quinta-feira, 29 de julho de 2010

Faxina na bolsa

Bolsa de mulher é tudo igual: a gente limpa, tira tudo o que é lixo, mas em alguns dias já está cheio de papel inútil de novo. A minha estava pela hora da morte.

Até hoje.

Depois do almoço fui lavar a louça, como de costume, e o Pedro ficou bagunçando os armários, como de costume. Aí ele se irritou, porque já estava ficando com sono, e saiu resmungando até entrar embaixo da mesa, encontrando minha bolsa aberta em cima de uma cadeira. Eureka! Brinquedo novo!

Ele tirou TUDO de dentro da bolsa. Analisou cada pedacinho de papel de Visa Electron que encontrou, brincou de chocalho com a caixinha de Tic Tac, tirou meus óculos de sol da caixinha - EPA! Nessa hora eu parei com a louça e fui colocar meus óculos de sol num lugar inacessível, eles são novos e eu não quero que ele estrague. Espalhou cada pedacinho de papel, elástico de cabelo, carteira, necessaire, tudo, pela cozinha. E foi em direção à Paçoca com a minha carteira e com a caixinha de Tic Tac. Ainda bem que nessa hora eu já estava terminando com a louça, consegui salvar minha carteira dos dentes impiedosos do cão.

E se você está se perguntando por que eu deixei ele fazer essa bagunça com a minha bolsa, a resposta é simples: eu já estava estressada com ele me agarrando as pernas, reclamando, fazendo manha, gritando, derrubando tudo só porque queria colo enquanto eu tentava arrumar a cozinha. Quando ele encontrou alguma coisa que o fez ficar quieto por 5 minutos eu achei lindo! E aproveitei e arrumei uma desculpa pra arrumar minha bolsa. Agora ela está totalmente livre de "intrusos" e o Pedro brincou feliz.

Dois coelhos com uma só cajadada!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os novos presentes pra Paçoca

Como já disse antes, de vez em quando o Pedro dá um "presente" pra Paçoca. De vez em quando não significa esporadicamente, e sim algumas vezes por dia. Mas tem vezes que ele só dá um presente pra ela uma vez no dia. Por isso eu falei de vez em quando.

Como já expliquei anteriormente o processo, dessa vez vou só falar quais foram as últimas coisas que eu vi jogadas pelo portãozinho - e milagrosamente a maioria delas não foi destruída!

- panos de prato: intactos
- colher de nylon de servir: intacta
- tampa de tupperware: intacta
- braço do Cabeça de Batata: destruído em 4 partes
- carrinho de ferro: intacto
- peça do Mega Blocks: com marcas de dentes (eu cheguei a tempo e arranquei da boca dela)
- tênis dele: intacto
- bolinha de plástico: intacta
- quadradinhos do Peek-a-Blocks: intactos
- colher de plástico dele: intacta
- minha jaqueta jeans: intacta
- meu chinelo: intacto

Acho que é isso o que eu me lembro por enquanto. E muitos itens da lista foram encontrados no quintal mais de uma vez.

O bom é que acho que a Paçoca percebeu que não é pra aceitar as coisas que ele dá. Ela deve destruir só as totalmente irresistíveis.

E enquanto isso eu tento ensinar a ele que não é pra dar as coisas pra ela, senão ele fica sem. O Cabeça de Batata já está maneta, eu não quero que outros brinquedos fiquem aleijados também.

Criança quando fica quieta demais...

... com certeza está aprontando.

Eu e o Fe estávamos jantando, então deixamos o Pedro brincando no quarto dele enquanto estávamos na cozinha. Ouvimos o barulho do trenzinho, da estação de trabalho, do telefone de brinquedo, dos brinquedos sendo jogados no chão, do pufe sendo empurrado e de repente, silêncio. Mas estávamos conversando e acabamos não prestando muita atenção para o silêncio momentâneo. E isso foi um erro.

O Pedro saiu do quarto dele sorrindo e feliz e veio na minha direção na mesa. Aí parou do meu lado, deu um gritinho feliz (como sempre) e colocou na boca um paninho que estava segurando, deu uma mordida e puxou. Eu olhei... paninho??? AI MEU DEUS!!! Era um lencinho todo sujo de cocô, que eu tinha usado pra limpar ele. Na hora tirei o lencinho da mão dele, peguei ele no colo e fui para o banheiro, pra lavar as mãos e a boca. No caminho do banheiro dei uma espichada de olho pra dentro do quarto dele. Ele abriu o lixo, pegou uma fralda, desenrolou e tirou o lencinho que estava dentro. Largou a fralda no chão e saiu brincando com o lencinho cheio de cocô.

Mil vezes eca.

E depois administrar a sujeira, voltei para o meu jantar, como se nada tivesse acontecido. Ainda estava com apetite e terminei de jantar tranquilamente. É, as mães têm esse poder.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rastro de destruição

Quando chega depois do almoço e eu levo o Pedro pra fazer o soninho da tarde eu olho para a casa e parece que passou um furacão por aqui. Não, furacão não, porque até um furacão seria mais sutil. Parece que chegou o dia do fim do mundo.

A sala está totalmente desconfigurada, a famosa mesinha ex-de-centro nunca mais foi de centro, os dois sofás empurrados um para cada lado, brinquedos embaixo dos sofás, embaixo da mesinha, embaixo da mesa de jantar, em cima dos sofás, em cima da mesinha, em cima das cadeiras da mesa de jantar, as almofadas no chão, os encostos do sofá no chão, bolacha pisoteada e espalhada pelo chão, baba/água/suco/bolacha na mesinha ex-de-centro, os controles remotos perdidos em algum lugar por aí.

Perto do portão da cozinha para o quintal ficaram as tentativas frustradas de jogar o brinquedo para a Paçoca destruir - como ele ainda não tem muita noção espacial, pega algumas coisas que não passam pela grade e essas conseguem escapar ilesas das presas do cão. E claro, no quintal restos de brinquedos ou brinquedos inteiros que a Paçoca não destruiu por pura bondade.

A cozinha parece um campo de batalha. Enquanto eu lavo a louça depois do almoço, ele abre as portas do armário de potes de plástico e joga absolutamente tudo no chão. E depois que tudo está no chão, ele ainda faz questão de espalhar as coisas pelos quatro cantos da cozinha e embaixo dos armários - afinal, é bom dificultar um pouco o trabalho da mãe. Depois que ele se cansou de espalhar os potes, ele abre a porta embaixo da pia, pega meu puxa-saco e tira todos os sacos de dentro dele. Idem para o espalhar pelos quatro cantos da cozinha. Aí abre a outra porta embaixo da pia, pega 2 caixas de Ades e as bate com força no chão para ficarem disformes.

Graças a Deus eu lembrei de fechar a porta do banheiro.

O quarto dele tem brinquedos espalhados, pacotes de fralda pelo chão e hoje encontrei o abajour caído no chão com a luz acesa. Todos os tênis que estavam guardados no armário estão no chão no quarto do meio, e no meu quarto, se eu não fecho a porta a tempo, os criados-mudos estariam vazios, pois tudo o que está em cima deles estaria no chão.

Depois que ele dorme eu saio tentando administrar a bagunça, colocando as coisas nos seus lugares, limpando o que ficou sujo e tentando cuidar dos afazeres domésticos.

Aí ele acorda. E eu olho para minha casa recém arrumada e penso "e lá vamos nós outra vez..."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cabelo novo

Promessa é dívida. E eu estou pagando a minha.

Aqui estão algumas fotos dele com o novo corte de cabelo.






terça-feira, 20 de julho de 2010

O "primeiro" corte de cabelo

A palavra primeiro está entre aspas porque não foi exatamente o primeiro primeiríssimo corte de cabelo da vida dele. Antes de hoje, eu já tinha tentado cortar duas vezes. Óbvio que ele não parou quieto, óbvio que eu não sei cortar cabelo e óbvio que ficou igual o meu nariz nas duas vezes.

Eu não tinha nada planejado, fui fazer as unhas quando me deu um estalo e eu lembrei do cabelo dele que estava super comprido e desalinhado, depois de crescer do corte igual-o-meu-nariz. Por "estalo", leia-se que eu olhei para ele. A necessidade de acertar a cabeleira era gritante. Da última vez eu consegui cortar a franja, mas quando chegou na parte de trás ele já estava nervoso e eu acabei deixando como estava. Hoje estava parecendo Xitãozinho e Chororó, com mullets até os ombros e a franja teoricamente aparada na altura da sobrancelha. Bem feio.

Por causa da minha falta de planejamento acabei saindo sem a câmera e não filmei nem fotografei o primeiro corte. Mas minha memória ainda está fresca com a lembrança do momento. Ele ficou em pé no meu colo, batendo palmas na frente do espelho, e quando a cabeleireira começou a cortar o cabelo dele, não é que ele ficou quieto? Imóvel! Quando é pra mãe cortar vale pular, sacudir a cabeça, colocar a mão no caminho da tesoura, sentar, gritar e tentar subir no meu colo. Mas com uma profissional ele ficou calminho. Vai ver que ele sabia da minha destreza e aptidão com a tesoura e não queria se arriscar a ser minha cobaia.

O corte foi rápido e ele deixou até passar máquina pra acertar a nuca. Mas ele ficou com uma cara de mocinho! Tão lindo!

Ainda não fotografei porque não deu tempo - depois que cheguei em casa foi a correria habitual da hora do almoço e ele já está dormindo. Mas assim que ele acordar eu fotografo.

Meu mocinho!!

Enquanto eu estou indo com a farinha...

... ele já voltou com o bolo.

Logo que ele começou a andar descobriu como era divertido desenrolar o papel higiênico. Batia a mão no rolo até ficar só o miolo, o papel todo desenrolado no chão. Por causa disso, criamos uma nova regra em casa: as portas dos banheiros sempre fechadas. Claro que algumas vezes acabamos esquecendo uma porta aberta, e aí ele aproveitava para brincar com o papel ou para entrar no box, pegar a piscina inflável - nossa aliada para o banho, com a piscina ele fica sentadinho brincando e não circulando dentro do box - ainda molhada e entrar nela, de roupa e tudo, fingindo que está tomando banho.

Um dia meus pais vieram em casa e eu pedi para fecharem a porta do banheiro sempre que saírem, para evitar que seja desperdiçado outro rolo de papel. Minha mãe me disse: "Por que você não coloca o rolo ao contrário? Assim, quando ele bater a mão o papel não cai!" Eureka! Claro que eu já tinha pensado nisso, nessa solução óbvia. Eu só não tinha feito ainda porque... porque não.

Então virei o papel e funcionou! Mas funcionou com ressalvas, entenda que esse "funcionou" durou só no primeiro dia.

Ele entrou no banheiro e começou a bater no papel. Bateu, bateu e não aconteceu nada. Aí acabou se distraindo com outra coisa e esqueceu. No dia seguinte, depois do cérebro ter dormido e processado o novo desafio, ele entrou no banheiro e bateu no papel. Como não desenrolou, ele começou a procurar a pontinha, bem devagar. Aí achou a pontinha, olhou pra mim e abriu o maior sorriso e puxou com força. O papel começou a cair e ele continuava puxando. Fim do "funcionou".

E desde então os banheiros voltaram a ficar com as portas fechadas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um monte de dentes

Falei tanto que ele só tinha 2 dentes que os outros começaram a nascer todos de uma vez. Os dois de cima da frente já rasgaram a gengiva e os dos do lado já estão quase rasgando também.

O bom é que como ele já é grande não está dando muita bola pra dor na boca, passa o dia todo brincando e se divertindo como se nada estivesse acontecendo. Só durante a madrugada que ele acorda com mais frequência chorando, deve doer o suficiente pra despertá-lo do sono. Mas tirando isso, sucesso!

Agora é aquela etapa que ele para de ficar com cara de nenê e passa a ter carinha de criança. Ai que delícia! A única coisa é que ele ainda está bem gordinho. Eu vejo as outras crianças nessa fase serem mais magrinhas, mas ele está uma bolinha! Não sei se é normal, se ele vai emagrecer mais pra frente ou se tenho que começar a me preocupar com o peso dele agora.

Mães: sempre preocupadas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Zóião, definitivamente

Não adianta dizer "coitadinho", porque ele é zóião mesmo.

Todos os dias eu dou o almoço dele, depois dou a fruta e vou almoçar enquanto ele brinca. E todos os dias, enquanto eu almoço e ele brinca, ele vem na minha perna e fica falando "Dá! Dá! Dá! Dá!", querendo o que quer que eu esteja comendo. Eu ponho um pouquinho de almoço - vou falar assim para ficar genérico - na boca dele e ele sai feliz, dançando e volta a brincar. Em 3 minutos lá está ele de novo, pedindo mais "Dá! Dá! Dá! Dá!", querendo outra bocada. E assim vai até eu terminar meu almoço.

Agora diz que ele não é zóião!?

Tem coisas que só o pai faz pra você

O Fe ficou brincando com o Pedro enquanto eu fazia o jantar dele. As brincadeiras dos dois são sempre as mais engraçadas, perigosas e de coisa que não pode.

Então o Pedro ficou quietinho, não deu um pio e eu estranhei. Nem rindo ele estava. Aí o Fe chegou na cozinha com a cesta que eu uso para levar as roupas para a máquina de lavar e quem estava dentro?? O Pedro.

Assustada, achei que ele estaria com medo, mas quando olhei pra carinha dele percebi que ele gostou bastante da brincadeira. Estava quietinho, calmo, olhando pra tudo como se estivesse no berço dele. Fomos para a sala e o Fe colocou ele em cima da mesinha-ex-de-centro enquanto passava Mister Maker. E ele ficou lá quietinho, assistindo na maior preguiça. Chegou uma hora que ele até colocou o pé para cima, na maior folga. Nem deu bola quando eu cheguei perto com a câmera, nem ligou pra mim nem pro Fe. Duvida? Veja o vídeo!



http://www.youtube.com/watch?v=WUbeq101EZk

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Depeche Mode

Enquanto eu brincava com o Pedro ontem a tarde, selecionei algumas músicas do Depeche Mode pra ficar ouvindo. Ficamos correndo pelo corredor, brincando de bola, dançando. Eu adoro dançar com ele no colo, enquanto eu o giro e o balanço ele adora e dá gargalhadas.

Eu estava cantando, estava tocando Enjoy the Silence, nós dois girando, dançando e chegou o refrão. Eu continuava cantando. De repente, um estalo. Eu tinha acabado de cantar "All I ever wanted, all I ever needed is here in my arms" e quando me dei conta, estava com o Pedro nos braços, olhando pra mim e sorrindo. Tem tradução melhor do que isso?

Certeza que nunca vou me esquecer deste ocorrido.

E pra celebrar, eis a música!


terça-feira, 13 de julho de 2010

Queixada, o ajudante do Queixo-Rubro

Só quem já assistiu Os Padrinhos Mágicos vai entender o título. Quem não assistiu, um dia eu explico.

O Pedro está andando mais do que engatinhando. Quando engatinha, é por pura preguiça ou quando está brincando. E numa dessas poucas engatinhadas diárias, acabou escorregando e bateu o queixo no chão. Chorou pra caramba, ficou assustado, mas parou de chorar em 1 minuto depois que foi distraído com outra coisa.

No dia seguinte o veredicto: uma marca roxa no queixo, mas bem roxa mesmo. Deu dorzinha no coração.

E ontem eu percebi que um dente de cima está querendo rasgar a gengiva. Ele estava quietinho, parece que nem tinha percebido, mas foi só eu falar que ele começou a sentir a gengiva incomodando. Tomou banho e quando acabou a farra, enquanto eu punha a fralda e a roupa, ele começou a morder com os dentes de baixo, apertando bem a gengiva em cima onde está o dente querendo nascer. Claro que doeu e ele começou a chorar. Mas chorou com lágrimas verdadeiras, porque estava doendo mesmo. E quanto mais doía, mais ele mordia. Aí terminei de vestir a roupa nele e passei Nenedent, que não sei se aliviou ou mudou o foco - já que é docinho e ele ficou lambendo -, mas depois de tomar a mamadeira noturna dormiu super bem.

Ainda bem que quando a gente cresce não lembra dessas coisas. Dor de gengiva rasgando não deve ser muito gostoso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Lavagem cerebral

Quem é mãe ou pai sabe do que eu vou falar: a lavagem cerebral que sofremos quando nosso filho (ou filhos) assiste TV, sempre os mesmos programas, como aqui em casa que a TV sempre fica no Discovery Kids.

Nada tenho a reclamar, pra começo de assunto. Tenho muito a agradecer, pois sem o DK eu viveria num mundo sem 1 minuto de sossego. Mas como nada é de graça, o preço por ter um filho bonzinho e feliz assistindo TV é ficar o dia todo com aquelas musiquinhas - a princípio bonitinhas, depois irritantes - na cabeça.

Tudo começa quando você começa cantarolar alguma dessas músicas (do Hi-5, Backyardigans, Doki e etc.) sem perceber, enquanto está fazendo alguma coisa. O próximo passo é cantar consciente, você sabe que está cantando, mas isso não te incomoda. Mas o irritante mesmo é quando você deita a cabeça no travesseiro pra dormir e aquelas músicas irritantes começam a invadir sem pedir permissão, e seus pensamentos ou até seus sonhos ficam com uma música de fundo.

"Toot e Puddle, Toot e Puddle, um muuuundo novo a descobrir..."

"Agora dance, dance, monstro, monstro, dance!"

"Toc toc toc, alguém bateeu. Foi você? Sim fui eu!"

"Seeeeeeeus amiguinhos os Backyardigaaaans... Juuuuuuuuuntos nos somos os Backyardigans"

"Te amo mãe - ahã. Você é da hora - ahã. Mas agora tá na hora de ir pra escola"

"Uma forma que eu sou! La la la la!"

E por aí vai. O repertório é grande, acredite.

Essa noite eu fui dormir e acordei ao som de Hi-5. Irritante. Perturbador. E o pior é que eu não consigo parar de pensar ou até de cantarolar isso.

Como será que as crianças aguentam? Se eu fico com lavagem cerebral, o Pedro também deve ficar. Mas o pior é que ele gosta. Adora, eu diria. É só começar a chamada do Hi-5 que ele pára o que estiver fazendo e vai o mais rápido que pode para a frente da TV.

Agora me ocorreu um pensamento: será que ele realmente gosta ou ele foi hipnotizado por mensagens subliminares? "Veeeenha assistir! Veeeeenha assistir!" Mas seja o que for, hipnose, lavagem cerebral ou simplesmente o fato dele gostar, eu estou feliz. Pelo menos tenho uns bons minutos de sossego enquanto ele está lá.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mãe

Mãe não entende se você não come tudo que está no prato.
Mãe não aceita desculpas do tipo 'Se os outros podem, por que eu não posso?'
Mãe responde: 'Os outros não são meus filhos'.

Mãe adora ouvir o barulho da fechadura quando o filho chega.
Mãe tem cheiro de banho, tem cheiro de bolo, tem cheiro de casa limpa.

Mãe fica assustada quando vê o caso daquela modelo que morreu de anorexia:
'Eu já falei pra você comer tudo!'
Mãe fica assustada quando lê notícia de assalto.
Mãe fica assustada quando lê notícia de acidente.
Mãe fica assustada quando lê notícia de briga.
Mãe fica assustada quando lê notícia.
Mãe fica assustada.

Mãe não está nem aí para o que os outros pensam.
Mãe foge com o filho para o Egito, montada num burrico.
Mãe tem sonho.
Mãe tem pressentimento.
Mãe tem sexto sentido e sétimo, oitavo, nono, décimo.
Mãe não faz sentido (para quem não é mãe).

Mãe chora ao pé da cruz.
Mãe chora em rebelião.
Mãe chora se o filho é messias ou bandido...
Mãe acredita
Mãe não pode ser testemunha no tribunal
Mãe é café com leite.
Café com leite, pão com manteiga, biscoito, bolacha de água e sal, banana cozida.
E ainda faz você levar um pedaço de bolo pra casa.

Mãe só tem uma, mas é tudo igual.
Mãe espera o telefone tocar.
Mãe espera a campainha tocar.
Mãe espera o resultado do vestibular.
Mãe espera o carteiro.
Mãe moderna espera e-mail.
Mas espera.
Mãe sempre espera.

Mãe ama. Ama incondicionalmente!
Assim, verbo intransitivo, como queria Mário de Andrade.
Porque, se é mãe, já se sabe o que ela ama.
A culpa é da mãe, dizem os freudianos superficiais.
Os verdadeiros freudianos sabem que, sem mãe, nada feito.

Uma amiga costuma dizer: 'Pai é palhaço, mãe é de aço'.
A frase é interessante, porque o aço é uma liga de ferro e carbono.
Ferro é o símbolo da força; carbono é o elemento presente em todos os organismos vivos.
A mãe constitui a liga entre a fragilidade e a força do indivíduo.
Não há algo mais vulnerável e mais sólido que a maternidade.
Mãe é de aço.

A esta altura, você deve estar perguntando:
'Mas por que esse cara está falando tanto de mãe?'
A verdade é que eu não sei.
Talvez seja porque a palavra mãe não tenha equivalente.
Já notaram? Mãe só rima com mãe.

(sem autoria conhecida)

Fim de semana

Como teve o (infelizmente último) jogo da seleção na sexta, fomos pra São Paulo assistir na casa do Dudu e o Fe foi na dentista. Então resolvemos aproveitar para passar o fim de semana por lá.

O Pedro foi super paparicado pela Francis e pelo tio Frank, pela Xeba e pelo Dudu. Foi um fim de semana super legal, mas o Pedro acordava bem mais cedo que o habitual e dormia mais tarde também. No domingo teve o churrasco de aniversário do Ivan e tinha a maior galera lá pra brincar com o Pedro.

Aí voltamos pra casa.

O Pedro demorou pra dormir no carro e acordou bem antes de chegarmos em casa, já nervoso por estar preso na cadeirinha. Pensei "Legal."

Chegamos em casa e fizemos tudo conforme a regra e horário domiciliar: jantar, sobremesa, brincadeiras, banho, leitinho e berço. E ele não dormia. Lutava contra o sono, encostava a cabeça no meu ombro mas logo se levantava esticando o braço para a porta do quarto e fazendo "Hunn!" querendo sair pra brincar mais. Pilhado.

Cantei Nana Nenê e nada. Tentei niná-lo no colo e nada. Deixei ele no berço sozinho e ele chorou querendo companhia - isso só acontece quando ele realmente está sem sono, porque quando está com sono acaba dormindo sozinho. Levei ele pro meu quarto e o Fe ficou distraindo ele com o ventilador de teto. Nada.

Ele foi dormir já era mais de meia-noite, depois de outro leitinho quente e muita paciência. Aí acordou na segunda às 11:00h ainda com sono - quase dormiu tomando o leitinho do café da manhã-, almoçou e ficou com sono super cedo, e às 13:30h já estava dormindo de novo. Dormiu até às 16:30h. Estava cansado mesmo!

Hoje conseguimos voltar à rotina, ele acordou na hora certa, fez tudo certinho. Até que foi rápido. Quando bagunça assim, normalmente leva uns 3 dias pra ele voltar ao horário certo, mas dessa vez só levou 1 dia.

Agora no próximo fim de semana quero ficar em casa, dentro dos horários certos, por favor!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alarme falso

Não é catapora. É alergia.

Ele é alérgico a alguma coisa que eu ainda não descobri. As bolinhas que apareceram podem ser reação alérgica a uma única picada de inseto. Aí o corpo responde fazendo aparecer mais um monte de bolinhas, como se ele tivesse levado mais de uma picada.

Agora estou feliz, sabendo que não é nada grave.