terça-feira, 26 de julho de 2011

Experiências

O legal é descobrir pra que serve, qual é a textura e como utilizar todas as coisas.

Estava terminando de almoçar na sala e ouvia o Pedro brincando com a Paçoca na cozinha. Passos pra cá, risadas, passos pra lá, mais risadas. Nas últimas 3 garfadas, tudo ficou sinistramente quieto. Lá vem bomba. Quando chego na cozinha, vejo o Pedro besuntando a Paçoca com maple syrup que ele roubou do armário. Uma meleca, grude escorrendo pra todos os lados. Eu disse: "Pedro!" e ele levou um susto (típico susto de quem está aprontando), colocou o maple syrup no chão olhou pra mim e bateu palmas perguntando: "Eeeee???" pra saber se era legal ou não. "Não, Pedro, não é Eee." Quem acabou levando bronca foi a melequenta da Paçoca: "Paçoca, não pode deixar ele fazer tudo o que quiser com você!"

Em outra ocasião, tinha comprado um potinho de fermento pra Inês fazer um bolo de fubá e deixei em cima da mesa. Enquanto a Inês lavava a louça ("Que bom, ela está de costas") e eu amamentava o Daniel ("Melhor ainda, a mamãe não está aqui!") o Pedro subiu na cadeira, abriu o potinho de fermento, tirou o lacre e virou tuuuuuudo na mesa, espalhando com as mãos pra ver qual era o efeito. Eu ia dar banho nele mais tarde, mas não tive opção senão em dar o banho naquela hora. Ele estava inteiro branco de fermento, da cabeça aos pés.

No mesmo dia (sim, no mesmo dia), coloquei ele pra "dormir" de tarde, com uma mamadeira e um desenho passando na TV e fechei a porta do quarto, como faço todas as tardes. Tudo estava quieto, silencioso. A tão sonhada paz. De repente toca a campainha, minhas cunhadas e minha sogra vieram buscar o Pedro pra brincar com elas. Eu disse: "Acho que ele está dormindo, mas vou dar uma olhada." Por quê, me diz porque eu tinha que abrir a porta naquela hora? Eu já estava com dor de cabeça e o que eu vi não me deixou muito melhor. Ele abriu o armário e pegou uma bisnaga de talco líquido. Aquilo pareceu uma boa coisa pra brincar, então ele resolveu espalhar talco líquido por TODOS os lugares. Na mesinha de atividades, no tapete de EVA, na roupa, no rosto, no tênis, na mesa da TV, nos brinquedos e na cama. Tudo estava amarelo e com um perfume até enjoativo de tão forte. Ai minha cabeça.

Quando contei pras minhas cunhadas e sogra o que ele tinha feito, a Maura já começou a rir (claro, a gente sempre ri dos outros quando já passou por isso) e disse que uma vez a Julia espalhou shampoo no quarto inteiro e que quanto mais panos molhados ela passava, mais espuma fazia e não limpava nunca. Aaaaaai minha cabeça... Elas ainda me perguntaram brincando: "Quer ir embora com a gente e deixar os dois aí?" Não vou mentir, a oferta foi tentadora. Mas na verdade minha única opção foi limpar o quarto e dar outro banho no Pedro. E a dor de cabeça continuou pela noite toda.

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