sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Colocando os assuntos em dia

Eu viajei. No sentido literal mesmo. Fui pra Orlando visitar a Tha e fazer compras pros dois babies, Pedro e Daniel. Fiquei só uma semana, correria total. O Pedro ficou com a minha sogra e com o Fe, o que quase me matou de saudades e acabou deixando ele mais malandro ainda.

No dia da ida, acordei bem cedo (às 5h00) e não consegui me despedir do Pedro. A intenção era dar um beijinho nele e sair, mas eu tive certeza que se fizesse isso ia perder a coragem de viajar. Aí fui embora, com o coração espremido.

A viagem foi ótima, ver a Tha foi muito bom, fazer as compras então... queria tudo! Acabei não comprando quase nada pra mim. Quando ia comprar, pensava "Prefiro gastar esse dinheiro com o Pedro e com o Daniel". Mãe fica boba mesmo...

Eu ligava pro Fe todo dia, às vezes mais de uma vez por dia. Aí tinha que me concentrar pra conseguir perguntar como ele estava antes de querer saber do Pedro. Sabe como é... pra ele não achar que eu só estava preocupada com o Pedro. Ficava sabendo das histórias das "artes" dele por telefone, mas imaginava a carinha dele aprontando. Teve um dia que ele ficou inteiro sujo de graxa, porque mexeu na correia da bicicleta da faxineira; outra vez ele ficou subindo e descendo um morrinho de grama com a Paçoca, e quando caía dava risada; acordava bem mais cedo, com os passarinhos, e já queria ir brincar no quintal. E ficou malandro.

Quando voltei, com as malas cheias de brinquedos de "culpa" para ele - aqueles que eu comprei simplesmente por não parar de pensar nele e me sentir culpada por não estar perto - foi um alívio. Ele estava no colo da minha sogra e quando me viu ficou sério, parado. Não esboçou nada. Eu fiquei chamando "Vem com a mamãe!" e quando ele veio... ai que delícia! Encostou a cabeça no meu ombro e ficou me abraçando, não queria me soltar! Me olhava e sorria, apontava pra mim e gritava. Nem preciso dizer que fiquei o dia inteirinho com ele no colo. Só queria matar a saudade do cheirinho dele, do peso, do abraço, da voz...

Demorei uns dias pra matar a saudade. Acho que até agora não consegui colocar a saudade em dia. Ele me cansa, acaba comigo, pisa na minha barriga (que já está parecendo de grávida), detona minhas costas, bagunça a casa inteira... mas eu não vivo sem ele!

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