segunda-feira, 9 de abril de 2012

Justificativa 2

Pedro chega chorando na cozinha:

- Mamãe, o papai ficou bravo!
- Por que o papai está bravo, Pedro?
- Porque o Daniel está chorando. Chorou, chorou, chorou...
- E por que o Daniel está chorando? - perguntei com medo da resposta.
- Porque o Pedro pisou no pé dele. Doeu e ele chorou, chorou, chorou...
- Então o papai está bravo com razão!
- Não razão, mamãe! Papai tem que ficar bonzinho!

sábado, 7 de abril de 2012

Justificativa

Pedro chegou na cozinha enquanto eu tomava café da manhã com a caixa de carrinhos cheia e pesada nas mãos e pediu ajuda pra colocar em cima da cadeira. Logo subiu na cadeira e colocou a caixa em cima da mesa, empurrando meu café da manhã pra abrir espaço para os carrinhos dele.

- Pedro, aqui não é lugar de brincar. Vai lá pro quarto de brinquedos com a sua caixa.
- Não, mamãe. Quero brincar aqui - ele respondeu, com cara de "criança-anjo".
- Em cima da mesa, Pedro? Estou tomando café! Então coloca tudo isso aí no chão - eu pedi.
- Não mamãe. No chão tem barata, um monte de barata. Elas vão comer meus carrinhos: este, este, este, este.  Todos os carrinhos! Tem que ficar na mesa.

Baratas no chão da cozinha? Do tipo das que comem carrinhos, todos eles? Desse jeito nem dedetização resolve! Isso é coisa para Man in Black!


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ahãn. Tudo bem.

Segundo o médico, eu tenho que ficar 4 semanas andando de muletas, sem apoiar o pé quebrado no chão. Fácil na teoria. Acho que ele não tem filhos! Se tivesse, saberia que é impossível! O Pedro faz cocô na cueca, tenho que correr com ele pro banho antes que meleque tudo, o Daniel mexe na água da privada, o Pedro sobe na janela, o Daniel bate a cabeça na mesa, tenho que levar o Pedro pra fazer xixi, o Daniel vai pro quintal e escala as escadas, tenho fraldas pra trocar, encher copos de água para eles, preparar e dar café da manhã, almoço, lanchinho e jantar para os dois, preparar frutas, sucos, socorrer filhos de situações perigosas, acolher quando eles choram, por e tirar o Daniel do berço, dar mamadeira e fazer o Daniel dormir, preparar a mochila do Pedro pra escola e ainda brincar com eles. Ficar sem o pé no chão só se eu me trancasse num quarto à prova de som, sozinha. Porque com dois filhos pra cuidar, dois pés são até pouco!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Engano

Pedro: - Mamãe, mamãe! Quero fazer cocô! O cocô está saindo!
Eu: - Vamos, filho! Corre, corre!
Pedro, parado no mesmo lugar: - Ah, não. Era pum!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amor perfeito

Não consigo me lembrar da época em que eu tinha medo de não amar o novo bebê que estava dentro da minha barriga do mesmo jeito que eu amava o Pedro. Achava que era impossível sentir aquele mesmo amor enlouquecedor por outra pessoa, o amor que tira o ar, o amor que faz o coração explodir dentro do peito. E aí o Daniel nasceu.


Ele ganhou um espaço extra no meu coração, como se meu coração tivesse aumentado pra caber exatamente a mesma quantidade de amor esmagador que eu sentia pelo Pedro, só que desta vez o amor era dele. Ainda não sei como alguém consegue sentir tanto amor sem ficar louca. O amor que a gente sente por um filho é a maior coisa do mundo. Por dois filhos, então... é imensurável!

O Daniel nasceu de um parto fácil e tranquilo, tão lindo que parecia um boneco, chegou em uma família que só estava esperando ele pra ser completa. Ele trouxe tanto amor que até o Pedro era apaixonado por ele logo no primeiro dia em que o Daniel dormiu em casa. Acordava de manhã e procurava pelo "Didi", entrava no carro pra ir pra escola e queria que o "Didi" estivesse na cadeirinha ao lado. Esse amor entre os dois só aumentou a cada dia. Eles são extremamente companheiros, amorosos um com o outro, querem sempre estar juntos. E o abraço de família do Pedro já incluiu o Daniel com menos de 1 mês de vida. Família completa.

Não tem como não se apaixonar pelo Daniel. Ele é muito alegre, sorri o tempo inteiro, canta, dança, abraça forte tão gostoso, é muito carinhoso e faz um charme de derreter corações. Ele tem o cheirinho mais gostoso, as coxinhas mais fofas, o cabelinho mais engraçadinho que só cresce atrás e o sorriso mais encantador do mundo! Ele me faz esquecer de tudo quando sorri ao me ver entrar no quarto, quando estica os bracinhos pra vir no meu colo, quando deita a cabeça no meu ombro e "canta" pra dormir.

Quanto amor um coração pode sentir? Quando acho que já cheguei no meu limite ele me abraça tão gostoso e eu sinto meu coração batendo tão acelerado dentro do peito que parece que vai explodir de tanto amor! Se antes eu tinha uma razão pra viver, hoje eu tenho duas. Duas lindas razõezinhas que põem sentido em toda a minha vida, que me dão força pra continuar mesmo quando estou cansada, que me fazem querer ser melhor em tudo para poder dar o melhor de mim pra eles. Os filhos ensinam aos pais muito mais do que os pais ensinam aos filhos. Os filhos ensinam que o amor não tem limites.

E o Daniel chegou pra somar, para me dar mais amor do que eu jamais imaginei que pudesse sentir. Mesmo se eu pudesse escolher, não teria conseguido imaginar um bebê tão lindo e perfeito, tão perfeito que às vezes me pergunto se eu mereço tanto. Só tenho que agradecer a Deus por ter confiado essas duas vidas maravilhosas para mim.

Hoje o Daniel completa seu primeiro ano de idade, o primeiro aninho que voou tão rápido que parece que o tempo sumiu em alguns pedaços. Tem certeza que já passou um ano? Não pode ser! Quem deixou ele crescer tão rápido? Meu bebê. Não importa quantos anos vão se passar, ele vai ser sempre meu bebê. Meu filhinho lindo que me chama de "mamã", que fala "é-ô?" quando coloca o telefone na orelha, que fala "caiu" quando cai no chão e que me abraça gostoso quando acorda de manhã.

Parabéns, meu amor! Obrigada por me fazer tão feliz! Obrigada por completar nossa família, por nos dar tanto amor e carinho, por nos fazer mais felizes a cada dia. Obrigada por dar sentido a minha vida. Obrigada por ser a minha vida!

Filhos queridos, vocês são tudo pra mim!