sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nos bastidores

Enquanto isso eu continuo minha luta diária pra entreter o Pedro e cuidar do Daniel ao mesmo tempo. O Pedro está entediado de ficar no quarto do hotel e é só o Fe chegar em casa que ele fica tentando abrir a porta pra sair e fica pedindo "Carro! Carro!", tem vezes que ele não quer nem esperar a gente jantar. Então a gente sai - cada dia inventando uma coisa nova - e quando estamos chegando no hotel o Pedro reconhece o lugar e começa a falar "Mais! Mais! Não papai! Não memê!" porque ele não quer voltar pra casa de jeito nenhum.

Graças a esse tédio todo eu e o Fe estamos quebrando a cabeça pra descobrir o que fazer pra entretê-lo durante o dia. Agora já começou o friozinho, chuvas constantes, nem dá pra sair e ficar brincando lá fora - apesar de o hotel não ter uma área de crianças, só uma piscina e uma quadra de basquete. O Pedro já ganhou toda a coleção do Carros, um tapete com desenho de pista pra brincar com os carrinhos, massinhas Play-Doh, livro para colorir, caderno, lápis de cor e giz de cera, mas mesmo assim chega uma hora que eu não tenho mais o que fazer com ele aqui dentro.

Ainda bem que conheci a Aline, o marido dela trabalha com o Fe, ela está aqui só passeando. Ela tem muita paciência com crianças e adora o Pedro e o Daniel. Então toda tarde inventamos algum lugar pra levar o Pedro pra passear, mas o lugar que ele mais gosta de ir é o Target (um supermercado-loja-de-departamentos), e ele conhece o símbolo de longe! Assim que vê fica pedindo "Aqui memê! Aqui memê", porque quase toda vez que ele foi lá com a gente acabou saindo com um brinquedo; associou o lugar a presentes. Agora aguenta! Mas ele também vai bastante no shopping e adora a área de crianças tanto quanto correr solto pelos corredores.

Mas não é fácil. Agora tem a Aline pra me ajudar com os dois, mas e depois? Sair sozinha com eles não é tarefa das mais fáceis: o Pedro não anda de mão dada e o Daniel não fica o tempo todo no carrinho. Fora que o Daniel também tem que parar pra mamar, e aí, o que eu faço com o Pedro? Não dá.

É por essas e outras que eu acho que mãe devia ganhar salário, e um salário bem gordo. A gente cuida da casa, dos filhos, da comida, do entretenimento, das fraldas, do sono, das atividades, da educação, do carinho, a gente não dorme e nosso trabalho é plantão 24 horas e 7 dias por semana, sem uma única folga nunca!

Amor

Quando eu estava grávida do Daniel meu maior medo era de não amá-lo como eu amava o Pedro. Eu não conseguia entender como poderia surgir de novo um sentimento tão forte dentro de mim, que o máximo que eu tinha já era do Pedro.

Muita gente me dizia que era pra eu ficar tranquila, o amor surgiria também para o Daniel, que os filhos são amados igualmente. Eu imaginava que o amor dos filhos fosse uma coisa só: um amor inteiro para os filhos, sendo "filhos" como um todo, um conjunto. Mas não é assim.

Do mesmo jeito que foi com o Pedro, o amor pelo Daniel foi crescendo a cada dia da vidinha dele, a cada sorriso, a cada "conversa", até que chegou ao amor que explode o coração. Quem tem filhos sabe o que estou falando, quando um bebê nasce nós o amamos, mas não com tanta intensidade. O sentimento evolui, se intensifica com o passar dos dias.

Hoje eu posso dizer que o amor que tenho pelo meus filhos não é um "todo", é um amor feito especialmente pra cada um. Tenho o amor do Pedro e o amor do Daniel, é o mesmo amor forte, incondicional e arrebatador, mas é individual. Todo o medo que eu tinha de não amar o Daniel como eu amo o Pedro hoje parece tão insignificante! O Daniel não ganhou uma parte do meu coração, mas construiu uma parte só pra ele, do mesmo jeito que o Pedro fez quando nasceu. O coração aumenta e surge toda uma capacidade nova de amar mais um filho.

Daqui a 2 dias o Daniel completa 6 meses. É tão pouco tempo, mas não consigo imaginar minha vida sem ele também. Ele é o bebê mais doce, mais meigo, mais bonzinho que eu já conheci. Nunca chora, está sempre sorrindo, se diverte com todos, adora brincar com o Pedro e dá muitas gargalhadas para as tentativas do Pedro de fazê-lo rir, é tranquilo, sereno, tem um olhar extremamente expressivo e amoroso, é paciente, divertido e muito bem humorado. Sempre acorda sorrindo!

Todos os dias eu agradeço a Deus pelos filhos que eu tenho, nunca poderia imaginar que merecia tanto! Eles são tudo pra mim e enquanto eu viver vou fazer de tudo para que eles sejam os filhos mais amados do mundo!


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mais

Mais é uma palavra que para o Pedro significa 3 coisas.

Logo que ele começou a falar "mais" foi até difícil entender o que ele queria dizer. Ele via a gente comendo alguma coisa e pedia "m-má!" e eu pensava "Como ele quer mais se ele ainda nem comeu?" Mas logo eu entendi. Quando ele comia alguma coisa e eu falava "Quer mais?" ele deve ter imaginado que o "mais" seria "ganhar aquilo". Então eu estava comendo um pão com manteiga e ele vinha correndo e falava "M-má!", me via comendo uma banana e pedia "M-má!"

Logo depois ele começou a dizer "maisss" quando via duas ou mais coisas iguais. Fácil de ser explicado: ele ganhava uma coisa, pedia mais e ganhava outra igual. Dois caminhões: mais! Dois carrinhos iguais: mais! Vários passarinhos voando juntos: mais! Duas televisões ligadas no mesmo programa: mais! Dois sapatos: mais!

E por último, mais significa mais mesmo. Mais cócegas, mais beijos, mais brincadeiras, correr mais.

Ontem saímos para jantar com um amigo do Fe, a esposa e a cunhada dele. As duas são gêmeas idênticas, ambas pediatras, com o mesmo jeito de falar, a mesma delicadeza, o mesmo jeito de olhar. Parece que é uma única pessoa dividida em dois, tamanha a semelhança (não apenas física) delas.

O Pedro brincou com elas por muito tempo. Saía correndo com uma, se escondia atrás da outra, corria de mãos dadas com as duas. Mas em nenhum momento ele tinha visto as duas lado a lado.

Quando estávamos nos despedindo para ir embora, as duas vieram pedir beijo para o Pedro (que além de beijar falou "ba-bái") e quando ele as viu lado a lado apontou com uma mão para cada uma e disse: "Mais!! Mais!!!" com um brilho nos olhos de quem está perplexo. Foi muito engraçado quando ele percebeu que as duas eram iguais, ficou realmente surpreso em ver gêmeas.

Não fala muito, mas presta uma atenção!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Melhorando o vocabulário

É muito legal ver como o vocabulário vai melhorando dia após dia. Cada dia o Pedro vem com uma palavra nova ou uma palavra melhorada. As novidades são:

Papai / Mamãe / Daniel
Antes: papá / - / Didi
Agora: papai / memê / Nhãnhéu


Titia / Titio
Antes: titíti / -
Agora: titia / tio


Chupeta / Água / Suco / Acabou
Antes: pi / cá / pu / bô
Agora: pepeta / caia / puco / cabô


Carro / Ca-chaw (do McQueen) / Lápis
Antes: cá / cacún / pi
Agora: carro / cacáu / páti


Paninho / Pizza / Boca / Chocolate
Antes: pã / pi / ca / ca
Agora: polllo / pita / boca / cacate


Abrir / Sapato / Xixi / Mais
Antes: ilhá / papá / quiquí / m-má
Agora: aguí / papaca / tití / maisss

Menina:          minhinha
Quer:               qué-qué
Figurinha:      nhinhinha
Por favor:        popopôlllio
Desculpa:        pupuca
Pipoca:            popóca
Obrigado:        cacáco


Tem mais palavras, claro, mas eu não me lembro agora. E é legal ver como ele vai se virando com as poucas palavras que sabe. Quando ele quer fazer alguma coisa que não funciona ele diz: "Cabô a pilha", como se tudo usasse pilha e as pilhas nunca funcionassem. Quando eu fico realmente brava e dou uma bronca, ele olha pra mim, cruza os braços, dá um meio sorriso e diz: "Mimiiii...", que é como a vovó Deyse fala com ele quando ele está aprontando, "Meniiiiiiino!!" Claro que nessa hora ele me quebra, eu até tento continuar séria mas na maioria das vezes ele ganha.

Quando eu dou bronca nele e peço para ele não fazer mais alguma coisa, ele fala "Cabô! Cabô!", mas não no sentido que acabou, ele quer dizer: "Acabou, não vou mais fazer, parei." Teve uma vez que estávamos no supermercado aqui e eu dei um carrinho pra ele segurar, avisando que não podia abrir e tinha que pagar primeiro. Ele ia disfarçando, disfarçando e tentava abrir. Aí eu tirei o carro da mão dele, coloquei no carrinho (ele estava sentado na cadeirinha do carrinho) e falei que ele só ia ganhar quando chegasse em casa. Ele abriu um berreiro!!

- Pupuca, pupuca... cabô! Cabô! Cabô! - ele começou.
- Não vai mais abrir? - eu perguntei, com o coração em pedaços.
- Cabô! Cabô! - ele respondeu ainda chorando.
- Se você for bonzinho e esperar a mamãe pagar eu deixo você levar o carro - ele já tinha ganhado, mas eu ainda tinha uma lição a ensinar.
- Cabô, memê. Cabô!

Então eu devolvi o carrinho e ele segurou sem abrir durante mais uma hora, me mostrando de vez em quando que a caixa estava "quebrada", dizendo "mmmbô". Como ele sabe que só pode abrir a caixa e brincar depois de pagar, toda vez que eu passava perto dos caixas ele apontava para fora, reclamando quando eu voltava para dentro do mercado. Até que chegou uma hora que ele só apontava pra qualquer direção e reclamava. "Vamos embora, mãe. Paga logo que eu quero brincar!"

Depois que eu dou um presente pra ele que ainda tem que ser pago, ele não me devolve mais com medo que eu pegue de volta. Mas quando chega no caixa, ele mesmo coloca o brinquedo na esteira e fica esperando a caixa cobrar. Depois ele fica pedindo a sacolinha com o brinquedo (e ele sabe exatamente qual é no meio de todas as outras), quer ficar segurando a sacolinha até chegar no carro. E quando a gente chega no carro ele me entrega a caixa e fica pedindo freneticamente "Aguí! Aguí! Aguí!!" (abrir) e se eu demoro, já emenda um "Popopôlllo!" (por favor).

Eita fase gostosa, essa dos 2 anos!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ponto de vista

Sempre que eu falei que queria engravidar quando o Pedro tivesse 1 ano porque queria que os dois crescessem juntos, a maioria das pessoas dizia que eu era louca de querer dois filhos tão próximos, que ia dar muito trabalho. Sempre pensei o contrário, que quanto mais próximas as idades mais fácil seria cuidar, porque eu precisaria estar só em uma "fase": papinhas, trocas de fraldas, parquinhos e por aí vai. Por enquanto estou achando que era exatamente o que eu pensava, porque dois filhos dão trabalho sim, mas não é tanto quanto eu imaginava. E logo o Daniel cresce e fica na mesma fase do Pedro, aí vai ser melhor ainda. Eu ainda estou na fase de acordar de noite, trocar fraldas, não dormir direito, então ter o Daniel agora não mudou muito a minha rotina. Fora que ele é tão bonzinho que não me dá trabalho nenhum! Graças a Deus.

Mas aqui nos Estados Unidos a coisa é diferente. É normal as pessoas terem 3, 4, 5 filhos e os pais são muito mais participativos na vida dos filhos do que no Brasil. Chega fim de semana, em vez dos pais fazerem alguma coisa que dê prazer a eles, o programa é levar os filhos para se divertir. Os fins de semana e feriados são dedicados à família e não ao descanso.

Estávamos andando na rua, o Fe com o Daniel no canguru e eu com o Pedro no carrinho, cada um tentando distrair sua metade dos filhos, sentindo um certo grau de cansaço e uma pequena necessidade de sossego, quando passamos por uma família em que o pai levava um menino pequeno no colo e a mãe andava de mãos dadas com duas filhas. E a mãe ainda estava grávida de uns 7 meses e parecia ter no máximo uns 35 anos. Eu olhei para a cena e falei pro Fe: "E dizem que nós que somos loucos!" Olhando aquilo não dava pra pensar que nós tínhamos trabalho, deu até uma certa sensação de alívio.

Ontem fomos levar o Pedro pra brincar na área infantil do shopping e como já estava quase na hora de fechar (aqui os shoppings fecham às 21:00h) tinham poucas crianças brincando. Pra ser mais exata, além do Pedro tinham 4 crianças no playground, sendo que 3 dessas crianças tinham muita energia. Logo que o Pedro entrou, a menininha menor - do mesmo tamanho que ele, devia ter uns 2 anos também - já veio brincar com ele e fazer amizade. A menininha era de uma agilidade incrível. Subia em tudo, pulava, corria, se esticava. E o Pedro no seu ritmo de criança normal, brincava e tudo, mas não naquela velocidade. Só tinha uma mãe sentada lá dentro e eu fiquei pensando quais seriam os filhos (ou o filho) dela e quem seriam as mães dos outros. Nessa hora entrou uma mulher com uma menina de quase 1 ano no canguru e começou a falar com a menininha que estava brincando com o Pedro. Ah, então essa é a  mãe da menininha bonitinha? Então a irmã dessa mulher sentou do meu lado e me disse que ela era mãe das 3 crianças energéticas do playground: o menino de uns 6 ou 7 anos, a menina de uns 4 anos, outra que era a amiga do  Pedro de uns 2 anos e a nenê de menos de 1 ano que estava no colo dela. Os quatro são dela? Isso significa que a outra mãe sentada ali é mãe só daquela outra menina boazinha? E eu disse pra irmã dela: "Nossa, ela deve ter muito trabalho!" ao que ela me respondeu: "Mas ela é 'home-mom', então é mais fácil." Fácil? Com 4 filhos com toda aquela energia? A coitada da mãe tinha uma cara de acabada, de gente que cansa muito e não se cuida, gente que não dorme faz anos e não sabe o que é ter um minuto de paz. Ela nem sorria. E pensar que isso é normal aqui...

E depois tem gente que vem falar que EU teria muito trabalho com dois filhos. Tudo é uma questão de ponto de vista!

Igual a mãe

A segunda-feira dessa semana foi feriado aqui nos EUA, o dia do trabalho e nós aproveitamos pra ir passear em Chicago. Confesso que fiquei um pouco tensa em passar 4 horas na estrada com os meninos, mas felizmente a viagem foi extremamente tranquila, sem nenhum stress.

Fomos no sábado e quando chegamos estava um dia nublado e com um pouco de chuva, mas muito quente. Fomos passear à pé, eu queria ir ver a escultura de feijão, o Daniel no canguru e o Pedro no carrinho. Ali perto da escultura de feijão tinham dois telões de água que o Pedro ficou olhando sem parar, foi até difícil tirar foto, ele só queria olhar para os rostos que apareciam por baixo da água.



O Pedro adorou a escultura de feijão, queria descer do carrinho e sair correndo pelo lugar. Só não deixamos porque estava muito movimentado e seria bem difícil ficar correndo atrás dele no meio das pessoas, mas deixamos que ele chegasse bem pertinho pra ver do que o feijão era feito.

Onde está Wally?


No domingo estava um sol muito gostoso, mas um vento friozinho. Fomos ao planetário e depois saímos pra passear à pé. Eu fiquei andando com o Daniel no canguru por mais de 5km, um ótimo exercício! Voltamos ao feijão - dessa vez para tirar foto num dia ensolarado - e quando chegamos lá o Daniel já estava dormindo, pendurado no canguru. O Pedro ficou acordado o tempo todo, comentando sobre isto ou aquilo que ele via pelo caminho. Ele adora passear!

E na segunda de manhã já não dava mais pra evitar: fomos ao Sears Tower, um prédio de 103 andares. Antes de chegar lá eu já estava suando frio, só de ver o tamanho do prédio perto dos outros. Subimos no prédio (e o elevador conta os andares de 10 em 10, de tão rápido que é) e quando chegamos lá em cima eu já estava travada de medo, mesmo antes de olhar pelas janelas. O Pedro estava felicíssimo, queria olhar por todas as janelas, não tinha o menor medo.


Mas o melhor mesmo aconteceu quando entramos naquela caixa de vidro que fica pra fora do prédio. É aterrorizante pisar no vidro, olhando tudo em volta. Eu morro de medo de altura, mas mesmo assim respirei fundo, empurrei o carrinho do Daniel pra dentro e entrei junto, com o Pedro ao meu lado. Olhei em volta (sem olhar pra baixo) e prendi a respiração. Pânico, terror e aflição. A Stephanie já estava esperando com a câmera em mãos e tirou uma foto antes que eu saísse correndo. 


E aí eu pensei que o Pedro poderia estar com medo e olhei pra ele. Hum hum, medo. Ele estava ajoelhado no chão de vidro, olhando pra baixo e apontando para os carros que passavam na rua, dizendo "Papai, carro! Carro!" e nessa hora sem querer eu olhei pra distância que separava o chão de verdade do piso de vidro que eu estava. Vertigem. 



Pedi licença, saí correndo e fiquei alguns minutos tentando me recompor de tamanho medo, o coração acelerado e as mãos suando frio. E o Pedro... nada. Tranquilo. Definitivamente não puxou à mãe.

Teve também outra ocasião em que eu fiquei com pânico alheio por ele. Foi antes de viajar (na realidade na véspera da viagem), quando fomos a um parque que estava de passagem na cidade e minha sogra e a Maura levaram o Pedro para brincar na roda-gigante. A única coisa que eu pensava era: "Que esse treco não quebre, que o Pedro não tenha medo, que ele não chore nem fique traumatizado. Que esse treco não quebre!!" Ele vai no brinquedo e quem fica com medo é a mãe. No fim da primeira volta lá estava ele apontando para tudo no parque, sorrindo, tranquilo, mostrando pra vovó tudo o que ele estava vendo. E eu lá embaixo no meu mantra "Que esse treco não quebre..."

O Pedro está me ensinando a ter coragem. Nem que seja só coragem por ele!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Internacionais

Estou super atrasada nas novidades, mas ultimamente tem sido bem maçante. Eu explico.

O Fernando teve que viajar a trabalho e como era pra ficar bastante tempo resolvemos que a família inteira deveria ir, já que o Pedro está um grude com o papai dele. Então já faz quase 1 mês que estamos nos Estados Unidos, eu aqui rebolando pra entreter o Pedro no quarto do hotel quando não conseguimos sair.

Os meninos foram uns anjos na viagem, dormiram em todos os vôos (infelizmente fizemos 2 conexões), ninguém chorou, ninguém reclamou e eles acabaram sendo elogiados por muitos passageiros quando chegávamos aos destinos. O engraçado era ver a cara do povo quando a gente entrava com um bebê e uma criança no avião. Todo mundo olhava torto, imaginando que seria uma viagem "daquelas" e quando finalmente o avião parava e nós íamos desembarcar muita gente vinha dizer "Parabéns pelos filhos, eles são muito bonzinhos!" - conta uma novidade, essa eu já sabia!

Rapidinho o Pedro aprendeu a falar "hi" e "bye-bye": na linguagem dele, que vem melhorando dia após dia, é "Ááái" e "Ba-bái". Quando ele vê alguém se aproximando, não importa quem, ele abre um sorriso conquistador e diz "Ááái!" e pronto, a pessoa se derrete por ele. É muito legal ver aqui como as pessoas gostam de crianças e bebês, muitas pessoas na rua param pra perguntar quantos anos/meses eles têm e sempre dizem que têm um filho/sobrinho com uma idade parecida. E não é só mulher, como no Brasil. Muitos homens também param pra brincar com eles.

Ontem estávamos jantando no hotel, eu e mais 3 esposas de homens que trabalham com o Fe, e o Pedro estava correndo, brincando com uma americaninha de uns 4 anos que ele conheceu ontem. Ele corria atrás dela, ela corria atrás dele e ficaram os dois na maior alegria e correria pelo restaurante. Aí uma das minhas novas amigas me disse: "Olha como é legal ver a reação dos adultos para a risada das crianças. Onde o Pedro passa, as pessoas vão olhando e sorrindo. Ninguém consegue ficar sério com uma criança dando risada!" E realmente, onde ele passava parecia que ele ia jogando pozinho do sorriso, todo mundo sorria.

O Daniel então é ímã de adulto. Todo mundo vem perguntar quantos meses ele tem e falar que ele tem "beautiful big brown eyes". Ele também está se comportando muito bem. Quando chegamos aqui ele chorava muito quando andava de carro, mas agora está super tranquilo. Fomos até passear em Chicago (que é a umas 4 horas daqui) e ele se comportou muito bem! Dormiu muito, reclamou quase nada, mamou umas 2 vezes e ficou quietinho esperando chegarmos. Ele está cada dia mais bonzinho, nunca chora! Quando acorda fica brincando quietinho ou resmungando baixinho até eu chegar, mas não chora. Ele está apaixonado pelo irmão (e o irmão por ele), é só o Pedro aparecer na frente dele que ele já abre o maior sorriso, ri de tudo que o Pedro faz para ele. E é claro que o Pedro adora saber que o irmão ri dele, então quanto mais o Daniel ri, mais gracinhas o Pedro faz pra ele. Está demais!!

Assim que conseguir venho postar mais. Dessa vez prometo que não vou demorar tanto!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A hora do soninho

Paz. Essa é a primeira palavra que vem à cabeça quando eles estão dormindo.

Essas fotos foram tiradas hoje. Agora o Daniel está com mania de chupar os dois dedinhos da mão e acaba dormindo assim. Fofo demais.




Ele está lá brincando e quando vou ver, dormiu!




O Pedro também não fica atrás no quesito soninho. Olha onde ele dormiu hoje:



Porque dormir na mesa é super confortável!