segunda-feira, 18 de outubro de 2010

As últimas

A hora do almoço é sempre uma loucura aqui em casa. Enquanto eu me ocupo em fazer o almoço o Pedro se ocupa em ser um furacão. Eu tenho que escolher: ou fico rodeando ele ou faço a comida. Invariavelmente escolho preparar a comida e deixo ele fazendo a bagunça que for.

Semana passada eu quase fiquei doida. Acho que ele tomou uma dose extra de "bagunçol" e colocou a casa inteira no chão. Enquanto eu cortava um tomate pra ele, ouvi um barulho dele abrindo a porta do armário e pegando os potes de sempre pra brincar. Mas então veio um baque eu um barulho de pecinhas se espalhando. "Ai..." foi o que eu pensei. E lá se foi meu copo do liquidificador.

Na verdade não ficou completamente arruinado, o que quebrou foi um pouco da parte de baixo, onde encaixa no corpo do liquidificador. Juntei todas as peças que consegui encontrar e guardei tudo pro Fe colar quando chegasse em casa. Ele colou e ficou bom, quase novinho em folha. Até comentei com ele que daqui a uns 10 anos o copo ia estar do mesmo jeito, colado e remendado, e quem sabe um dia a gente se lembre porque ele ficou assim. Sabe aquelas coisas provisórias-efetivas?

Eu comprei um presente pra filha da minha amiga Dani que nasceu, mas resolvi trocar o sapatinho por um maior já que não sei quando vamos conseguir visitá-la. Então fui mostrar o sapatinho pro Fe, que ainda não tinha visto, e como já sabia que meu baby era um menino até perdi a vontade de pegar o sapatinho pra mim. Peguei a caixinha embrulhada em papel de presente e levei pra cozinha, onde o Fe estava. O Pedro me viu e me seguiu, e quando viu o "presente" na minha mão começou a gritar (literalmente) de alegria, com as duas mãos fechadas de tanta excitação. E eu disse "Filho, esse não é seu. É de menina!", mas ele não parava de gritar de alegria. Me deu uma dor no coração! Abri a caixa e dei o papel de presente pra ele, mas essa de ganhar o papel não cola mais. Ele jogou o papel de lado e ficou na ponta dos pés tantando ver em cima da mesa o que nós estávamos abrindo. Aí mostrei o sapatinho pra ele, mas ele achou que aquele não era o presente, que o presente dele estava na mesa. Olha, só estando lá pra ver como meu coração se despedaçou. No fim acabamos conseguindo distraí-lo com outras coisas, mas meu coração já estava despedaçado mesmo...

Essa semana ele está meio chatinho pra comer. Come pouco, mas não parou de comer frutas nem de tomar leite, e claro, os biscoitos. Agora, 1 ano e 4 meses depois, eu já não fico tão desesperada como ficava quando ele nasceu. Naquela época - to falando como se fizesse muito tempo! - qualquer resfriadinho me deixava desesperada. Aí o tempo passa e a gente aprende a não entrar em pânico por causa de uma febre, uma falta de apetite, uma perda de sono, uma dor de garganta. Fica normal.

Em uma de nossas brincadeiras toscas - as preferidas dele -, em que ele estava no meu colo, deitado, e eu mordia a barriga dele enquanto o jogava pra cima, ele começou a rir e vi que na boquinha dele tinha um dente a mais, em cima e meio no fundo. Opa, mais um! Passei o dedo na gengiva e senti que tem mais alguns a caminho, todos grandes. Pronto, a falta de apetite está explicada. Sem pânico. Sem stress.

Fico imaginando: se eu estou calma assim com o primeiro filho, o que vai ser do segundo? "Tá com febre? Ih, relaxa..." ou "Caiu a chupeta na terra? Passa uma aguinha e pronto." ou então "Ele tá com a mão na boca do cachorro? Deixa que eles se entendem."

Acho que agora entendo aquela história de primeiro filho, segundo filho e terceiro filho. Ainda bem que o terceiro filho ainda não está nos planos. Coitado...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O outro baby

Ontem foi o dia de descobrir o sexo. Estava até meio nervosa, com medo que o nenê fechasse as pernas, que fosse cedo pra descobrir. Mas o médico tinha falado com bastante convicção que com 14 semanas já dava pra ver se era menino ou menina. Então fizemos do ultrassom um evento em família! Peguei o Pedro mais cedo na escola e fui buscar o Fe 10 minutos mais cedo no trabalho e lá fomos nós.

Primeiro o médico começou com as medidas normais de ultrassom (cabeça, barriga, fêmur) e quando já tinha olhado tudo - até o sexo, mas ele não quis falar antes - ele falou: "Aqui estão as duas perninhas, estamos olhando bem no meio delas. Está vendo aqui? Vou até colocar outra imagem pra gente ver direitinho... Pronto! Tá vendo? Olha o documento dele aí. É um menino!"

Foi uma emoção indescritível! O Fe já começou a vibrar com o Pedro no colo e eu comecei a chorar feliz. Eu tenho certeza que o Fe queria outro menino, embora ele nunca me falasse qual era a preferência dele. Eu já tinha passado por tudo: no começo tinha certeza que era menina, depois comecei a achar que era menino; aí resolvi não pensar mais no assunto e deixar pra descobrir no ultrassom.

Enquanto pensava que era menina fiquei muito feliz em ter uma menininha delicadinha em casa. Mas quando comecei a achar que era menino, tive certeza que eu nasci pra ser mãe de meninos.

Vou explicar meu raciocínio. Eu sempre fui muito moleca. Quando era pequena preferia brincar de lego ou carrinho com meu irmão do que com bonecas. E vivia roxa por brincar de esconde-esconde e outras coisas típicas de moleques. Tenho várias cicatrizes nos joelhos por cair enquanto corria. Enquanto minhas amigas faziam balé eu fazia karatê. Eu não gostava de roupa com babadinho, nem rosa. Meu menor lápis de cor era o azul. Depois, na adolescência, eu pedi um par de patins super-duper-ultra de presente aniversário de 15 anos pros meus pais. Enquanto minhas amigas iam na pista de patinação todas arrumadinhas pra paquerar os meninos, eu ia de calça big e camiseta larga pra ficar andando no half pipe, era só amiga dos meninos (sem segundas intenções) e não via nada de estranho nisso. Tenho certeza que minha mãe, que vai ler isso no blog ou no Google Buzz, vai concordar com tudo o que eu disse.

Hoje em dia eu sou a miss calça jeans, tênis e camiseta. Agora imagina se eu tivesse uma menina. Eu não ia saber deixar ela com cara de menina. Ela ia viver de calça jeans, tênis e camiseta. Quando ficasse adolescente ia ter vergonha das fotos de infância, reclamando que eu não sabia vesti-la como menina delicada. Quando fôssemos sair de casa, ela ia me falar pra passar pelo menos um batom, tirar o tênis e calçar um sapato ou pelo menos pra trocar de bolsa de vez em quando. Não ia dar muito certo.

Realmente acho que eu levo jeito pra mãe de menino. Pra mim é mais fácil, flui naturalmente. Na verdade eu queria ter 3 filhos homens, mas depois que o Pedro nasceu eu mudei de idéia e resolvi ter só 2. Ainda bem que o Fe concorda comigo, mas ele diz que se o dinheiro permitir ele quer ter mais um.

Mas o mais fofo foi depois que soubemos que era menino (e que eu não parava de chorar), o Pedro olhou pra tela e falou: "Nenê!" Pode ter sido de tanto a gente falar nenê, eu duvido muito que ele tenha entendido que aquele era o irmão dele, que vai jogar futebol e brincar de carrinho com ele, mas mesmo assim foi lindo.

Ai que gostoso! Na minha casa só vai ter papo de carro, futebol e mulher. No meu varal só vai ter cueca. As meias vão ser sempre imundas de brincar na escola. E eu vou ser a mãe mais paparicada do mundo!

Festa do dia das crianças

Estou atrasada nas novidades, tenho consciência disso. Mas é estranho, ultimamente parece que roubaram algumas horas do meu dia e a semana passa tão rápido! Quando eu me dou conta, a semana já acabou. Muito estranho. E eu imagino que a tendência é piorar depois que vier o outro baby...

Nesse fim de semana teve festa do dia das crianças do trabalho do Fe e nós levamos o Pedro. Ele brincou um pouco no pula-pula e ficou olhando as crianças escorregarem de um tobogã gigante (nesse não dava pra ele ir), mas a maior distração dele foi correr solto pela festa, com o Fe ou eu correndo atrás dele. Comeu cachorro-quente e cheeseburger, e quando já não tínhamos mais nada pra fazer lá fomos embora. Ele estava bem feliz.




Olha o charme pra foto... Ele parece que faz de propósito! Perto da gente tinha 2 mulheres que ficavam falando "Aaaaaaw que gracinha!", aí era pior ainda. Quanto mais fala que ele é fofo, mais cara de cute ele faz.


Nessa hora ele estava de olho no pula-pula, não olhava pra foto nem que eu plantasse bananeira. Claro, pula-pula colorido e cheio de criança é muito mais divertido do que tirar foto.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mania de família

Lindo, fofo e delicioso! A nova mania do Pedro... tá bom, uma das novas manias do Pedro é dar abraço coletivo. Ele vem no meu colo e se estica pro Fe, como se fosse pedir colo. Mas em vez de ir no colo do papai, ele puxa o Fe pra mais perto e faz a gente ficar com a cabeça encostada, dando um super abraço de família. É a coisa mais gostosa do mundo!

Sobre o novo baby, dia 13 tenho um ultrassom pra tentar descobrir o sexo. Estou ansiosíssima! Toda a calma do começo ficou pra trás, agora o que eu mais quero é saber se estou esperando mais um príncipe ou uma princesinha.

Só fico imaginando minha casa com dois furacões pra fazer bagunça... ai ai ai! Será que eu sobrevivo?