sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval na escola

Como eu já sabia que hoje era o Carnaval na escola, já fui preparando a expectativa do Pedro desde cedo: falei que na escola ia ter festa, que todo mundo ia fantasiado e que ele ia de cowboy. Não porque eu acho a fantasia mais linda do mundo, mas era a única coisa que eu tinha pronta aqui em casa: a roupa que inclui colete e chapéu que ele usou na primeira festa de fim de ano, na primeira escola. Aquela que eu me debulhei em lágrimas e não conseguia mais parar de chorar. Pois é, a roupa ainda estava guardada aqui e como meu chaveirinho é realmente um chaveirinho, tudo ainda servia.

Fomos para a escola cantando a música do filme Rio:

- Piuí, piuí, piuí, piuí, piuí, balança a cadeira mulata - eu começo.
- Não dexa papo caí - ele termina, querendo dizer "não deixa o sapo cair".

Fui buscá-lo no fim da tarde e todas as meninas vieram me contar que o Pedro brincou muito e dançou de mãos dadas com uma amiguinha da classe dele. Quando passei pela secretaria para me despedir das secretárias, uma delas me chamou pra mostrar as fotos que fez do Pedro dançando com a amiguinha. E como mãe é um bicho bobo, eu quase derreti!!


Originalmente, a fantasia incluia sim o chapéu. Mas é claro que ele não usou. Ele não usa nada na cabeça por mais de 30 segundos!



O que eu achei estranho é que ele estava usando uma máscara de carnaval e ele não quis tirar! Coloquei ele na cadeirinha do carro e ele me disse:

- Málica, mamãe! Canhanhal! (traduzindo: Máscara, mamãe! Carnaval!)


Dá pra aguentar? Eu me descabelo, enlouqueço, durmo mal ou não durmo nada, me canso, me estresso, não tenho tempo pra fazer nada, nem assistir TV mais eu consigo. Mas quando eu vejo como ele é lindo e especial, meu coração explode de tanto amor! Não existe amor maior no mundo do que o de uma mãe pelos seus filhos. Aquela velha história de "dá trabalho, mas vale a pena" é a mais pura verdade. Nada deixa uma mãe mais feliz do que a felicidade dos seus filhos. Então se eles estão felizes, como posso eu não estar?

Oi? É comigo??

Doidinha. É assim que eu estou. Queria poder passar pelo blog mais vezes, mas nunca consigo nem pegar o computador, quanto mais postar no blog.

Os meninos estão lindos! O Daniel agora está mostrando sua tendência ao alpinismo, escala em tudo! Já subiu no sofá, depois no encosto do sofá e segurou na grade da janela pra olhar pra fora; já segurou no puxador do forno e escalou (!) o fogão - ainda bem que eu estava do lado e tirei ele dali, em meio a muito choro como reclamação, antes de acontecer alguma coisa (mais) errada; já segurou no encosto das cadeiras da cozinha pra escalar; na grade da cama do Pedro... e vai subindo!! Agora estamos numa fase que eu não posso nem piscar os olhos!

O engraçado é ver o Pedro me contando o que aconteceu, mesmo quando eu estou do lado vendo:

- Mamãe, Daniel caiu! Bateu a cabeça, ficou chorando! Não chora, Daniel! - e dá um beijinho no irmão.

Fofo demais. Ele tem sido o irmão mais velho mais fofo que existe! Quando acontece alguma coisa e o Daniel chora, o Pedro vem, dá um beijinho e traz um brinquedo pra acalmar o irmão. E o Daniel cai tanto... Vem engatinhando, escorrega na própria saliva e cai. Tenta subir em alguma coisa impossível e cai. Vai pegar um brinquedo e cai. Agora parece que a testa dele tem uma tatuagem móvel: sempre tem um hematoma pequeno, resultado de algum tombo. Quando sara um, aparece outro. E não pense que sou uma mãe desleixada, que não olho meu filho! Ele consegue, ele tem o dom de cair mesmo quando está do meu lado, mesmo em situações impossíveis, mesmo quando eu estou pronta pra segurá-lo. Eu já cheguei à conclusão que ele é mais, digamos, atrevido que o Pedro. O Pedro quando era bebê era um pouco mais cauteloso: ele só se arriscava se tinha certeza que ia dar certo. O Daniel não. Ele vai e pronto, depois ele vê se dá certo ou não. Como um filho é diferente do outro!

Estou tirando a fralda do Pedro. Na verdade ele não usa mais fralda, só pra dormir, mas eu tenho que levá-lo ao banheiro a cada 40 ou 50 minutos pra fazer xixi, porque ele não pede. Cocô, então! Se eu não percebo na hora que ele quer fazer, ele faz na cueca. Não tem sido fácil, mas também desisti de me estressar. Como disse uma mãe que conheci, "Ninguém usa fralda pra sempre. Ninguém chupa chupeta pra sempre. Não adianta a gente ficar estressada, porque um dia tudo passa." Sábias palavras.

O Daniel está brincando bonzinho, entretido, feliz. Mas se me vê já começa a chorar e vir na minha direção pra pedir colo. Aquela coisa da manha, que só tem com a mãe. O resultado disso é que eu já não consigo mais andar (ele está sempre agarrado na minha perna pra tentar subir no meu colo), não consigo mais cozinhar (ele está sempre agarrado em mim ou bem no meu caminho), não consigo mais passar por ele sem provocar uma onda de choro estressante, não consigo mais falar com o Fe, quando estou fora do campo de visão do Daniel, porque até minha voz desperta nele a vontade de ficar no meu colo. Eu sei, é lindo isso! Como um filho ama sua mãe, como sente falta, eu tenho que aproveitar porque um dia acaba e ele nem vai ligar pra mim... Mas dadas as atuais circunstâncias, cansa. Tem vezes que só preciso de um minuto e meio, só um xixizinho rápido de porta fechada. Impossível. O Fe veio com uma de suas frases outro dia: "As mães podem tudo, elas só não tem direitos!"

Mas por incrível que pareça, apesar de toda a loucura que tenho vivido diariamente, estou amando muito tudo isso. Amo meus filhos mais que o ar que eu respiro! Tem vezes que eu quero uma folga, mas quando tenho (como no fim de semana que minha sogra ficou com o Pedro pra gente ir num churrasco), me dá saudade. Coisas de mãe!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Virose coletiva

Daí que voltamos da viagem com virose. O Daniel vomitou, o Pedro teve diarreia e eu estava enjoada. Dos quatro, só o Fe se salvou. Ainda bem, porque nós precisávamos de alguém pra cuidar da família.

O Pedro estava todo dodói, não queria brincar, só queria ficar deitado vendo TV, a diarreia dava até dó. O Daniel melhorou o vômito, mas estava meio chatinho também. E eu estava com dor no corpo inteiro, parecia que tinha passado um mamute por cima de mim.

Todo mundo tomou banho e foi dormir. Os meninos já tinham adormecido, eu deitei na cama e não conseguia levantar nem pra fechar a janela. E então ouvimos o Daniel tossindo uma tosse suspeita. O Fe foi ver e ele tinha vomitado no berço todo, até nos protetores. Então ele trouxe o Daniel pra mim e foi limpar a sujeira, tirar a roupa de cama suja, passar um álcool no colchão pra tentar tirar o cheiro. Estava limpando quando o Pedro acordou chorando, sentou na cama e resmungou que queria o papai. O Daniel, no meu colo, vomitou mais uma vez no chão. O Fe veio me acudir, e enquanto eu me limpava ele limpava o chão. Voltou pro quarto dos meninos pra terminar de trocar a roupa de berço do Daniel e o Pedro fez cocô mole. De repente eu senti que algo estava errado comigo, levei o Daniel pro Fe segurar e ele não podia pegar, porque estava trocando a fralda do Pedro, eu corri com o Daniel pro meu quarto, larguei ele sentadinho no chão e corri pro banheiro pra vomitar. Enquanto estava lá dentro, ouvi o Fe falando "Ai, caramba!!" e pelo som percebi que o Daniel tinha vomitado de novo. Eu gritei do banheiro "Fe, peraí que eu já vou!" e ele respondeu "Fica fria, eu dou conta!"

Coitado do Fe. Ele não sabia por onde começar. Mas com muita agilidade, ele conseguiu terminar de limpar o Pedro e foi limpar o chão e trocar a roupa do Daniel de novo. Eu consegui parar de vomitar e fui ajudar, e quando cheguei perto do Fe ele começou a rir. Aquele cheiro de merda (me desculpem a palavra, mas cocô não fedia tanto igual aquilo que o Pedro tinha feito), o berço todo vomitado, o chão limpo com papel higiênico,  eu com cara de morta-viva-que-vomita, o Fe administrando a bagunça e dando risada.

Todo mundo limpo, Pedro deitado na cama, Daniel comigo e com o Fe no nosso quarto, parecia que a paz voltaria a reinar em casa. Mas é claro que era cedo demais pra dizer isso. O Daniel voltou a tossir aquela tosse estranha, o Fe virou ele pra frente, bem de frente pra mim, e eu disse:

- Fe, vira ele pra lá porque ele pode vomitar em mim.
- Ele não vai vomitar - ele respondeu. Ele só está tossindo.

E nesse mesmo minuto, nesse mesmo segundo o Daniel vomita um jato de leite em cima de mim, eu viro uma estátua pra não derrubar o vômito no chão, o Daniel olha pra mim e começa a sorrir. É claro que o Fe já começou a rir tudo de novo, e enquanto eu trocava de roupa ele levou o Daniel pra dentro da banheira, só de fralda, pra ficar preparado caso viesse mais um jato.

E como a Lei de Murphy existe e é implacável, quando ele estava no lugar que podia vomitar, parou de vomitar e adormeceu.

Paz.

E o Fe apelidou aquela fatídica noite como "A Noite do Rebosteio".

Independente Futebol Clube

Estou atrasada, já sei. Até a cunhada já me cobrou atualizações no blog. Ainda bem que todo mundo sabe (pelo menos eu espero que saiba) que eu me esforço e que meu tempo livre é escasso.

Muito bem amigos da Rede Globo, aqui estamos com as novidades das férias de Janeiro - e eu pontualíssima como sempre.

Fomos passear em Olímpia-SP, nos Termas dos Laranjais. Muitas piscinas (infinitas piscinas, na verdade), todas com água quente (o que não ajudava muito a refrescar), muitos toboáguas (alguns que eu desci gritando) e uma parte linda para as crianças. O Pedro se esbaldou.



Daí que estávamos passando na área infantil e tinha um escorregador para crianças até 8 anos que o Pedro quis ir. O Fe ficou lá embaixo pra garantir que o Pedro não ia se afogar e eu lá em cima, esperando ele chegar pra encaminhá-lo para a descida. E ele foi. Todo pequenininho, desceu o toboágua e lá embaixo teve alguns problemas de movimentação por causa das boias, então logo na segunda descida deixamos os bracinhos dele livres e soltos.

Se ele teve medo? Nunca. Chegava lá em cima, sorria pra mim, me dava a mão, sentava, escorregava até lá embaixo, levantava (e tomava um pouco de água às vezes), pegava a escadinha e subia novamente.



Por ele ser pequenininho, passava por baixo dos braços dos maiores e furava fila. Mas não pense que ele só furava a fila, não. Ele é educado! Pedia "Ixenxa! Ixenxa!" (licença) e passava. E ninguém ficava bravo. Claro, ele é tão lindo!!! (momento coruja)




Depois de algumas descidas perguntei se ele queria descer de barriga. Ele me olhou, sorriu e hesitou. "Vai, filho, é gostoso," eu incentivei. Então ele pegou minha mão, deitou de barriga pra baixo, fez uma carinha de medo-sorriso e foi. Chegou lá embaixo, olhou pra mim em cima e disse "Mais!" E depois dessa vez ele só descia de barriga. "Baíga, mamãe!"

Logo todos os pais que estavam por ali começaram a perguntar quantos anos ele tinha, e quando eu dizia que ele tinha 2 anos, todos ficavam ainda mais encantados. Várias crianças maiores tiveram medo de descer, e o Pedro todo fofo estendia a mãozinha pra descer de mãos dadas com as crianças medrosas. Mas mesmo assim, muitas não tiveram coragem e foram embora. E ele lá, descendo uma vez atrás da outra, a menor criança da fila. Como diria minha cunhada, "Independente Futebol Clube."

Pedro desde cedo mostrando seu lado aventureiro. Lindo da mamãe!