De parar o comércio

Eu já assumi que sou coruja, portanto não adianta vir comentar sobre minha corujice depois de ler esse post. Eu já sei.

Sexta fui buscar o Pedro na escolinha e a secretária trouxe ele no colo sorrindo e me disse: "Esse é o nenê mais simpático da escola. Sorri o tempo inteiro, brinca com todo mundo, sorri para todos, está sempre feliz!"

Ai meu coração, que orgulho! O elogio foi pra ele, mas foi como se tivesse me elogiado mil vezes. Sim, sim, mãe é bicho bobo. Aí já liguei pra família inteira pra contar - família inteira leia-se avós e tia coruja, que no quesito corujice não sei quem ganha. Uma pior que a outra. Mas eu tive que ligar, não estava aguentando guardar todo esse orgulho só pra mim. Então espalhei um pouquinho por aí.

Sábado a tarde fomos num mercado novo que abriu aqui. Sim, coisa de caipira essa de visitar novos estabelecimentos como se fossem o evento. Mas na falta de opções temos que estar atentos a tudo. E o mercado novo é até bem legal. Entramos no mercado e colocamos o Pedro no carrinho de dois andares, sentado no andar de cima, como sempre fazemos. E ele fica sentadinho quietinho apontando pra tudo o que ele quer pegar e olhando pra todas as pessoas. Logo que passamos a "linha de entrada", depois do limite dos caixas, percebi várias funcionárias do mercado olhando pra nós. Gente, fala sério, o mercado é tão novo e tão vazio que os funcionários ficam reparando em quem entra! Fomos na lanchonete pegar uns lanchinhos para o fim da tarde e as duas funcionárias vieram correndo atender e uma delas disse: "Esse nenê é lindo! Logo que ele entrou todo mundo parou pra olhar! Olha que simpatia, está sorrindo pra mim!" E meu ego hiper inflado conseguiu se expandir um pouco mais enquanto eu agradecia o elogio. Aí fomos na rosticeria pra pegar um patê e outras duas funcionárias vieram falando "Aaaawwwww" e uma delas disse que quando o Pedro entrou no mercado todo mundo parou de trabalhar só pra olhar pra ele. Ego hiper inflado ainda mais inflado, quase explodindo.

Claro que quando cheguei em casa liguei pras corujas (avós e tia) pra contar, se eu guardasse tanto orgulho só dentro de mim era capaz de não conseguir dormir. Todas ficaram tão orgulhosas quanto eu. E a tia Dani pediu pra tirar uma foto do modelo de parar o comércio pra ver como ele estava. Então, eis as fotos!

Agora que você viu as fotos, fale a verdade: um gato, né?