terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pé na estrada! - parte 2

Pedro sempre fazendo gracinha

Bom, prosseguindo com a história da viagem, dormimos em um hotel em Niagara, o Daniel no berço e eu, o Fe e o Pedro na mesma cama. Acordamos no dia seguinte, tomamos café da manhã e fomos pras cataratas. É lindo. Tem um parque lindo, a gente foi caminhando e parando em todos os mirantes das cataratas. A única coisa que atrapalhou um pouco é que estava frio, mas se fosse um dia de sol seria o dia perfeito. Ficamos umas 2 horas nas cataratas, tiramos muitas fotos, o Pedro correu um pouco, o Daniel ficou só no canguru no colo quentinho do papai.


Do lado de cá, Estados Unidos. Do lado de lá, Canadá.


Daniel no seu "casulo", protegido do frio

Depois pegamos estrada de novo, voltando para Cleveland. Chegamos lá de noite, dormimos e no dia seguinte fomos passear no museu de ciências da Nasa, que foi muito legal também. O Pedro brincou muito, se divertiu bastante porque tinha muita coisa feita para as crianças. Passamos a tarde inteira nesse museu.


Cápsula da Apolo Skylab 3


Daniel sempre de bom humor

Pedra retirada da Lua

Pedro montando um DNA
Depois pegamos mais 3 horas de estrada até chegar em casa, com uma parada pra dar comida pro Daniel. O mais impressionante de tudo isso é que as viagens foram muito, muito tranquilas. Os dois, tanto o Pedro como o Daniel, ficaram quietinhos e calmos e dormiram a maior parte do tempo. O Daniel é o melhor bebê do mundo, não dá trabalho nunca! Viajar com ele, pegando 3 horas de estrada durante 4 dias foi como se não tivesse um bebê com a gente. Ele está sempre bonzinho, sempre rindo, não chora nunca. Dormiu em 3 hotéis diferentes durante 3 noites seguidas, viajou 12 horas de carro (no total), passeou no parque, no museu... e foi tão, mas tão tranquilo! Deus, obrigada pelos meus filhos! Às vezes eu nem sei se mereço tanto, o Pedro é uma criança linda, divide brinquedos, é bonzinho, está sempre alegre e adora brincar com outras crianças. E o Daniel está sempre feliz, sempre sorrindo, não reclama de nada, não me dá um pingo de trabalho! Obrigada, Deus! Eu não me canso de agradecer!

Agora estamos no hotel, se tudo correr bem passando os últimos dias aqui. A nossa próxima viagem vai ser de avião de volta pra casa, eu, o Fe e os dois melhores filhos do mundo!

Pé na estrada! - parte 1

Quinta-feira passada, dia 25, foi o feriado de Thanksgiving. Então tínhamos 4 dias de "mini-férias" pra curtir. Estávamos planejando viajar, ainda sem saber pra onde e o Pedro ficou com febre. Ficou 4 dias com febre muito alta, de quase 40 graus, eu tendo que acordar ele de madrugada pra dar banho morno pra baixar a temperatura. Então os planos de viagem ficaram um pouco suspensos até a gente descobrir o que ele tinha.

Por sorte consegui falar com o oráculo da pediatria, o Dr. João que é pediatra dos meninos. Até hoje ele não errou uma! Ele me disse na hora que pelo histórico do Pedro, achava que a febre alta fosse garganta inflamada. E era mesmo! Com uma super chave-de-perna prendi os braços e pernas do Pedro no meio das minhas pernas. Segurei uma lanterna em uma mão e uma colher na outra, empurrei a cabeça dele pra trás com o cotovelo e consegui baixar a língua dele pra ver a garganta. Tinha umas bolinhas brancas, tadinho. Mas isso foi bom, porque dor de garganta não é nada grave e é fácil de curar. Então, na quarta-feira à noite, decidimos viajar na quinta.


Acabamos saindo tarde, eu ainda tinha que lavar as roupas, preparar as malas, estava todo mundo com pregucinha. E então começamos a viagem. Fomos para Cleveland, em Ohio, primeiro. Daqui pra lá são 3 horas de estrada, mais algumas paradas por causa dos meninos, fizemos em umas 4 horas e pouquinho. O legal dessa estrada é que passamos literalmente do lado de uma usina nuclear, coisa mais linda. Só não consegui fotografar porque estava muito escuro, mas deu até friozinho na barriga por estar tão próxima de uma usina daquelas.

Chegamos em Cleveland, dormimos, acordamos no dia seguinte, juntamos as "tralhas" e fomos tomar café da manhã. Em plena Black Friday, todo mundo saindo pra fazer compras e aproveitar os preços extremamente baixos e nós na maior indiferença, tomando café da manhã no Denny's.



Depois acabamos parando em um shopping pra trocar as fraldas dos meninos e ir ao banheiro e seguimos viagem para Niagara, não queríamos demorar porque seriam mais 3 horas de viagem (sem contar as paradas). No caminho paramos em um Dunkin Donuts pra dar uma banana pro Daniel e comprar alguma coisa pro Pedro comer e na saída fomos em uma loja procurar mala de viagem (ainda precisamos de mais uma) e o Pedro acabou encontrando uma seção com vários carrinhos do primeiro desenho do Carros. Claro que eu e o Fe fizemos a rapa, pegamos todos os carros que encontramos que ele ainda não tem, e o Pedro pegou 3 caixinhas de carros e se escondeu dentro de uma arara de roupas pra ficar olhando sem que eu e o Fe pudéssemos tirar os brinquedos das mãos dele. O Fe foi pagar os brinquedos escondido (porque os carros vão ser presente de Natal) e eu fiquei com o Pedro tentando fazer ele devolver aqueles carros que ele pegou. Ele devolveu super bonzinho, veio no meu colo e ficou esperando o Fe sair do caixa. Na verdade ele achava que o pai estava comprando os carros pra ele - achava certo, só não sabia que não ia ser pra agora. Chegamos no carro e ele ficou pedindo o carro e demos um azul, só pra ele acalmar. Ele pegou o carro e disse: "Não é esse! Outro Ca-Chaw!" - e agora, malandro? Não tínhamos comprado outro McQueen. Seguimos viagem, achando que ele acalmaria, mas quanto mais íamos embora, mais ele chorava pedindo "outro Ca-Chaw". Meia hora depois ele parou de chorar e eu olhei pra trás. Ele estava com a cabeça encostada na lateral da cadeirinha, olhando para o nada, com uma cara que parecia que tinha morrido alguém que ele gostava muito. Cortou o coração. Chegamos em Niagara e fomos procurar a mesma loja pra comprar o carro pra ele, e foi até legal porque o Fe achou outros dois carros que não tinham na primeira loja. Quando ele ganhou o "outro Ca-Chaw" o humor mudou drasticamente! Eu e o Fe achamos que ele queria tanto que devia ter até doído. Como pode alguém ser tão viciado em um brinquedo?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cheio de graça



O Pedro soltou um pum. Eu perguntei:
- Quem soltou esse pum?
- O papai! - ele respondeu, na maior cara de pau.
- O papai? Tem certeza? - o Fe perguntou.
- O papai... Ha ha ha!

Estávamos no carro indo ou voltando de algum lugar, o Pedro começa a me chamar:
- Mamãe? Mamãiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Mamãe?
- Que foi, Pedro?
- Pum... ati! - e fez barulho de pum.
- Pum? Quem soltou pum?
- O Pí-o. Huuumm... fedido!
Pí-o é como ele fala Pedro.

Fui trocar a fralda do Daniel e quando voltei descobri que o Pedro tinha brincado de "lavar" os carrinhos e o caminhão dele com metade de uma mamadeira de leite com chocolate. Descobri porque ele me chamou e mostrou o que tinha feito. Eu só gritei "Ai, Pedroooo!!" e ele correu pro meu quarto e foi brincar com o Daniel. Quando eu terminei de limpar tudo fui para o meu quarto. Ele sentou na cama, me olhou com intensidade e disse: "Cucupa, mamãe?" Tem como não desculpar depois dessa?

De tarde peguei o Pedro pra dar o remédio. Ele nunca quer, mas depois que toma acha gostoso e quer lamber a colher. Depois de algum custo consegui fazê-lo abrir a boca, mas ele fez tanta frescura fingindo que não estava gostando que acabou engasgando e começou a tossir. Tossiu, tossiu, foi na direção do sofá e vomitou bem em cima do sofá. Me chamou pra olhar dando risada, achando engraçado aquele "mini-gorfo" no sofá.

Se tem uma coisa que eu não tenho nessa vida é tédio. Por que será?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mãe Leoa

Minha mãe sempre me disse que as mães são como leoas: "Não mexa com a minha cria!" Eu achava isso exagerado e engraçado, nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Mas aconteceu. Quando o Pedro nasceu, nasceu em mim a Leoa, meu alter-ego tão protetor, bravo e irracional que às vezes tenho que me concentrar muito pra que ela não me domine.

Uma vez na festa junina da escola do Pedro tinham umas crianças brincando de bola. As crianças eram maiores que o Pedro, mas assim que o Pedro viu a bola e as crianças começou a correr junto. Então a bola veio pro lado dele, e ele todo desajeitadinho correu atrás e se abaixou pra pegar a bola... e outro menino grande o empurrou, pegou a bola da mão dele e saiu correndo. O Pedro ficou ali no chão sentado, com uma expressão de quem não estava entendendo nada, sem saber se voltava a correr atrás da bola ou se ficava ali só olhando. Ouvi a Leoa rugindo. "Calma, Leoa... Calma." Meu sogro pegou o Pedro no colo (ele estava mais perto que eu) e o levou pra tentar "pescar" uma bola na barraca da pescaria. A Leoa queria pegar aquele moleque pelos ombros e perguntar qual era o problema dele, arrancar a bola das mãos dele e levar para o Pedro. E falar que se ele ousasse fazer aquilo de novo, que ela não ia ser tão boazinha. E eu tentava silenciar a Leoa, pensando que o Pedro tem que aprender com as adversidades também e que nem sempre as pessoas vão ser legais com ele. E a Leoa dizia: "Uma ova! Se alguém tentar não ser legal com ele vai se ver com a minha fúria!" Calma, Leoa... respira... "Deixa aquele monstrinho vir pra perto do Pedro de novo..." Calma, Leoa...

E às vezes a Leoa aparece em situações em que teoricamente ela não tem que aparecer. Como quando o Pedro encontra algum amigo nosso, "tio" ou "tia" para ele, fica feliz por ter encontrado alguém pra brincar com ele e começa a cantar "No Riiiiiiio, no Riiiiiio" (a música do filme Rio) e a pessoa não entende o que ele está cantando e não dá atenção. E ele canta de novo, pra pessoa cantar com ele, com aqueles olhinhos felizes e esperançosos, e a pessoa só sorri. A Leoa grita dentro de mim "Por que todas as pessoas que ele conhece não vão logo assistir esse filme pra entender que música ele está cantando? Ele está ali tentando socializar, cantando feliz e a pessoa só sorri?? Quer fazer o favor de cantar com ele?" Irracional, mas a Leoa é irracional.

De vez em quando ele encontra algumas crianças americanas no hotel, mas algumas crianças não gostam de conversar com estranhos, nem que o estranho seja uma criança também. Ele chega muito feliz, sorrindo, dizendo "Hi!" e mostrando os carrinhos dele, dizendo "Cacau!" (Ca-chaw, como diz o McQueen dos Carros) e as crianças continuam andando como se ele fosse uma sombra. Ele corre de novo, diz "Hi!" ainda mais alto, sorri, e as crianças não ligam. A Leoa aparece. "Seus monstrinhos, vocês pensam que são melhores que ele? O que custa olhar e falar 'Hi', nem que seja pra ir embora depois, mas dê um pouco de atenção! Ele só quer brincar com vocês! Crianças metidas..." Ela ainda fala muitos palavrões quando está brava, mas não vou transcrever aqui.

Outra ocasião em que a Leoa aparece é quando alguém vem tentar mandar no Pedro. Uma coisa é eu dar bronca nele. Outra é alguém tentar dar lição de moral, mandar ou dizer o que eu devo ou não fazer com ele.  A Leoa é implacável. "Quem ela pensa que é pra vir mandar no meu filho? Ela nem tem filhos pra vir tentar me ensinar como agir com ele! Ah, mas ela vai ouvir poucas e boas..." E eu: "Não, não, não Leoa!! Calma, pelo bem da amizade que eu tenho com ela ou pelo bem do relacionamento em geral... esquece, deixa pra lá." E a Leoa: "Como deixar pra lá, eu não posso deixar isso quieto!" e por aí vai, até que eu consigo controlar a fúria dela, ou pelo menos fazer ela falar mais baixo.

Ah, essa Leoa... Sempre aparecendo quando eu não quero.


Dodóizinho

A vida corria bem pros meninos, o Pedro já está acostumado a passar o dia dentro do quarto comigo e o Daniel é aquele anjo que eu não tenho o que reclamar  - só me dava um pouco de trabalho à noite, acordando a cada 20 minutos, 30 minutos... o bônus da noite era quando ele dormia 1 hora.

Quarta-feira passada coloquei a galera pra dormir, fui tomar banho e deitei na cama pra ler meu livro, como sempre. O Fe já estava roncando. Meia-noite o Daniel acorda chorando, tentei dar a chupeta mas ele não quis, tive que dar mamá. Ele mamou e no finzinho começou a chorar muito, gritando, levantei com ele e ele começou a tossir e vomitou tudo e percebi que ele estava com febre. EPA! Dei antitérmico pra ele dormir e no dia seguinte de manhã o Fe já ligou no convênio perguntando em que hospital poderíamos levar o Daniel.

Fomos parar num aqui perto, na verdade nem era um hospital, era uma clínica. Chegamos lá e antes mesmo de perguntarem o que estava acontecendo já pediram 100 dólares para pagar a consulta. Depois de algumas ligações para o convênio e depois de esperar MUITO o convênio mandar o voucher para o fax deles, conseguimos fazer a ficha de atendimento. A essa altura do campeonato o Daniel já estava queimando em febre no meu colo e quando fomos atendidos já estávamos esperando a mais de duas horas.

A enfermeira mediu a febre (ele estava com 39,5) e trouxe Tylenol pra ele. Quando a médica veio ela olhou os ouvidos enquanto o Daniel gritava muito, deu uma olhada de leve na garganta e saiu. Quando voltou disse que ia dar receita para antibiótico, porque o ouvido dele estava meio vermelhinho, mas ela achava que também podia ser porque ele estava chorando. Mas era pra gente procurar um pediatra, se fosse possível.

Dar antibiótico sem ter certeza do que é?? Claro que não! Voltamos pro hotel pra almoçar - já era quase 5 horas da tarde - e o Fe teve que ir acompanhar um teste no trabalho dele. Quando ele voltou, deixamos o Pedro com a Renata (mãe da Valentina, amiga do Pedro) e fomos procurar um hospital por conta própria. Acabamos parando em um que o Fe já tinha passado na frente e eu entrei pra perguntar se tinha pediatra. A recepcionista disse que não, mas me deu o nome de 3 hospitais que cuidam de crianças e que normalmente tem pediatra 24 horas. Nisso a outra recepcionista veio e me sugeriu ir para o hospital da universidade, porque segundo ela o atendimento lá com crianças era muito bom. Fomos.

Quando entrei no hospital com o Daniel no colo a recepcionista só me perguntou o nome dele, a data de nascimento e qual era o sintoma. Em 5 minutos já chamaram a gente, um enfermeiro grande na altura e na largura, com um daqueles sorrisos de quem está sempre de bom humor. Mediu a febre do Daniel (estava 39,6 nessa hora) e ele e outra enfermeira perguntaram um questionário infinito sobre ele. Depois que respondemos tudo, nos levaram pra uma quarto e logo apareceu o pediatra. Perguntou mais 50 coisas que ainda não tinham perguntado e veio ver o Daniel. Pediu pra tirar a roupa, apalpou barriga, ouviu o peito com o estetoscópio, olhou ouvidos e a garganta - a garganta ele olhou do mesmo jeito que a outra médica, só jogou uma luz lá dentro sem abaixar a língua - e disse que aparentemente estava tudo bem e pediu exames de sangue e urina.

A enfermeira entrou com os kits para colher sangue e urina (a urina teve que ser colhida com sonda) e nessa hora eu tive que sair da sala, porque não aguento ver sangue, agulhas nem nada que machuque os outros, quanto mais meus filhos. Fiquei chorando no corredor, andando de um lado para o outro enquanto esperava o tempo que parecia infinito para acabarem logo com aquilo. Acabou e eu entrei. O Daniel estava chorando muito, assustado, o Fe estava branco que nem papel. Nessa hora eu não sabia o que pensar: se tinha sido bom eu não ver para não passar mal ou se eu tinha que ter ficado com o meu filho pra que ele se sentisse mais seguro, apesar do Fe ter ficado com ele durante todo o processo. Nas duas hipóteses eu me sentia culpada: uma porque sou uma banana que não aguento ver sangue e outra porque sou desnaturada por não ter ficado do lado dele quando ele precisava de conforto. Até agora me sinto mal por isso. Mas então eu peguei ele no colo, ele estava só de fralda, sentei na cadeira e o cobri com uma manta e fui dar mamá pra ele. Ele mamou e dormiu em 3 minutos, estava exausto pela febre, pelo stress e pelo horário, já passava das 11 horas da noite. Ficamos esperando mais de uma hora até saírem os resultados dos exames e enquanto isso eu fiquei com o Daniel no meu colo, rezando muito para que ele sarasse logo e que não fosse nada grave. Já é ruim o filho ficar doente perto do pediatra, pior ainda é ficar doente longe de casa, longe do pediatra dele e em um lugar que eu não conheço pra saber onde levar.

O pediatra voltou e disse que os exames não deram nada e que provavelmente era alguma virose que o corpo estava lutando pra combater, mas que era pra levarmos ele em uma pediatra que ele passou o nome e telefone, para acompanhar o estado dele no dia seguinte. Ao mesmo tempo que eu fiquei aliviada por não ser nada grave, fiquei preocupada por não saber com certeza o que estava dando aquela febre tão alta.


No dia seguinte ele amanheceu melhor, mas eu ainda estava preocupada. De tarde ele estava dormindo e eu fui dar um beijinho quando reparei que o ouvido dele estava cheio de cera de novo (eu tinha limpado no dia anterior, quando voltamos pra casa do primeiro hospital). Achei esquisito e um pouco suspeito, chamei meu pai no skype (santo skype!) pra perguntar se podia ser dor de ouvido e ele disse pra eu limpar o ouvido do Daniel e ver como era a cera, e eu me lembrei que achei estranho quando vieram olhar o ouvidinho dele no hospital e ele chorou muito. Quando o Daniel acordou eu limpei e mostrei o cotonete para o meu pai pela câmera e voilà: otite. Fiquei tão aliviada que parecia que tinham tirado um peso das minhas costas. Otite, simples, nada de tão grave, fácil de curar. Eu já tinha me antecipado à viagem e trouxe uma farmacinha com todos os remédios que o pediatra deles sugeriu, então estava fácil. Nessa mesma noite o Daniel dormiu bem melhor e no dia seguinte já não tinha mais febre. Desde que começou a curar a otite tem dormido muito melhor acordando de 4 em 4 horas e isso tem sido o céu. Pra quem acordava a cada meia hora, dormir 4 horas seguidas é perfeito! E por isso eu acho que ele devia estar com otite faz tempo, mas só agora deu a dor insuportável. Já tem muito tempo que ele não dorme bem à noite e depois que comecei o tratamento pra otite ele tem dormido muito melhor.

Filho não devia ter que passar por dor ou desconforto. Queria tanto que as coisas que eles tem que pegar dessem em mim, eu não ligo de ficar doente no lugar deles. Ou como diz minha cunhada Carol, quando eles tem que tomar remédio ou injeção, nós poderíamos tomar e passar pra eles pelo leite. Não ia ser muito mais fácil?

Daniel tomando remédio
Mas agora a paz voltou a reinar. O Pedro está sapeca, o Daniel está saudável e a mamãe está feliz!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"Nosso" computador



Estou em dívida com meus fiéis seguidores. Acontece que eu perdi meu computador para o Pedro. Quando as coisas estão mais calmas (entenda-se: quando o Daniel está dormindo) o Pedro quer ver algum DVD ou vídeos do YouTube. Ou seja, o pouco tempo que eu tinha para usar o computador pra mim acabou: agora o Pedro tem usado muito mais que eu.

Mas basicamente as coisas estão iguais: o frio começando; tem feito uns 9 ou 10 graus durante o dia, nós 3 aqui no quarto do hotel, brincadeiras que eu nem sei mais como inventar, e paciência pra que te quero.

Checando o resultado depois de cortar o cabelo

A coisa boa é que agora parece que o Daniel está aprendendo a comer. Pelo menos agora, e esse agora é bem recente, tipo de uns 3 dias pra cá, ele abre a boca quando vou dar a papinha. Antes era bem difícil, porque como ele não abria a boca eu só conseguia por a pontinha da colher na boca dele e até ele comer a tigelinha inteira levava muito tempo. E o intestino que estava se adaptando (antes funcionando dia sim e dois não) agora está bem adaptado, funcionando 3 vezes por dia. Mas quanto ao sono... isso ainda estou sofrendo. De sábado pra domingo ele acordou a cada 20 minutos durante a noite. Essa noite foi excelente, ele acordou só as 4:00h e às 8:00h da manhã. A consequência por eu ter dormido "tanto" é que eu acordei com dor de cabeça, acho que o corpo estranhou a boa noite de sono.

Acabando de acordar da soneca da tarde

O Pedro está ficando acostumado à vida dentro do quarto de hotel. Agora ele já não pede pra sair quando o Fe chega, mas o lado negativo disso é que ele está extremamente grudado comigo. Vou ter que trabalhar a separação nele quando voltarmos para casa, principalmente pra ele ir pra escola. O bom é que minha sogra mora pertinho e é uma ótima "administradora infantil" e vai me ajudar a fazer o Pedro lembrar de como ele é independente.

Café da manhã

E a novidade mais legal de todas é que agora eu ganhei uma câmera profissional. Eu já quase não saía nas fotos antes, porque quem está fotografando sou sempre eu, agora então... vai ser raro me ver em alguma foto. Vai parecer que eu não estou nos lugares com os meninos! Mas o Fe me prometeu que ia pegar algum gosto pela fotografia, o suficiente pra ter vontade de fotografar algumas vezes, me fazendo aparecer nas fotos. As fotos deste post já são as da câmera nova.


Logo eu volto (ou não logo) para novos posts.