segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rastro de destruição

Quando chega depois do almoço e eu levo o Pedro pra fazer o soninho da tarde eu olho para a casa e parece que passou um furacão por aqui. Não, furacão não, porque até um furacão seria mais sutil. Parece que chegou o dia do fim do mundo.

A sala está totalmente desconfigurada, a famosa mesinha ex-de-centro nunca mais foi de centro, os dois sofás empurrados um para cada lado, brinquedos embaixo dos sofás, embaixo da mesinha, embaixo da mesa de jantar, em cima dos sofás, em cima da mesinha, em cima das cadeiras da mesa de jantar, as almofadas no chão, os encostos do sofá no chão, bolacha pisoteada e espalhada pelo chão, baba/água/suco/bolacha na mesinha ex-de-centro, os controles remotos perdidos em algum lugar por aí.

Perto do portão da cozinha para o quintal ficaram as tentativas frustradas de jogar o brinquedo para a Paçoca destruir - como ele ainda não tem muita noção espacial, pega algumas coisas que não passam pela grade e essas conseguem escapar ilesas das presas do cão. E claro, no quintal restos de brinquedos ou brinquedos inteiros que a Paçoca não destruiu por pura bondade.

A cozinha parece um campo de batalha. Enquanto eu lavo a louça depois do almoço, ele abre as portas do armário de potes de plástico e joga absolutamente tudo no chão. E depois que tudo está no chão, ele ainda faz questão de espalhar as coisas pelos quatro cantos da cozinha e embaixo dos armários - afinal, é bom dificultar um pouco o trabalho da mãe. Depois que ele se cansou de espalhar os potes, ele abre a porta embaixo da pia, pega meu puxa-saco e tira todos os sacos de dentro dele. Idem para o espalhar pelos quatro cantos da cozinha. Aí abre a outra porta embaixo da pia, pega 2 caixas de Ades e as bate com força no chão para ficarem disformes.

Graças a Deus eu lembrei de fechar a porta do banheiro.

O quarto dele tem brinquedos espalhados, pacotes de fralda pelo chão e hoje encontrei o abajour caído no chão com a luz acesa. Todos os tênis que estavam guardados no armário estão no chão no quarto do meio, e no meu quarto, se eu não fecho a porta a tempo, os criados-mudos estariam vazios, pois tudo o que está em cima deles estaria no chão.

Depois que ele dorme eu saio tentando administrar a bagunça, colocando as coisas nos seus lugares, limpando o que ficou sujo e tentando cuidar dos afazeres domésticos.

Aí ele acorda. E eu olho para minha casa recém arrumada e penso "e lá vamos nós outra vez..."

Um comentário:

  1. Só muda de nome e endereço...
    Como gostam de uma dispensa, o meu abre e fica olhando, pensando, analisando qual será o próximo item a ser atacado para uma tentativa de abri-lo, as vezes dá certo e ele fica todo feliz...ai ai...

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