quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A vacina dos 6 meses

Antes de ter filho eu não me importava muito com choro de bebê, simplesmente ouvia e pensava "Ah, não é nada, logo ele para", mas depois que virei mãe qualquer chorinho me comove! Outro dia estava assistindo Se Beber Não Case, uma comédia ótima, e tem uma hora que tem umas pessoas num quarto e uma dessas pessoas é uma mãe com um bebê no colo. Então chega a polícia e abre a porta com tudo, o bebê assusta e começa a chorar. O filme, como já disse, é uma comédia... não aconteceu nada de mais, o bebê só assustou com o barulho... mas eu não aguentei vê-lo chorando e fiquei com vontade de ir até o quarto do Pedro pra ver se ele estava bem. Coisas de mãe que virou manteiga derretida.

Ontem foi dia de vacinar o Pedro, vacinas de 6 meses. Aí pensa... já acordei nervosa, pensando na hora que ele ia tomar a injeção e chorar, fazendo beicinho. Passei o dia meio tensa, meio nervosa, e ele estava tão feliz, tão bonzinho! E quanto mais feliz e bonzinho ele ficava, mais dor no coração eu tinha de levá-lo para tomar injeção e chorar.

Aí chegou a hora de levarmos ele para a clínica. Fomos até Sorocaba, porque ele está tomando a DTP Acelular. Quem já ouviu falar sobre autismo sabe que tem vacinas que podem desencadear autismo em algumas crianças , então resolvemos substituir a DTP do postinho pela Acelular, que é paga, mas não tem um metal que causa o autismo, além de dar bem menos reações adversas. A gente sabe sobre autismo por causa da Julia, que é autista, filha da irmã mais velha do Fe. Então a irmã dele estuda bastante sobre autismo e acabou descobrindo isso da vacina recentemente. Mas enfim, ele foi dormindo no caminho inteiro, e eu olhando aquela carinha de anjo, sem saber que logo ia tomar uma picada. Quando chegamos em Sorocaba ele acordou e começou a brincar, dava gritinhos, fazia "brrrrrrrr", estava super feliz! E meu coração cada vez menor...

Entramos na clínica, minhas mãos já estavam começando a suar frio. Na hora da vacina, o Fe entrou com ele na salinha e eu fiquei do lado de fora, esperando, sem coragem de ver a cena já que ele estava tão alegre. Aí comecei a ouvir o Fe ligando um brinquedinho pra ele ouvir, tentando distraí-lo. Quando dei por mim, estava pisando no chão só com o calcanhar e as pontas dos dedos, segurando uma mão na outra, as mãos suando frio, os ombros encolhidos e fazendo careta pra tentar não ouvir o choro. A sorte é que eu estava sozinha, senão imagina o mico!

De repente a enfermeira saiu da sala, olhou pra mim e sorriu, e eu sem entender nada. Aí quem saiu da sala foi o Fe, com o Pedro no colo, sorrindo, e eu entendi menos ainda. E não é que o Pedro tomou a vacina sem chorar?? Quando chegou a hora, o Fe começou a distraí-lo com um brinquedo e ele nem percebeu que levou uma injeção! Ah, que orgulho! Nem preciso dizer o quanto enchi ele de beijo!

E eu lá, toda preocupada e nervosa... pra chegar a hora e ele nem chorar!! E mais: além de não chorar, ele estava brincando!! Fazia "brrrrr", gritava, dava risada... Ai meu coração!! Eu morro de amor por esse bebê!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Confusa

Agora começou minha fase de preocupações alimentares. Antes era só peito a cada 3 horas no máximo, mas agora ele já está comendo frutas de manhã e à tarde e ontem descobri que essa semana ele também vai começar a comer a papinha salgada. Olha, posso dizer que estou num conflito comigo mesma.

Estou super feliz que ele vai começar a comer papinha, porque é uma delícia dar coisinhas pra ele comer, ele adora tudo! Mas por outro lado, comer papinha também significa mamar menos. E me dá um aperto saber que nossos momentos de exclusividade vão diminuir! Não tem coisa mais gostosa do que a hora de mamar. A gente fica juntinho, ele me olha nos olhos, me faz carinho, fica calminho, dorme no meu colo... E agora 4 das mamadas vão ser substituidas por papinhas.

Eu sei que tudo faz parte do crescimento e desenvolvimento dele, e que isso significa que ele está passando para a fase 2, mas o coração é bobo e no fundo eu acabo ficando triste por não ter mais meu bebezinho pra mamar como era antes. Só de pensar que um dia ele vai parar totalmente de mamar, já fico nervosa!

Já tinha pensado sobre o assunto antes e realmente até comecei a me preparar para o dia do desmame, mas parece que o tempo passou tão rápido! Como assim já se foram 6 meses? Quando ele nasceu eu tinha a impressão que esses 6 meses iam demorar pra acabar, mas de repente PLUFT! acabou!

Agora eu consigo entender porque minha mãe sempre falava "as crianças" mesmo quando eu já tinha mais de 18 anos... porque as mães sempre querem que os filhos sejam SEUS! Que história é essa de criar filho pro mundo? Eu não quero que o mundo leve meu filho de mim! E mesmo assim, temos que criá-los para enfrentar a vida... Já sei, vai dizer que agora sou a galinha com os pintinhos debaixo da asa?! A vontade que eu tenho é essa mesmo, mas infelizmente tenho que pensar que ele vai parar de mamar, virar criança, ir pra escola SOZINHO (como assim, longe de mim?), virar adolescente, sofrer por amor (quem é essa sirigaita que fez meu filho sofrer?), ser jovem, ir pra balada (longe dos meus olhos? e se ele aprontar alguma??), arrumar uma namorada (não quero nem comentar...), se casar e ir morar longe de mim (e se ela não cuidar bem dele?) e depois... me dar netos. Netos... não consigo nem imaginar como esse meu bebezinho pode ter bebezinhos!

Eu sei, eu sei. Não é bem por aí. Mas tenho bastante tempo pra me adaptar às fases do meu filho. Prometo que não vou ser assim tão radical! Este é só um pensamento de uma mãe que está começando o desmame gradual e está se sentindo incapaz. Logo passa. Eu me espelho muito na minha mãe, que foi uma excelente mãe pra mim e pro meu irmão. Quero ser uma mãe como ela é. Tomara que eu consiga, porque a maternidade envolve assuntos complexos e mudanças na própria personalidade.

Mas eu tenho fé que serei uma boa mãe! E quanto ao desmame? Vou tentar passar por isso sob outro ponto de vista: em vez de pensar que eu o estou perdendo, vou pensar que ele está crescendo e eu estou ganhando uma pessoinha na minha vida!

Funcionou!!

Pelo menos essa noite... foi banho-peito-chupeta-berço. Ele dormiu até as 3:30h, depois dormiu até as 6:30h, depois dormiu até as 8:30h e acordou só as 10:00h. Nada de dar a acordadinha depois de ser colocado no berço. Até estranhei! Mas adorei!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quando você pensa que tem tudo sob controle...

Negocinho chato esse. Com nenê a coisa muda de um dia pro outro, sem avisar. Agora é a vez de mudar o sono! Nada que me deixe de cabelo em pé, mas cada mudança exige um pouco de tentativa e erro até que as coisas entrem nos eixos.

Quando o Pedro nasceu, dormia com uma facilidade incrível. Era super fácil colocá-lo para dormir a noite: banho, peito e berço. Então ele fez 3 meses e tivemos algumas complicações. A sequência mudou de banho-peito-berço para banho-peito-berço-peito-berço. É que depois que ele dormia e era colocado no berço, era só esperar 20 ou 30 minutos que ele acordava chorando, querendo peito pra dormir denovo. E lá ia eu, cuidar do meu rebento, e essa brincadeira às vezes terminava umas 23:30h. Depois de 2 meses brincando de dorme-acorda, de um dia para o outro ele resolveu dormir direto até umas 6h da manhã, mamar em 15 minutos e dormir denovo até as 9h. Ufa! Mas essa faceta durou pouco, porque claro, tudo o que é bom dura pouco.

Então, sem mais nem menos, ele começou a acordar duas vezes de noite. E na primeira vez nem era fome, porque ele usava meu peito como chupeta por 5 minutos e dormia denovo. Era só pra me tirar da cama, fazer meu sono ser cortado no meio. Mas como uma boa mãe (pelo menos eu tento ser) eu levantava alegremente para fazê-lo dormir denovo. Tá, desconsidere a palavra "alegremente", porque ninguém que acorda as 3h da manhã pra servir de chupeta acorda alegre.

Mas então, quando eu pensava que a coisa tinha estacionado... tudo mudou novamente! Até me lembrei da célebre frase do Zagallo "Aí sim! Fomos surpreendidos novamente!". Pois é, agora estou até entendendo um pouco de futebol, já que passei bastante tempo amamentando o Pedro na hora do Esporte Espetacular! Mas voltando ao assunto, tudo estava calmo até que de repente meu filhote resolveu dormir mamando. Sim!! Agora ele toma banho, mama, fica me usando como chupeta e dorme no meu colo. E ai de mim se tentar desgrudar a boca dele do meu peito! O bichinho acorda nervoso, de boca aberta, procurando meu peito e só sossega quando o encontra. E nessa brincadeira vai uma, duas horas até conseguir colocá-lo no berço com sucesso. Lá vamos nós para mais uma fase de tentativas e erros! Ontem começamos uma nova estratégia: ele dormiu mamando, quando eu percebi que ele tinha dormido mesmo, numa manobra rápida e meticulosamente calculada, despluguei meu peito da boca dele e coloquei a chupeta; momentos tensos de observação; sucesso! O coloquei no berço e ele ficou. Maravilha! Cinco minutos depois ele acordou e aí o pai dele entrou em ação, fazendo carinho nele e recolocando a chupeta na boca, pois ele a tinha perdido. Dormiu. Mais cinco minutos e acordou denovo, novamente o Fe realizou a mesma manobra. Mais cinco minutos.... idem, idem, idem. A nossa intenção era fazer ele entender que não é pra dormir no peito, mas chegou uma hora que ele começou a chorar de verdade, bravo mesmo, e aí não teve jeito... A teta mágica teve que entrar em ação, e 15 minutos depois lá estava ele, dormindo feito um anjinho, para acordar para mamar só as 4:30h, dormir, acordar denovo para mamar as 8:20h, dormir e despertar só as 10:20h.

Por enquanto está funcionando. Hoje vamos continuar com o teste "mãe e pai" para quem sabe ele voltar a dormir rápido. E aí, quando estivermos com tudo sob controle, ele resolve mudar denovo. Gente, é uma vida sem rotina! A gente não vive reclamando que rotina enjoa? Ele está fazendo minha vida ser muito mais divertida!

[cara de quem falou mas não acredita no que disse]

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Esquecida, louca e sem-nojo

Às vezes, quando estou cuidando do Pedro, fico pensando em várias coisas que eu podia escrever aqui no blog, mas aí eu esqueço tudo. Não sei se devo atribuir meu esquecimento à maternidade, porque antes de ser mãe eu já era bem esquecida, mas acho que depois que o Pedro nasceu comecei a ficar mais esquecida ainda. Ou louca.

Ontem me peguei discutindo comigo mesma. Foi a coisa mais estranha que eu já fiz. Tá bom, não foi exatamente a coisa mais estranha, mas está entre as 10 mais. Estava colocando a mesa para o lanche da tarde e não alcançava a tomada para ligar a torradeira. Então pedi pro Fe ligar pra mim. O que transcrevo a seguir é somente a MINHA fala.

- Fe, liga a torradeira pra mim? Não. Liga? Não. Liga? Não.

Quando percebi que estava respondendo minhas próprias perguntas, e o pior, negando, olhei pro Fe e ele estava com a maior cara de medo. Eu já disse, fiquei louca.

Além de louca e esquecida, também fiquei mais sem-nojo. Antes do Pedro nascer eu era super nojentinha, éca pra tudo. Mas agora... Já fiz coisas que nunca imaginei que faria! Já tirei meleca do nariz dele com meu dedo - e imagina se eu pensaria em tocar na meleca de outra pessoa antes dele! -, já limpei cocô dele com o meu dedo - mas só o dele, não vem pensando que agora vou tocar em outro cocô -, já lambi um pedacinho de banana que veio parar na minha mão quando ele estava comendo e espirrou, já tampei o xixi dele com a mão enquanto estava trocando a fralda, para não espirrar xixi pelo quarto... Fora os vomitinhos que ele me dá de vez em quando, que me fazem cheirar a leite azedo.

As coisas mudam! Eu que não suportava as músicas de ninar dos brinquedos, hoje ouço o dia inteiro e ainda canto pra ele! Canto todo o tipo de músicas de crianças, com a letra verdadeira ou inventada. Claro que cantar com letra inventada é bem mais divertido! Mas legal mesmo é ouvir o Fe cantando pra ele, porque todas as músicas que ele inventa são sobre pum ou cocô.

Por falar em músicas, eu sempre canto pro Pedro as músicas correspondentes aos brinquedos que ele tem: por exemplo, para o sapo, eu canto "O sapo, o sapo, na beira da lagoa, não tem... não tem... rabinho nem orelha!" e por aí vai. Mas ele tem duas girafas e gente, eu preciso dizer: ainda não inventaram música pra girafa! Tanto brinquedo de girafa e nenhuma música! Será que não tem mesmo ou sou eu que não conheço? Aí toda vez que ele pega a girafa pra brincar eu não sei o que canto! Tenho que inventar alguma coisa pra girafa com a melodia da "Dona Aranha" ou da Barata que tem 7 saias de filó: "A girafa diz que tem uma música só dela, é mentira da girafa, ninguém inventou pra ela!". Coitada.

Se alguém souber alguma música de girafa, por favor, me ensine!

Vou parar por aqui, senão vou acabar escrevendo demais. Depois eu volto e conto outras coisas num novo post. Pelo menos não enjoa! Quero aproveitar que ele dormiu pra almoçar! Senão ele acorda e aí é que eu não almoço mesmo!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Manequim tamanho M, de Mãe

Eu já falei que com a maternidade tudo mudou na minha vida? Se não falei, estou falando agora. E "tudo" inclui, obviamente, meu corpo. Eu sempre fui de me cuidar, fazer academia, não querer engordar. Mas nada fora do normal não, é que eu acho que sempre fui bem vaidosa - não que eu seja um poço de beleza, mas quis cuidar pra não ficar pior. Daí fiquei grávida. E esse foi um marco do antes e depois.

Passei por todas as etapas de transformação corporal, desde quando não tinha barriga o suficiente para parecer grávida, e parecia estar gordinha, até ficar bem barrigudona e não deixar dúvidas sobre minha gravidez. E como é bom estar grávida! Acho que foi a única fase da minha vida que não precisei encolher a barriga nenhuma vez, e que quanto mais barriguda eu estava, mais bonita estava também! Não posso dizer que fui uma grávida-modelo, porque engordei 18 kg, mas tudo estava bem distribuído, então foi até legal.

Legal até nascer. Porque quando nasce dá um desespero!! Ficou aquela barriga murcha, molenga e grande, e eu achava que nunca mais ia ficar com meu corpo de antes. Mas, como todo mundo me disse, um dia eu emagreci. Sim, por incrível que pareça, quando o Pedro fez 3 meses eu entrei na minha calça jeans, e isso foi um marco! Nunca vou me esquecer da alegria que foi voltar a usar minhas roupas que estavam guardadas a tanto tempo! Aqueles 18 kg tinham ido embora sem eu fazer o menor esforço, mas acredito que isso se deva a eu estar amamentando. O lado bom foi que eu emagreci tudo, o ruim é que sobraram algumas estriazinhas do lado das minhas coxas.

Corri pro tratamento! Comecei a fazer Carbox, que é um treco que dói pra burro, mas como paguei por 12 seções, ainda tenho mais 3 seções pela frente. Se vc me perguntar se melhorou, eu digo que sim, pois as estrias estavam bem escuras e agora estão clarinhas. Mas não saiu tudo, não. E é aí que entra meu novo entendimento de mim mesma!

Se fosse a Fe de antes, eu ia ficar desesperada por estar com o corpo marcado de estrias, coisa que eu nunca tive antes. Mas de repente me peguei tão feliz, tão leve! Estou levando tão numa boa essas coisas! Não posso dizer que estou com o mesmo corpo de antes, porque eu emagreci sim, mas o corpo muda muito depois da gravidez. Minha barriga não é mais a mesma, estou flácida e com "braços de mãe" - meio gordinhos. Mas estou tão feliz comigo mesma! Parei com aquelas frescuras de querer controlar cada centímetro do meu corpo e comecei a me aceitar mais como mulher. Porque eu posso não ter uma barriga tanquinho, perfeita, mas essa barriga que eu tenho me permitiu ter um filho tão lindo e saudável, que eu não posso imaginar onde possa ter mais feminilidade do que nisso!

Estou diferente, sim, mas estou diferente porque agora eu sou mãe! Quer orgulho maior que esse? Essa felicidade foi tão forte em mim que hoje eu me sinto linda! Precisei passar por todas as transformações da gravidez pra poder me aceitar do jeito que eu sou. E agora posso dizer com toda a certeza que eu sou mais feliz! Me desprendi das neuras de ser magra, linda e perfeita, e comecei a me aceitar linda e perfeita assim mesmo, com essa barriguinha que não diminui, com a flacidez que não me deixa e com esse quadril tamanho G, que hoje acho até bonitinho.

Além de virar minha vida de cabeça pra baixo, a maternidade me deixou bem mais tranquila comigo mesma. Não sou um exemplo de beleza, mas sou mulher, esposa e mãe. Tem coisa mais bonita que isso?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Inferno Astral e sua influência nas fotos

Estou passando pela fase do ano que também é conhecida como inferno astral. Pra mim, até pouco tempo atrás, eram aqueles 30 dias antecedentes ao aniversário, em que as coisas não funcionam direito, o stress aumenta e a Lei de Murphy fica mais presente no cotidiano. Mas faz uns dias, descobri através da minha cunhada que o inferno astral não são os 30 dias que antecedem o aniversário, e sim 40 DIAS! E assim, sem mais nem menos, acabei ganhando 10 dias a mais do que eu já estava acostumada. Legal, né?

Mas juro, estava indo tudo bem no meu inferno astral! Não tive Lei de Murphy, nada me deu azar, nem um copo eu quebrei! Tudo isso até ontem. Estava aqui no computador arrumando umas fotos do Pedro, quando fui apagar uma pasta de fotos repetidas. E aí meu inferno astral se fez presente. Obrigada, Cosmos! Algo deu errado no computador que TODAS as fotos do Pedro foram apagadas. E quando eu digo que foi no computador, eu falo sério. Porque ele apagou as fotos e deixou as pastas todas lá, vazias, quase com vácuo. Se eu tivesse apagado tudo, as pastas também seriam deletadas. Agora visualize: eu, apaixonada por fotos, tiro foto do Pedro todos os dias, de repente fico sem nada pra contar história. Quase tive um siricotico. Quando o Fe chegou em casa tentou recuperar alguma coisa, usando um programa de recuperação de arquivos deletados, mas das minhas quase 1000 fotos sobraram só umas 200, e o resto foi para o além.

Fiquei arrasada. E os filminhos?? Todos perdidos. Ok, pra não dizer que todos estão perdidos, alguns do 5o. mês ainda ficaram lá. Mas aqueles fofos, de quando ele tinha menos de um mês e era só um totiquinho, se foram para sempre. Será que alguém consegue imaginar minha frustração? A sorte (se é que nessa história toda eu ainda posso dizer que exista sorte) é que algumas fotos, as melhores, eu publicava no Picasa da internet, pra compartilhar com a família coruja. O azar é que as fotos não estão no tamanho original, porque quando são publicadas perdem a qualidade pra não ficar com arquivos muito pesados.

Pensando pelo lado positivo, otimista que sou, pelo menos vou poder ver na tela do computador como era meu bebê quando o Pedro estiver maiorzinho. E agradeço muito ao conselho do meu irmão, que um dia me disse "Não confie na tecnologia!!", pois quando o Pedro tinha 4 meses fiz uma seleção das melhores fotos e mandei revelar tudo. Mas não chega nem aos pés das minhas quase 1000 fotos.

A lição do dia: Não confie na tecnologia! Faça back-ups semanais, pois se seu inferno astral resolver acabar com as fotos do seu filho, pelo menos você só perde uma semana e não 5 meses, como foi o meu caso.

Lesson learned.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Maternidade, blog e cocô

Faz uns dias que to ensaiando pra criar um blog. A idéia veio quando comecei a contar todo dia a mesma coisa pra todo mundo... porque todos querem saber do Pedro, como ele está, como eu estou e como nós estamos. Aí pronto! Num blog eu escrevo e quem quiser que leia!

Mas tenho que confessar que não foi só por isso. Sempre fui de falar muito, de conversar, de bater papo... e com a maternidade acabei sentindo falta de contar tudo o que acontece com a gente! Daí acabo ligando toda hora pro Fe pra contar que o Pedro tomou suco de laranja pela primeira vez e fez careta e depois gostou, que ele comeu banana (isso foi hoje!) e AMOU, ficava esperando a próxima colherada de boca aberta, que ele não fez cocô, que ele finalmente fez cocô, e toda aquela vida de mãe e filho que não é novidade pra ninguém, mas que pra mim, mãe de primeira viagem, merece tanto destaque quanto notícia de primeira página!

Então eis-me aqui, mãe e blogueira de primeira viagem, compartilhando nossas aventuras familiares pra quem quiser ler! Não sei se isso vai dar certo, nem quanto tempo vai durar, mas "vamo que vamo"! Histórias engraçadas acontecem todos os dias com um bebezinho em casa; ou com o bebê ou com a mãe inexperiente que faz tempestade em copo d'água pra qualquer coisinha boba.

A maternidade me deixou assim mesmo: boba, encantada, culpada, e dando muita atenção pra coisas que antes eu nunca imaginei que daria, como cocô, por exemplo. Um bebê não sabe falar, então a gente tem que prestar atenção nos sinais pra saber se está tudo bem. E os sinais são: choro, arroto, xixi, cocô, pum, vontade de mamar, alterações de humor e alguma linguagem corporal. Mas claro que o mais engraçado é o cocô, não tem como negar! Uma mãe não perde nada pra um biólogo que faz análise de exame de fezes em laboratórios: "Hummm, este cocô está ótimo, bem líquido, amarelado, com uma ótima consistência", ou "Que cocô estranho! Meio esverdeado... isso significa que ele teve cólica", ou ainda "Ué, cadê o cocô matinal?? Era pra ter cocô nessa fralda!".

A última de cocô do Pedro foi semana passada. Tudo estava indo bem, 3 ou 4 cocôs por dia - perceba que o cocô influencia muito no bem estar do bebê - até que num belo sábado ele só fez um cocozinho, unzinho! Estranhei, porque ele estava soltando pum normalmente, estava bem humorado, mamava bem, dormia tranquilo... mas não dei muita importância ao assunto. No domingo ainda nada. Nem o cocô matinal, que costuma ser o maiorzão do dia. Aí quando chegou de noite liguei pro pediatra dele, que não atendeu ao celular. Mas eu também nem insisti muito, porque como ele estava bem nos outros aspectos, imaginei que a falta de cocô era por causa do calor ou alguma coisa assim. Mas então 1 minuto depois que tentei ligar para o pediatra ouço meu sogro gritando do quarto: "Cocôôôô!!!"

Agora imagine a cena, um avô com um bebê no colo, o bebê com a costumeira cara de paisagem depois de fazer cocô, como quem diz "O que? Que aconteceu? É comigo?". Só que ele estava inteiro cagado, tinha cocô nas costas, na roupa toda, escorrendo pelas pernas, e o avô dele com a bermuda toda suja, cheia de cocô pingado, rindo da situação e achando o máximo o neto ter batizado a bermuda dele. É, avô e avó também são seres que ficam bobos com a chegada de um neto.

Mas eu nunca tinha visto tanto cocô saindo de uma única barriga de nenê. Não cabia tudo aquilo dentro dele, é impossível que ele tenha armazenado tanta coisa sozinho! A fralda foi mero coadjuvante, só estava lá pra fazer de conta que servia pra alguma coisa. A solução: banho imediato! No Pedro e no avô dele! E eu fiquei aliviada com tudo isso, claro!

Na segunda-feira liguei no consultório do pediatra, que disse que viu que eu tinha ligado, mas estava em consulta no hospital e esperou eu ligar denovo. Imagina a minha cara, que liguei pra ele pensando que ele não ia saber quem era mesmo, então não precisava ligar denovo. E no dia seguinte ele me diz que não só sabia que era eu, como ainda esperou que eu ligasse denovo! Aí claro que fiz que não era comigo e expliquei a situação da falta de cocô (que depois de esvaziar até a alma no dia anterior não tinha mais nada pra sair na manhã seguinte), e ele me disse que bebês que mamam no peito podem ficar até uns 10 dias sem fazer cocô que é normal. 10 dias!! Se em um dia ele já cagou tudo aquilo, imagina em 10 dias!! Eu é que não queria estar com ele no colo!

Depois desse dia o cocô dele nunca mais foi o mesmo. Tem dias que ele faz 2 vezes, tem dias que só 1 vez... acho que é porque o intestino dele está se acostumando com a vida de bebê "grande", porque ele já tem 5 meses e meio... Mas não estou preocupada não. Estamos levando tudo numa boa, com ou sem cocô.

E por falar em levar numa boa, preciso ir!! Ele acabou de acordar e está me chamando! Logo mais volto com mais histórias.