Pedro sobe na janela, o Daniel bate a cabeça na mesa, tenho que levar o Pedro pra fazer xixi, o Daniel vai pro quintal e escala as escadas, tenho fraldas pra trocar, encher copos de água para eles, preparar e dar café da manhã, almoço, lanchinho e jantar para os dois, preparar frutas, sucos, socorrer filhos de situações perigosas, acolher quando eles choram, por e tirar o Daniel do berço, dar mamadeira e fazer o Daniel dormir, preparar a mochila do Pedro pra escola e ainda brincar com eles. Ficar sem o pé no chão só se eu me trancasse num quarto à prova de som, sozinha. Porque com dois filhos pra cuidar, dois pés são até pouco!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Engano

Pedro: - Mamãe, mamãe! Quero fazer cocô! O cocô está saindo!
Eu: - Vamos, filho! Corre, corre!
Pedro, parado no mesmo lugar: - Ah, não. Era pum!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amor perfeito

Não consigo me lembrar da época em que eu tinha medo de não amar o novo bebê que estava dentro da minha barriga do mesmo jeito que eu amava o Pedro. Achava que era impossível sentir aquele mesmo amor enlouquecedor por outra pessoa, o amor que tira o ar, o amor que faz o coração explodir dentro do peito. E aí o Daniel nasceu.


Ele ganhou um espaço extra no meu coração, como se meu coração tivesse aumentado pra caber exatamente a mesma quantidade de amor esmagador que eu sentia pelo Pedro, só que desta vez o amor era dele. Ainda não sei como alguém consegue sentir tanto amor sem ficar louca. O amor que a gente sente por um filho é a maior coisa do mundo. Por dois filhos, então... é imensurável!

O Daniel nasceu de um parto fácil e tranquilo, tão lindo que parecia um boneco, chegou em uma família que só estava esperando ele pra ser completa. Ele trouxe tanto amor que até o Pedro era apaixonado por ele logo no primeiro dia em que o Daniel dormiu em casa. Acordava de manhã e procurava pelo "Didi", entrava no carro pra ir pra escola e queria que o "Didi" estivesse na cadeirinha ao lado. Esse amor entre os dois só aumentou a cada dia. Eles são extremamente companheiros, amorosos um com o outro, querem sempre estar juntos. E o abraço de família do Pedro já incluiu o Daniel com menos de 1 mês de vida. Família completa.

Não tem como não se apaixonar pelo Daniel. Ele é muito alegre, sorri o tempo inteiro, canta, dança, abraça forte tão gostoso, é muito carinhoso e faz um charme de derreter corações. Ele tem o cheirinho mais gostoso, as coxinhas mais fofas, o cabelinho mais engraçadinho que só cresce atrás e o sorriso mais encantador do mundo! Ele me faz esquecer de tudo quando sorri ao me ver entrar no quarto, quando estica os bracinhos pra vir no meu colo, quando deita a cabeça no meu ombro e "canta" pra dormir.

Quanto amor um coração pode sentir? Quando acho que já cheguei no meu limite ele me abraça tão gostoso e eu sinto meu coração batendo tão acelerado dentro do peito que parece que vai explodir de tanto amor! Se antes eu tinha uma razão pra viver, hoje eu tenho duas. Duas lindas razõezinhas que põem sentido em toda a minha vida, que me dão força pra continuar mesmo quando estou cansada, que me fazem querer ser melhor em tudo para poder dar o melhor de mim pra eles. Os filhos ensinam aos pais muito mais do que os pais ensinam aos filhos. Os filhos ensinam que o amor não tem limites.

E o Daniel chegou pra somar, para me dar mais amor do que eu jamais imaginei que pudesse sentir. Mesmo se eu pudesse escolher, não teria conseguido imaginar um bebê tão lindo e perfeito, tão perfeito que às vezes me pergunto se eu mereço tanto. Só tenho que agradecer a Deus por ter confiado essas duas vidas maravilhosas para mim.

Hoje o Daniel completa seu primeiro ano de idade, o primeiro aninho que voou tão rápido que parece que o tempo sumiu em alguns pedaços. Tem certeza que já passou um ano? Não pode ser! Quem deixou ele crescer tão rápido? Meu bebê. Não importa quantos anos vão se passar, ele vai ser sempre meu bebê. Meu filhinho lindo que me chama de "mamã", que fala "é-ô?" quando coloca o telefone na orelha, que fala "caiu" quando cai no chão e que me abraça gostoso quando acorda de manhã.

Parabéns, meu amor! Obrigada por me fazer tão feliz! Obrigada por completar nossa família, por nos dar tanto amor e carinho, por nos fazer mais felizes a cada dia. Obrigada por dar sentido a minha vida. Obrigada por ser a minha vida!

Filhos queridos, vocês são tudo pra mim!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Carinhoso

Preciso dizer o quanto o Fe tem me ajudado nesses dias de Mãe Saci.

Ele cuida dos meninos, prepara os pratos para eles jantarem, prepara até o meu prato e leva pra mim, dá banho nos dois sozinho, dá o mamá do Daniel pra ele dormir, acorda de noite quando os meninos choram, dá o mamá do Daniel antes de sair pro trabalho de manhã cedinho e só traz o Daniel pra mim, na cama, se ele não dorme de novo mamando. Ele também leva a roupa suja do Pedro pra pôr de molho quando ele chega da escola, pega água na minha garrafa antes da gente dormir e me ajuda a entrar e sair da banheira pra tomar banho - não que eu tome banho de banheira, mas o chuveiro fica dentro dela então não tenho muita escolha. Ele também pega meu pijama quando eu esqueço, acha meus óculos de leitura e coloca meu celular pra recarregar depois que eu já deitei, só pra eu não ter que levantar pulando de novo. Sem contar que ele também vai me buscar na escola todos os dias e leva minha bolsa e meus livros pra eu poder andar com as muletas.

Sim, ele é o melhor marido do mundo! E meu amor por ele só cresce a cada dia!

A sogra

A sogra sempre foi taxada de bruxa, chata, cheia de piadinhas de mal gosto, mas a minha sogra é minha segunda mãe!


Desde que eu quebrei o pé (e olha que ainda nem completou uma semana!) ela tem levado o Pedro na escola. De tarde ela passa em casa pra pegar o Daniel e eu, me deixa na escola, pega o Pedro e vai pra casa com os dois enquanto eu dou aula. Depois o Fe passa lá e pega os meninos e me pega na escola.

Ela também me levou duas vezes no ortopedista, foi ao supermercado pra mim, comprou presente pro Pedro levar no aniversário da amiguinha da classe, me levou e me buscou na manicure e ainda fez uma sopinha pro Daniel, pra eu trazer pra casa e congelar. Sem contar que foi ela e meu sogro que encontraram as muletas pra mim - e meu sogro foi buscá-las e as trouxe aqui em casa. Ah, e também foi ela que descobriu onde vendia o Robofoot aqui em Boituva.

Se esse carinho todo não for carinho de mãe, então eu não sei o que é! Minha mãe não mora perto, mas com uma sogra me ajudando desse jeito eu não tenho como me sentir sozinha! A melhor coisa do mundo é ter uma mãe amorosa, mas eu tenho mais sorte ainda porque tenho duas!

A nova realidade

Se o Pedro fosse maior daria pra dizer que ele está tirando sarro de mim. Mas acho que ele só entendeu minha nova condição de pé quebrado bem demais.

Agora, quando quer me chamar, diz:

- Vem, mamãe! Pula! Pula aqui mamãe!

Caí!



Dizem que o segundo filho aprende as coisas mais rápido que o primeiro, pois tem o irmão mais velho pra se espelhar. Por enquanto tem sido assim mesmo! O Daniel começou a andar 1 mês e 10 dias antes do Pedro, me chamou de "mamã" com 9 meses, aprendeu que se o Pedro o empurrar e ele chorar, o Pedro leva bronca (agora estamos filtrando as broncas no Pedro, porque tem vezes que ele chora de propósito só porque quer alguma coisa que o Pedro não deixa), abre armários com facilidade desde que começou a engatinhar e fala "Caí!" quando cai.

Ele fala. Não estou mentindo. E também não é coisa de mãe-coruja-que-vê-palavra-onde-não-tem, ele fala mesmo. A primeira vez que percebi quase tive um treco: ele estava engatinhando no corredor, escorregou na própria baba (o lesminha deixa um rastro de baba por onde passa, é incrível!), caiu e chorou. Eu fui pegá-lo no colo, minha empregada perguntou "O que foi, Daniel? Caiu?" e ele respondeu "Caí!"

...

...

... Whatttt????

"Caiu, Daniel?" - eu insisti. E ele respondeu "Caí!"

Depois desse episódio comecei a prestar mais atenção nisso e toda vez que ele cai ou que ele derruba algum brinquedo no chão, ele fala "caí". Ele fala tantos "caís" durante o dia, que até o Pedro, quando vai brincar com ele, fica imitando "Caí! Caí!"

Então, resumindo:

- primeira palavra do Daniel: mamã
- segunda palavra do Daniel: caí

Estranho e não faz muito sentido, mas o que faz sentido na maternidade?

terça-feira, 27 de março de 2012

Momentos

Daniel num momento Andando-com-o-telefone-na-mão.


Pedro num momento Atuando-com-a-boca-cheia-de-tomate.


De pé quebrado não dá pra andar muito, mas dá pra fazer muitas fotos!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mãe Saci

E no meio de toda essa correria, chupetas, fraldas sujas, mamadeiras, comidinhas, brigas entre irmãos, banhos, situações perigosas, quedas e testas roxas, a mãe resolve quebrar o pé. Tá bom, eu não resolvi quebrar o pé. Acho que essa é uma coisa que ninguém faz por vontade própria. Mas quem mandou ser desastrada? Estava andando, fui descer um degrau e torci o pé. Simples assim.


Agora estou engessada, sem poder colocar o pé no chão por pelo menos 4 semanas e não vou tirar o gesso antes de 6 semanas. Gente... SEIS SEMANAS!!! Seis semanas sem andar com o Daniel no colo, sem correr atrás do Pedro, sem levar nada nas mãos enquanto ando, me locomovendo a passos de tartaruga e dependendo dos outros pra tudo. Irritante.

Quando o Pedro me viu de pé engessado (na verdade é uma tala) disse: "A bota mais gangona!" (tradução: A bota mais grandona). Aí eu falo que a mamãe está com dodói no pé, ele chega perto e diz:

- Esse pode! - e aponta para o pé bom.
- Pode - eu respondo.
- Esse não pode! - e aponta para o pé engessado.
- Esse não. Está dodói.

Aí ele sobe em cima de mim pela perna boa, pela perna que "pode". E se o Daniel começa a me agarrar pelo pé quebrado, ele já vem correndo e dizendo "Não, Daniel! Esse não pode!"

Mas se tem uma coisa que posso dizer, é que cuidar dos dois de pé quebrado não é nem um pouco fácil. Longe disso! Cansa mil vezes mais!

Ainda bem que tenho minha sogra que mora aqui perto e está fazendo as vezes de motorista pra gente. Porque "mãetorista" era uma das minhas profissões que ficou em banho maria, junto com o meu pé. E ainda bem que ela é como uma segunda mãe pra mim, as coisas fluem. No dia das mães desse ano vou ter que dar a minha parte do presente pra ela. Ela vai ficar 1 mês e meio na Profissão: Motorista! Coitada...

Enquanto isso eu fico aqui, que nem uma "mula manca" (apelido carinhoso que o Fe me deu), meio de molho, meio funcionando, contando os dias pra acabar 6 semanas. Pelo menos 2 dias já foram.

terça-feira, 20 de março de 2012

Upgrade

Eu, que vivia falando que o Pedro não falava, que era preguiçoso, que queria taaaaaanto que ele falasse pra me contar as coisas... agora estou sofrendo com um fenômeno chamado "falando pelos cotovelos".

Olhar do Gato de Botas. Quem resiste?
De uma hora pra outra ele começou a falar. Juro, não é força de expressão! Até duas semanas atrás ele estava começando a montar frases, como por exemplo, estava colocando o "Quero" antes de dizer o que ele queria: "quero mamá", "quero bala", "quero papá". E subitamente ele começou a montar as frases: "Mamãe, quero papá. Tô com fome, mamãe!" Como assim? Danadinho! Ele conhece todas as palavras! Às vezes ele vem com umas frases que me fazem parar que nem estátua por não saber onde ele aprendeu. Estávamos pegando guache para pintar um papel grande que eu colei na mesa da sala e ele disse: "Lindo, mamãe! O 'ache' mais brilhante!" sendo que "ache" é "guache".Ontem eu dei um carrinho de puxar pra ele e hoje ele veio dizer "Esse é o brinquedo mais legal!" Ou quando o Daniel mexe onde não pode e ele grita "Mamãe! Daniel comendo carrinho!", "Mamãe! Daniel mexendo na água da Papoquinha!" Ficou falante e dedo duro.


E o Daniel, que até duas semanas só engatinhava, começou a andar na semana passada. Lindo, parece um robozinho! Vai todo confiante: levanta, segura em alguma coisa até pegar equilíbrio e vai! Claro que às vezes ele cai no trajeto, mas ele se arrisca sem incentivo e isso é tão fofo!

Daniel e sua maratona de pijama
Todo mundo subiu um nível essa semana! A mamãe também, já que agora não pode mais tirar os olhos do pequeno. E pernas pra que te quero!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Profissão: Mamãe! Convida Paty Cancelier, amiga e blogueira

Estou inaugurando hoje a parte do blog em que eu recebo convidadas que gosto muito para escreverem sobre assuntos diversos relacionados à maternidade.

Inaugurando o Profissão: Mamae! Convida, recebo minha amiga Patrícia, do blog homônimo do meu, 
Profissão Mamãe! falando sobre algumas mudanças que a casa sofreu depois da chegada da linda Ana Luiza.

Chega de lero-lero, vamos logo ao que interessa! E com vocês, Paty!



To sisintindo a última coca-cola do deserto! E não poderia ser diferente, já que fui convidada pela querida da Fe, para estrear o novo espaço aqui do Profissão: Mamãe!

Então, peço licença à você, que assim como eu, adora passar aqui no blog para ler sobre o Pedro e o Daniel. Hoje não vou falar desses dois delícios. A protagonista de hoje é a Ana Luiza, minha filhota que também é uma delicinha...


Quando a gente fica grávida, tem sempre alguém pronto pra dar um conselho...
"Dorme bastante agora porque depois você não vai dormir mais."
"Sai bastante agora porque depois você vai pensar duas vezes antes de sair."
"Aproveita os momentos a dois com seu marido porque depois o bebê vai sempre estar entre vocês."
"Passa bastante creme na barriga porque ela já vai ficar flácida, mas não precisa ficar com estria."

E por aí, vai. Eu recebi esses e mais outros tantos conselhos e confesso que agradeço pela maioria deles. Hoje, refletindo sobre o assunto, vejo que as pessoas realmente estavam certas quando me alertavam sobre tantas mudanças pós-nascimento do bebê. A vida fica completamente diferente e nada mais é como antes. No meio de tanto conselho, vejo que ninguém se lembrou de me dizer que mais uma coisa mudaria assim que minha filha nascesse: a decoração da minha casa. Não, eu não estou falando do quarto do bebê. Berço, guarda-roupa, poltrona, protetor de berço. Essas mudanças são óbvias e nós mães adoramos fazer as compras do enxoval e dos móveis do baby. Estou falando das mudanças que temos que fazer para nossos filhos não se machuquem dentro de casa e para que nossa casa não se "machuque" com o bebê furacão.

Aqui em casa essas mudanças começaram a ser feitas a partir do momento que a Analu começou a se locomover sozinha e ficou doida para explorar cada canto do apartamento. Em cada centímetro ela encontrava algo para ser descoberto. Algo que poderia ser muito interessante e perigoso ao mesmo tempo.

Minha primeira atitude foi "lacrar" todas tomadas que estavam ao alcance dos seus dedinhos curiosos. Fui nessas casas de R$1,99 e comprei um protetor de tomadas (cor-de-rosa, bem cafoninha, por sinal), e bem ingênua achei que meus problemas estavam acabados... Assim que coloquei a Analu no chão, ela arrancou os protetores da tomada e em um segundo já estava tentando colocar o dedo no buraquinho. A solução encontrada foi fixar os protetores com durex transparentes. Assim bem ridículo, mesmo! O único jeito que eu achei para ficar tranquila sabendo que minha filha não levaria um choque a qualquer momento.

A segunda mudança ocorreu na lavanderia: produtos de limpeza foram guardados em prateleiras acima de um metro e meio de altura. Pronto? Posso ficar tranquila e deixar minha filha circular livremente pela lavanderia? Claro que não! Acontece que eu tenho gatos. E meus gatos, assim como outros gatos, comem ração, bebem água e usam uma caixa de areia para fazer as necessidades. E tudo isso, ração, potes de comida, pote de água e caixa de areia, pode virar um brinquedo muito legal. Na primeira ida até a lavanderia, a Analu derramou água no chão, depois encheu o pote de água de ração e se eu não chego a tempo o próximo passo seria dentro da caixa de areia. A solução foi comprar um portãozinho e colocar entre a cozinha e a lavanderia. Tudo resolvido? Mais uma vez, não! Porque como não dava mais para chegar até a lavanderia, a cozinha passou a ser o lugar preferido da casa. Potes foram parar no chão, gavetas de talheres estavam sendo abertas e tudo estava ficando perigoso demais para o meu gosto. A solução foi colocar o portão na porta da cozinha. E daí se precisa ficar abrindo e fechando o portão a cada 20 minutos pelo menos? O que importa é que hoje a presença de criança na cozinha só se for acompanhada da mamãe ou do papai.

Depois disso, o foco das mãozinhas curiosas começou a ser o raque da sala cheio de pequenos objetos que viviam indo parar no chão. E mais uma mudança precisou ser feita. Porta-retrato, velas, vaso de orquídea, caixinha de contas pagas, vai tudo parar em cima de outro móvel mais alto. E deixa lá, tudo exprimido e bem fora de qualquer padrão estético.

Não satisfeita com toda essa belezura de decoração, resolvi colocar uma caixa de brinquedos no canto da sala ao lado do sofá. Minha ideia era que a Analu ficasse brincando num único canto e totalmente às minhas vistas. Mas como era de se prever, o tiro saiu pela culatra. Não só os brinquedos da caixa foram espalhados, mas outros brinquedos que estavam no armário do seu quarto. E se estiverem dando sopa, alguns sapatos e roupas também acabam devidamente jogados no chão. Resultado? Muita bagunça e trabalho em dobro pra mãe.

Por enquanto, mas só por enquanto, minha casa está relativamente à prova de Ana Luiza. Mesmo assim, o certo é manter sempre os dois olhos bem abertos. Nunca dá pra prever quando ela vai descobrir alguma novidade perigosa dentro de casa...

Só para constar...

Eu não consegui fazer as unhas ontem à tarde.

O dia foi "ótimo": o Pedro vomitou na cama duas vezes durante a noite, eu tive que trocar os lençóis, dar banho nele, fazer o Daniel dormir de novo porque ele acordou quando eu estava trocando os lençóis; de madrugada ele acordou mais uma vez pedindo mamá e eu tive que convencê-lo a tomar um pouco de suco, já que percebi que o mamá faz ele vomitar mais e acabei perdendo cerca de uma hora até fazer ele adormecer de novo; acordei cedo com o Daniel depois de praticamente não dormir de noite; a empregada faltou; levei os dois no pediatra sozinha e fui autorizar guias no convênio e voltei de lá tão tarde que acabei indo almoçar na minha sogra; depois tive que lavar os lençóis vomitados da noite e preparar minha aula e me pediram pra substituir o professor da noite, o que me fez ficar na escola até às 20:00 horas.

Vida de madame uma ova!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Tão ingênua!

Daí que domingo eu disse pro Fe que essa semana estaria mais tranquila, que eu conseguiria fazer umas coisas que estou tentando mas nunca dá tempo. Estava até feliz com a perspectiva da tranquilidade.

Mas eu não aprendo mesmo. Tantos exemplos que a vida já me deu, tanta coisa já aconteceu e eu ainda acho, inocentemente, que uma semana na minha vida vai ser tranquila.

O Pedro estava com febre e vomitando, não mandei ele para a escola e isso já somou pelo menos 70% a mais de trabalho durante a tarde. Corri atrás de um pediatra extra, já que o dele é tão disputado que até as consultas de emergência acabam ficando pro dia seguinte ou pro dia "re-seguinte" e consegui marcar uma consulta pra terça, em Sorocaba. Então terça eu e ele seguimos para a nova pediatra, que atende na mesma clínica que minha ginecologista, e no fim das contas acabei saindo de lá com uma consulta com ela também. Depois de correr atrás de uns exames e outras coisas consegui voltar pra casa, mas totalmente arrasada de ver o meu pequeno vomitando tanto e não se abalando com isso. Ele vomitava e dizia: "Olha mamãe, molhou o chão. Saiu tudo!" e continuava brincando. Meu coração ficou estraçalhado. E hoje tive sérios problemas com a minha empregada, o que me fez passar muito tempo correndo atrás de soluções de emergência. Tudo isso misturado a preparações de aulas e as aulas em si, no meu novo trabalho. Amanhã tenho que levar o Daniel no pediatra para a consulta mensal e depois vou autorizar umas guias no meu convênio. E se tudo correr bem, se nada mais der errado (estou cruzando os dedos), vou fazer as unhas à tarde.

Cadê aquela semana calma que eu tinha previsto?

Depois eu me lembro que semana calma não me pertence mais. Com dois filhos (e uma empregada sem noção) não dá pra prever nem o dia de amanhã, quanto mais a semana inteira. Que saudade de assistir televisão! Só meia horinha! É pedir demais?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Maré boa

Estamos numa maré muito boa aqui em casa! O Pedro está engraçadíssimo, falando tudo, cantando, contando coisas que aconteceram na escolinha, ajudando a cuidar do Daniel (do jeito meio tosco dele, mas enfim, ele acha que está ajudando), chamando todos pelo diminutivo: mamãezinha, papaizinho, Danielzinho, Papoquinha, vovozinha, vovozinho... e por aí vai. E o Daniel está um fofo, arteiro que só ele, sobe em tudo, mexe em tudo, descobriu meu armário de potes de plástico e eu voltei à fase de lavar só na hora que vou usar (se eu lavar toda vez que ele tira as coisas do armário, vou passar o dia na pia). O trabalho é intenso, o descanso não existe, mas sabe quando está tudo bem, quando parece que está tudo como deveria ser? Estou me sentindo muito feliz!

Outro dia o Daniel estava dormindo e o Pedro começou a brincar com um brinquedo muito barulhento que a tia Maura deu - um de puxar ou empurrar, ele fica fazendo uns "ploc-plocs" e tocando música bem alto. Eu falei pro Pedro parar pra não acordar o Daniel, mas ele continuou correndo bem na frente da porta do quarto. "Pára, Pedro! Assim o Daniel acorda," e desliguei a música. Mas os "ploc-plocs" continuavam. Então o inevitável aconteceu: o Daniel acordou. Eu peguei o Pedro no colo, sentei na minha cama e falei:

- Tá vendo, Pedro. Por isso tem que obedecer a mamãe, você acordou o Daniel!
- Cucupa, mamãe! - ele disse.
- A mamãe desculpa Pedro. Mas quando a mamãe falar pra não fazer barulho, fica quietinho!
- Ah, mamãezinha. Cucupa!- e começou a me fazer carinho no rosto, no cabelo - Cucupa, mamãezinha! Mamãezinha linda! Liiiinda! Não chora, mamãezinha, o Pedro tá aqui! Mamãezinha linda!
- Você é um xavequeiro, Pedro! - falei olhando bem pra cara dele, com vontade de rir mas me segurando. Ele parece que entendeu o que eu quis dizer e começou a rir uma risada bem debochada. Não entende uma ova!

Outra novidade é que eu comecei a trabalhar. De leve, mas comecei. Estou dando aulas de inglês no CNA. Peguei poucas turmas, consigo cuidar dos babies, da vida e das aulas e ainda saio para espairecer um pouco. Graças à minha querida sogra as aulas estão sendo um sucesso! Ela cuida do Daniel e busca o Pedro na escola pra mim enquanto estou dando aulas. Tem sido muito bom.

Agora estou com planos pro meu blog. Esse mesmo, que eu fico dias sem conseguir postar nem uma palavra. Já estou arrumando pra cabeça de novo, mas acho que vai ser bem legal.

Em breve apareço com outras novidades!

domingo, 11 de março de 2012

Muitos planos, pouco tempo

Estou cheia de planos novos para o blog, espero conseguir começá-los essa semana.

Mesmo sem querer ser repetitiva, vou acabar sendo ao dizer que não está dando tempo. O mesmo de sempre: filho com febre, trabalho (sim, estou trabalhando! Mas isso conto depois), correria do dia-a-dia.

Mas eu sou guerreira, não desisto fácil. Além de não desistir, quero adicionar uma aba no blog (como vocês já devem ter percebido) e vou fazer isso até o final da semana! Prometo!

Enquanto isso, continuo na correria e com a promessa de tentar blogar mais do que estou blogando. A fase nova aqui em casa está hilária!

Beijos! Volto logo!
Pelo menos eu espero...

terça-feira, 6 de março de 2012

Possessivo

Pedro na fase que tudo é dele: os brinquedos são dele, a comida é dele, o irmão é dele... tudo é dele.
O Fe saiu com o Daniel no colo, foi perto do carro que estava travado com as janelas abertas e o alarme disparou. Ele entrou em casa dizendo:
- O alarme disparou com a nossa presença.
Então o Pedro sai correndo do quarto de brinquedos e diz muitas vezes:
- Não seu presença! Meu presença!! Meu presença!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval na escola

Como eu já sabia que hoje era o Carnaval na escola, já fui preparando a expectativa do Pedro desde cedo: falei que na escola ia ter festa, que todo mundo ia fantasiado e que ele ia de cowboy. Não porque eu acho a fantasia mais linda do mundo, mas era a única coisa que eu tinha pronta aqui em casa: a roupa que inclui colete e chapéu que ele usou na primeira festa de fim de ano, na primeira escola. Aquela que eu me debulhei em lágrimas e não conseguia mais parar de chorar. Pois é, a roupa ainda estava guardada aqui e como meu chaveirinho é realmente um chaveirinho, tudo ainda servia.

Fomos para a escola cantando a música do filme Rio:

- Piuí, piuí, piuí, piuí, piuí, balança a cadeira mulata - eu começo.
- Não dexa papo caí - ele termina, querendo dizer "não deixa o sapo cair".

Fui buscá-lo no fim da tarde e todas as meninas vieram me contar que o Pedro brincou muito e dançou de mãos dadas com uma amiguinha da classe dele. Quando passei pela secretaria para me despedir das secretárias, uma delas me chamou pra mostrar as fotos que fez do Pedro dançando com a amiguinha. E como mãe é um bicho bobo, eu quase derreti!!


Originalmente, a fantasia incluia sim o chapéu. Mas é claro que ele não usou. Ele não usa nada na cabeça por mais de 30 segundos!



O que eu achei estranho é que ele estava usando uma máscara de carnaval e ele não quis tirar! Coloquei ele na cadeirinha do carro e ele me disse:

- Málica, mamãe! Canhanhal! (traduzindo: Máscara, mamãe! Carnaval!)


Dá pra aguentar? Eu me descabelo, enlouqueço, durmo mal ou não durmo nada, me canso, me estresso, não tenho tempo pra fazer nada, nem assistir TV mais eu consigo. Mas quando eu vejo como ele é lindo e especial, meu coração explode de tanto amor! Não existe amor maior no mundo do que o de uma mãe pelos seus filhos. Aquela velha história de "dá trabalho, mas vale a pena" é a mais pura verdade. Nada deixa uma mãe mais feliz do que a felicidade dos seus filhos. Então se eles estão felizes, como posso eu não estar?

Oi? É comigo??

Doidinha. É assim que eu estou. Queria poder passar pelo blog mais vezes, mas nunca consigo nem pegar o computador, quanto mais postar no blog.

Os meninos estão lindos! O Daniel agora está mostrando sua tendência ao alpinismo, escala em tudo! Já subiu no sofá, depois no encosto do sofá e segurou na grade da janela pra olhar pra fora; já segurou no puxador do forno e escalou (!) o fogão - ainda bem que eu estava do lado e tirei ele dali, em meio a muito choro como reclamação, antes de acontecer alguma coisa (mais) errada; já segurou no encosto das cadeiras da cozinha pra escalar; na grade da cama do Pedro... e vai subindo!! Agora estamos numa fase que eu não posso nem piscar os olhos!

O engraçado é ver o Pedro me contando o que aconteceu, mesmo quando eu estou do lado vendo:

- Mamãe, Daniel caiu! Bateu a cabeça, ficou chorando! Não chora, Daniel! - e dá um beijinho no irmão.

Fofo demais. Ele tem sido o irmão mais velho mais fofo que existe! Quando acontece alguma coisa e o Daniel chora, o Pedro vem, dá um beijinho e traz um brinquedo pra acalmar o irmão. E o Daniel cai tanto... Vem engatinhando, escorrega na própria saliva e cai. Tenta subir em alguma coisa impossível e cai. Vai pegar um brinquedo e cai. Agora parece que a testa dele tem uma tatuagem móvel: sempre tem um hematoma pequeno, resultado de algum tombo. Quando sara um, aparece outro. E não pense que sou uma mãe desleixada, que não olho meu filho! Ele consegue, ele tem o dom de cair mesmo quando está do meu lado, mesmo em situações impossíveis, mesmo quando eu estou pronta pra segurá-lo. Eu já cheguei à conclusão que ele é mais, digamos, atrevido que o Pedro. O Pedro quando era bebê era um pouco mais cauteloso: ele só se arriscava se tinha certeza que ia dar certo. O Daniel não. Ele vai e pronto, depois ele vê se dá certo ou não. Como um filho é diferente do outro!

Estou tirando a fralda do Pedro. Na verdade ele não usa mais fralda, só pra dormir, mas eu tenho que levá-lo ao banheiro a cada 40 ou 50 minutos pra fazer xixi, porque ele não pede. Cocô, então! Se eu não percebo na hora que ele quer fazer, ele faz na cueca. Não tem sido fácil, mas também desisti de me estressar. Como disse uma mãe que conheci, "Ninguém usa fralda pra sempre. Ninguém chupa chupeta pra sempre. Não adianta a gente ficar estressada, porque um dia tudo passa." Sábias palavras.

O Daniel está brincando bonzinho, entretido, feliz. Mas se me vê já começa a chorar e vir na minha direção pra pedir colo. Aquela coisa da manha, que só tem com a mãe. O resultado disso é que eu já não consigo mais andar (ele está sempre agarrado na minha perna pra tentar subir no meu colo), não consigo mais cozinhar (ele está sempre agarrado em mim ou bem no meu caminho), não consigo mais passar por ele sem provocar uma onda de choro estressante, não consigo mais falar com o Fe, quando estou fora do campo de visão do Daniel, porque até minha voz desperta nele a vontade de ficar no meu colo. Eu sei, é lindo isso! Como um filho ama sua mãe, como sente falta, eu tenho que aproveitar porque um dia acaba e ele nem vai ligar pra mim... Mas dadas as atuais circunstâncias, cansa. Tem vezes que só preciso de um minuto e meio, só um xixizinho rápido de porta fechada. Impossível. O Fe veio com uma de suas frases outro dia: "As mães podem tudo, elas só não tem direitos!"

Mas por incrível que pareça, apesar de toda a loucura que tenho vivido diariamente, estou amando muito tudo isso. Amo meus filhos mais que o ar que eu respiro! Tem vezes que eu quero uma folga, mas quando tenho (como no fim de semana que minha sogra ficou com o Pedro pra gente ir num churrasco), me dá saudade. Coisas de mãe!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Virose coletiva

Daí que voltamos da viagem com virose. O Daniel vomitou, o Pedro teve diarreia e eu estava enjoada. Dos quatro, só o Fe se salvou. Ainda bem, porque nós precisávamos de alguém pra cuidar da família.

O Pedro estava todo dodói, não queria brincar, só queria ficar deitado vendo TV, a diarreia dava até dó. O Daniel melhorou o vômito, mas estava meio chatinho também. E eu estava com dor no corpo inteiro, parecia que tinha passado um mamute por cima de mim.

Todo mundo tomou banho e foi dormir. Os meninos já tinham adormecido, eu deitei na cama e não conseguia levantar nem pra fechar a janela. E então ouvimos o Daniel tossindo uma tosse suspeita. O Fe foi ver e ele tinha vomitado no berço todo, até nos protetores. Então ele trouxe o Daniel pra mim e foi limpar a sujeira, tirar a roupa de cama suja, passar um álcool no colchão pra tentar tirar o cheiro. Estava limpando quando o Pedro acordou chorando, sentou na cama e resmungou que queria o papai. O Daniel, no meu colo, vomitou mais uma vez no chão. O Fe veio me acudir, e enquanto eu me limpava ele limpava o chão. Voltou pro quarto dos meninos pra terminar de trocar a roupa de berço do Daniel e o Pedro fez cocô mole. De repente eu senti que algo estava errado comigo, levei o Daniel pro Fe segurar e ele não podia pegar, porque estava trocando a fralda do Pedro, eu corri com o Daniel pro meu quarto, larguei ele sentadinho no chão e corri pro banheiro pra vomitar. Enquanto estava lá dentro, ouvi o Fe falando "Ai, caramba!!" e pelo som percebi que o Daniel tinha vomitado de novo. Eu gritei do banheiro "Fe, peraí que eu já vou!" e ele respondeu "Fica fria, eu dou conta!"

Coitado do Fe. Ele não sabia por onde começar. Mas com muita agilidade, ele conseguiu terminar de limpar o Pedro e foi limpar o chão e trocar a roupa do Daniel de novo. Eu consegui parar de vomitar e fui ajudar, e quando cheguei perto do Fe ele começou a rir. Aquele cheiro de merda (me desculpem a palavra, mas cocô não fedia tanto igual aquilo que o Pedro tinha feito), o berço todo vomitado, o chão limpo com papel higiênico,  eu com cara de morta-viva-que-vomita, o Fe administrando a bagunça e dando risada.

Todo mundo limpo, Pedro deitado na cama, Daniel comigo e com o Fe no nosso quarto, parecia que a paz voltaria a reinar em casa. Mas é claro que era cedo demais pra dizer isso. O Daniel voltou a tossir aquela tosse estranha, o Fe virou ele pra frente, bem de frente pra mim, e eu disse:

- Fe, vira ele pra lá porque ele pode vomitar em mim.
- Ele não vai vomitar - ele respondeu. Ele só está tossindo.

E nesse mesmo minuto, nesse mesmo segundo o Daniel vomita um jato de leite em cima de mim, eu viro uma estátua pra não derrubar o vômito no chão, o Daniel olha pra mim e começa a sorrir. É claro que o Fe já começou a rir tudo de novo, e enquanto eu trocava de roupa ele levou o Daniel pra dentro da banheira, só de fralda, pra ficar preparado caso viesse mais um jato.

E como a Lei de Murphy existe e é implacável, quando ele estava no lugar que podia vomitar, parou de vomitar e adormeceu.

Paz.

E o Fe apelidou aquela fatídica noite como "A Noite do Rebosteio".

Independente Futebol Clube

Estou atrasada, já sei. Até a cunhada já me cobrou atualizações no blog. Ainda bem que todo mundo sabe (pelo menos eu espero que saiba) que eu me esforço e que meu tempo livre é escasso.

Muito bem amigos da Rede Globo, aqui estamos com as novidades das férias de Janeiro - e eu pontualíssima como sempre.

Fomos passear em Olímpia-SP, nos Termas dos Laranjais. Muitas piscinas (infinitas piscinas, na verdade), todas com água quente (o que não ajudava muito a refrescar), muitos toboáguas (alguns que eu desci gritando) e uma parte linda para as crianças. O Pedro se esbaldou.



Daí que estávamos passando na área infantil e tinha um escorregador para crianças até 8 anos que o Pedro quis ir. O Fe ficou lá embaixo pra garantir que o Pedro não ia se afogar e eu lá em cima, esperando ele chegar pra encaminhá-lo para a descida. E ele foi. Todo pequenininho, desceu o toboágua e lá embaixo teve alguns problemas de movimentação por causa das boias, então logo na segunda descida deixamos os bracinhos dele livres e soltos.

Se ele teve medo? Nunca. Chegava lá em cima, sorria pra mim, me dava a mão, sentava, escorregava até lá embaixo, levantava (e tomava um pouco de água às vezes), pegava a escadinha e subia novamente.



Por ele ser pequenininho, passava por baixo dos braços dos maiores e furava fila. Mas não pense que ele só furava a fila, não. Ele é educado! Pedia "Ixenxa! Ixenxa!" (licença) e passava. E ninguém ficava bravo. Claro, ele é tão lindo!!! (momento coruja)




Depois de algumas descidas perguntei se ele queria descer de barriga. Ele me olhou, sorriu e hesitou. "Vai, filho, é gostoso," eu incentivei. Então ele pegou minha mão, deitou de barriga pra baixo, fez uma carinha de medo-sorriso e foi. Chegou lá embaixo, olhou pra mim em cima e disse "Mais!" E depois dessa vez ele só descia de barriga. "Baíga, mamãe!"

Logo todos os pais que estavam por ali começaram a perguntar quantos anos ele tinha, e quando eu dizia que ele tinha 2 anos, todos ficavam ainda mais encantados. Várias crianças maiores tiveram medo de descer, e o Pedro todo fofo estendia a mãozinha pra descer de mãos dadas com as crianças medrosas. Mas mesmo assim, muitas não tiveram coragem e foram embora. E ele lá, descendo uma vez atrás da outra, a menor criança da fila. Como diria minha cunhada, "Independente Futebol Clube."

Pedro desde cedo mostrando seu lado aventureiro. Lindo da mamãe!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Entre o amor mais profundo e o desespero mais intenso

Ter dois filhos é um negócio que cansa, porque pra tudo quando não é um, é outro. Depois que o Daniel nasceu o Pedro mudou muito, mas eu entendo que foi por uma sequência de fatos: primeiro veio a chegada de um novo membro na família, que fez a mãe que era só dele cuidar de outra pessoa; depois quando ele estava se acostumando com a ideia do irmão acabamos viajando e ficando 4 meses juntos num quarto de hotel, o que fez ele ficar cada vez mais grudado comigo; e por causa da viagem ele ficou 7 meses sem ir para a escola. A consequência disso tudo foi ele ficar muito grudado comigo, manhoso, chorão, irritante e nhe-nhe-nhe. E quando eu digo grudado, não é força de expressão. Grudado significa: agarrado às minhas pernas, sentado no meu colo quando eu sento, se eu abaixo para ficar no chão com o Daniel ele vem em cima, se eu saio de carro ele tem que ir junto, se eu fecho a porta do quarto ele fica desesperado. Grudado. Isso por si já cansa qualquer ser humano, agora adicione a essa mistura um bebê de 9 meses engatinhando, subindo em tudo, mexendo em todas as coisas e colocando tudo na boca. E sim, querendo colo toda vez que me vê. Dá pra imaginar? Por isso estou ficando louca.

Quando o Daniel passou a dormir a noite inteira (com 8 meses, e não com 1 ano e 2 meses como o Pedro), o Pedro começou a acordar 4 ou 5 vezes por noite. Quando o Pedro começou a acordar 1 ou 2 vezes por noite, o Daniel começou a acordar mais 2 ou 3 vezes. Qualidade de sono da mãe: zero.

Quando o Daniel começou a comer a papinha sem reclamar, abrindo a boca e gostando de comer, o Pedro começou a dar trabalho. Agora ele está chatinho pra comer, pra conseguir fazer ele comer um prato pequeno de comida tenho que ter muita paciência, criatividade, tempo (!) e paciência (eu falei duas vezes de propósito).

Estamos no processo de tirar a fralda do Pedro e isso está sendo bem difícil. Ele até hoje não pediu nenhuma vez pra fazer xixi no banheiro e todos os cocôs são da cueca. Todos menos dois, porque no sábado e no domingo consegui levar ele no banheiro no timming perfeito para o cocô ser da privada. Aí pra ele não fazer xixi pela casa, tenho que levá-lo no banheiro a cada 40 minutos, só mais uma "coisinha" pra eu ter que ficar lembrando o dia inteiro.

Tem dias que eu tenho vontade de sumir. Vontade de pegar a bolsa e ir embora. Vontade de morar no Alaska.

...

...

...

... (Essa sou eu respirando e tentando manter a calma)

...

...

Mas aí o Pedro me vê parada, vem correndo, abraça minha perna e me dá um beijo e vai embora brincar. Eu passo perto do Daniel, ele me vê e começa a balançar os bracinhos de felicidade. Por que eu estava nervosa mesmo?? Olha que filhos mais lindos que eu tenho! Não tem como Deus ter me presenteado com filhos melhores, eu amo esses dois pequenos mais do que eu amo a mim mesma!!

E aí o Pedro vai e derruba suco no chão, o Daniel cai e bate a cabeça, os dois choram pedindo colo, o Pedro pisoteia no suco que ele derrubou... Ai, como eu queria morar no Alaska!

Explicações

Vou começar este post dando minha cara à tapa. Pode bater. Sei que estou sumida, que desde que voltamos para o Brasil não escrevo mais, que devo satisfação para meus ávidos leitores. Mas gente... Essa louca que vos fala está passando por dias um tanto quanto corridos. Vou explicar.

Primeiro: Estava sem internet.
Ficamos quase 1 ano pedindo para a Telefonica instalar nossa internet, mas só quando faltava 1 semana pra completar 1 ano eles instalaram. Chegamos no Brasil dia 09 de Dezembro e nossa internet só foi instalada dia 14 de Janeiro. Até lá eu fiquei sem checar e-mails, notícias, Facebook, blog e outros.

Segundo: Então porque não atualizei o blog logo que a internet foi instalada?
Porque não deu. A resposta é simples e curta, mas abrange muita coisa. O Pedro estava um grude comigo, não conseguia nem fazer xixi sem ele junto; o Daniel estava começando a engatinhar, o que me obrigava a estar por perto o tempo todo para evitar que ele se machucasse; eu tive que arrumar praticamente toda a casa depois que voltamos da viagem, o que me tomou um tempo incrivelmente longo com duas crianças atrapalhando; comecei a caminhar/correr uma hora todos os dias (primeiro passo para cuidar mais de mim esse ano); o Pedro voltou às aulas uma semana mais cedo que as outras crianças, e essa paz, esse carinho com o próximo eu devo totalmente às diretoras da escola dele que viram minha cara de mãe desesperada e me aliviaram as tardes uma semana antes do normal; fora comprar material e todos os preparativos de começo de ano e a pesquisa para a festa de aniversário dos dois; estava procurando um emprego com horário flexível para não ter que deixar os meninos o dia inteiro na escola e achei! Vou dar aula de inglês! Depois de tudo isso eu posso lhes garantir que não havia mais um pingo de energia pra me fazer sentar nesta cadeira e ficar nem um minuto no computador. Zero energia.

Portanto, peço desculpas pelo atraso e como sei de daqui pra frente a previsão é que a correria só piore, já aviso que por tempo indeterminado meu blog vai ser um maxi-twitter: posts menores, mas (espero eu) mais frequentes.

E vamo que vamo!